Timofte
Cromos esquecidos da nossa caderneta
Setembro 19, 2023
Uma caderneta que lembra os cromos do nosso futebol não está completa sem a presença do simpático e talentoso romeno, Ioan Timofte, figura que brilhou largos anos no Porto. Médio ofensivo, hoje com 55 anos, começou a jogar no seu país, pelo CSM Resita, passando depois para o ACS Poli Timisoara, que o emprestou ao FCP, em 1991.
Nas Antas, convenceu, fazendo 13 golos em 34 jogos. Foi campeão e venceu a Supertaça. Ainda foi à final da Taça. Uma entrada em grande, com a ajuda de Domingos, Kostadinov, Jaime Magalhães ou de João Pinto. No segundo ano, 14 golos em 31 jogos e mais um campeonato ganho. Ficou mais um ano, perdendo algum espaço, mas marcando 9 vezes em 32 jogos. Venceu mais uma Taça e uma Supertaça e foi às meias-finais da Liga dos Campeões, caindo aos pés do Barcelona de Romário, Stoichkov ou Guardiola, vencedor final da prova.
Apesar dos bons números, não ficou no FCP, andando uns poucos quilómetros até ao Bessa onde passou seis grandes anos. No primeiro, 28 jogos e 6 golos, ao lado de Artur, Rui Bento ou Alfredo. Sem títulos, como estava habituado. No ano seguinte, mais 8 golos e zero títulos. Ao terceiro ano, o seu primeiro título pelo Boavista: a Taça de Portugal, com a ajuda de Nuno Gomes, Jimmy, Simic ou Hélder. Em 1997-1998, 11 golos e ajuda na conquista da Supertaça. Na final, a duas mãos, Timofte fez o 2-0 que seria decisivo, já que a final a duas mãos acabou 2-1.
1998-1999 foi a última grande época do romeno, que fez 16 golos e ajudou o Boavista a ser vice-campeão. Estavam lançados os pilares de um título que demoraria pouco mais a chegar ao Bessa, já sem Timofte. O romeno fez mais uma época, mas reformou-se um ano antes da grande festa da história do clube.
Pela Roménia apenas 10 jogos e 1 golo (a Espanha, num amigável). Foi ignorado para os Mundiais de 1994 ou 1998.