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Visão do Peão

Visão do Peão

Qua | 26.07.23

Yekini

Francisco Chaveiro Reis

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Rashidi Yekini, é o verdadeiro mito da nossa liga, nunca tendo jogado no Sporting, Benfica ou Porto e sendo um grande goleador, com um percurso consistente no Sado. Yekini, falecido em 2012, com apenas 48 anos, começou a carreira jogando na sua Nigéria natal e na Costa do Marfim antes de conhecer Setúbal em 1990.

Yekini começou logo a marcar no Bonfim, fazendo tripla de ataque com Makukula (pai de Ariza, internacional português) e Stoycho Mladenov. Atrás, contava com a ajuda de Jaime Pacheco, Nunes ou Diamantino, com Hélio a dar os primeiros passos. Os 13 golos do nigeriano não evitaram a descida. No ano seguinte, mais 29 golos que não chegaram para o regresso à primeira divisão. Já com Chiquinho Conde ao lado, Yekini chegaria aos 39 golos e finalmente, o Setúbal subiria. Em 1993-1994, o Vitória jogou na primeira divisão, terminando em sexto lugar, com Yekini a marcar 22 vezes, convivendo com nomes como Ivkovic, Quim, Rui Esteves ou Eric Tinkler.

Seguiram-se passagens pelo Olympiacos e Sporting de Gijon antes de uma última dança em Setúbal, com apenas 3 golos. Voltou a ser goleador no Zurique antes de regressar a África para jogar na Tunísia, passando pela Arábia Saudita antes de regressar à Costa do Marfim e Nigéria.

Pelo seu país, 37 golos em 58 jogos, tendo estado nos Mundiais de 1994 (marcou e celebrou abanando as redes, numa imagem icónica) e 1998 e nos CAN de 1984, 1988, 1990, 1992 e 1994. Jogou ainda os JO de 1988, em Seul. Foi decisivo na CAN 1994, marcando 5 golos em 5 jogos, ao lado de Rufai, Amokachi, Okocha ou Oliseh.