Um Argentina sem Tango
A Holanda de Robben não foi fantástica mas foi sendo sólida ao longo da prova. O clima era adverso, já sabíamos, mas ainda assim os da "laranja" souberam honrar as camisolas ainda que sem a arte de gerações de outrora, apresentando contudo um futebol bem ensaiado, com os seus processos bem definidos (mais uma lição para Paulo Bento - o futebol treina-se) e com Robben e Sneijder como desequilibradores. A Argentina por seu turno tem sido uma seleção de serviços mínimos, muito longe do perfume desejado, com um Messi como laterna intermitente e com um Di Maria a assumir as despesas da equipa. Num tango lento a Argentina chega a final, não por ser fantástica mas por ser das menos más da prova. Para trás ficou um Brasil humilhado e entregue ao funeral do seu futebol ultrapassado e nostálgico e uma Holanda moderna mas a quem faltou a sorte e um pouco de entrega para chegar à final. No Maracanã estarão Messi e Di Maria contra uma verdadeira equipa de futebol. Quem vencerá: o futebol arte ou o futebol moderno?