O Manchester United perdeu três vezes no espaço de uma semana e estão acesas as sirenes. No derby de Manchester, mesmo jogando em casa, perdeu 1-2 contra os comandados de Guardiola, que já lhe perturbara a vida em Espanha. Para ajudar, um dos golos foi marcado por De Bruyne (um dos melhores em campo e uma das estrelas do City). Dias depois, visita a Roterdão para defrontar o Feyennord (tem bons jogadores mas já não é equipa de dimensão europeia que foi) e nova derrota. Com exibição apática, foi o golo de Vilhena a fazer a diferença. No fim-de-semana passado, visita ao terreno do Watford e novo desaire, este, o mais inesperado. 1-3 no campo de uma equipa de meio da tabela (mesmo tendo jogadores de grande qualidade) não é bom sinal para um candidato ao título.

Com esta sequência de resultados, Mourinho é já comparado a Van Gaal e perspectiva-se a sua saída. É um exagero. O United precisa de tempo para crescer e de certeza que fará melhor campeonato do que no ano passado. Campeonato esse, que se tornou ainda mais competitivo. O City de Guardiola joga já a alta rotação; Conte aproveitou bem as bases de Mourinho e deu nova vida aos craques do Chelsea após um ano de letargia; Klopp mostra melhor conhecimento da liga inglesa e o seu Liverpool joga excelente futebol e Leicester e Tottenham, dificilmente ficarão nas posições do ano passado mas são equipas com as quais contar. Sem esquecer equipas de qualidade como Arsenal, West Ham ou Everton.

Mourinho já não será tão disruptivo como era há 12 anos, com o seu estilo único e os seus jogos mentais. Terá perdido muito com a saída de Villas Boas e terá um plantel algo desequilibrado mas ainda terá uma palavra a dizer. Provavelmente terá que ir ao mercado buscar um central de crédito firmados, um seis possante e um avançado que seja suplente de Ibrahimovic (Rashford anda pelas alas). Terá ainda que descobrir onde melhor pode aproveitar Rooney e acordar Depay e Mkthtaryan.