Três anos de feriado nacional
Passam-se hoje três anos sobre a maior conquista do futebol sénior português. No prolongamento do França-Portugal, Eder, herói improvável, bateu Lloris e Portugal sagrou-se campeão europeu, no Estádio Nacional de França. O espanto invadiu a Europa e o Mundo, sobretudo depois de Portugal ter feito um caminho relativamente discreto.
A campanha começou com um empate a uma bola com a Islândia. Quando se esperava uma resposta enérgica, zero a zero com a Áustria. Portugal parecia acordar na terceira jornada, jogando melhor, mas voltando a empatar. 3-3 com a Hungria. Três pontos foram, ainda assim, suficientes.
Seguiu-se a Croácia, máquina de jogar bom futebol, nos oitavos. Mas Modric e companhia ficaram pelo caminho. Quaresma, no prolongamento, fez o único golo da partida. Vinha aí a Polónia e mais um empate no tempo regulamentar. O golão de Sanches, empatou o de Lewandowski. Patrício foi rei nos penalties e a sensação Portugal, marcou encontro com a sensação País de Gales. E surgiu a única vitória dentro dos noventa minutos. Em três minutos, Ronaldo e Nani condenaram Gareth Bale. Doze anos depois, Portugal voltava a uma final do Euro.
O grande dia chegou, mas a euforia foi travada por Payet. Uma jogada maldosa atirou o melhor do mundo para fora. A França foi melhor, mas não conseguiu marcar. A resistência de Portugal somou pontos. Aos 79´minutos, Eder, ainda jogador do Lille, substituiu Sanches, ainda jogador do Benfica. Esperou até aos 109 pela sua vez. Fez o que Eusébio, Coluna, Figo ou Ronaldo não fizeram. E depois, até declarou feriado nacional. Não era caso para menos.