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Visão do Peão

Fernando Couto

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
24
Mai23

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Conhecido também pela sua farta cabeleira e pela forma acrobática como festeja os seus golos, Fernando Couto foi um dos melhores centrais europeus dos anos 90 e 2000, tendo-se destacado em Itália e passado pelo Barcelona. Acabou a formação no FCP e foi pelos portistas que se estreou no fim dos anos 80, fazendo 1 jogos em 1987-1988, numa altura em que reinavam Geraldão, Celso e Lima Pereira. Passou por empréstimos a Famalicão e Académica antes de se fixar no FCP como titular quatro anos seguidos. No primeiro ano do regresso, dividindo a defesa com João Pinto, Aloísio ou Branco, venceu taça e supertaça. No ano seguinte, campeonato e supertaça, com Baía, o malogrado Rui Filipe, Timofte, André ou Kostadinov. Ao terceiro ano mais um campeonato e ao quarto, mais uma taça e uma supertaça. Nessa mesma época, 1993-1994, chegou às meias finais da Liga dos Campeões, caindo aos pés do Barcelona.

No verão de 1994, Couto aterrou em Parma para reforçar a grande equipa de então, juntando-se a Bucci, Mussi, Crippa, Dino Baggio, Asprilla ou Zola. Couto esteve em 44 jogos e marcou 7 golos, a melhor marca da carreira numa só época. Perderia espaço na época seguinte, mas ainda assim foi contratado pelo Barcelona, encontrando Sir Bobby Robson, que o treinara no Porto. Fez 35 jogos e 2 golos na primeira época em Espanha e, com Ronaldo, Figo e Guardiola venceu a Taça das Taças, Taça do Rei e supertaça de Espanha. Fez uma segunda época, já com Van Gaal, vencendo campeonato, taça e supertaça europeia.

Regressou a Itália para 7 épocas na Lázio, onde fez 215 jogos e marcou 11 vezes. Conviveu com homens como Sérgio Conceição, Salas, Crespo, Mancini, Nedved, Simeone, Almeyda, Nesta ou Mihajlovic. Venceu a Taça das Taças e a taça italiana logo na estreia. Na segunda, campeonato, taça e supertaça europeia. Na terceira, supertaça italiana. Venceu ainda uma última taça italiana. Terminou a carreira após mais 3 épocas num Parma bem diferente do que conheceu nos anos 90. Pendurou as botas, aos 38 anos, em 2008.

Por Portugal, 110 jogos e 8 golos, não chegando à fase em que a seleção passou a não falhar uma qualificação para grandes provas. Ainda assim, esteve nos Euros 1996, 2000 e 2004 e no Mundial 2002. Foi campeão do mundo de sub-20 em 1989, em Riade, ao lado de Bizarro, Tozé, Hélio, Filipe, Jorge Couto, Amaral, Paulo Alves ou Folha.

Gabriel Milito

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
19
Mai23

 

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Já aqui “falamos” em Diego, hoje é dia de recordar o seu irmão, o defesa Gabriel. Volto a falar, claro, dos manos Milito. Ao contrário do irmão, avançado, Gabriel, defesa-central, começou a carreira no Independiente onde esteve entre 1998 e 2002. Estreou-se aos 17 anos (num plantel que tinha Burrachaga); aos 18 já era titular (Cambiasso era outro dos jovens da equipa) e antes de sair, venceu o Torneio Abertura.

Em 2003-2004, começou a atuar pelo Saragoça, fazendo 44 jogos e vencendo a Taça do Rei. Venceu a final da Taça, batendo o Real Madrid de Carlos Queiroz por 3-2. Eram os dias de Villa, Sávio ou Ponzio. No ano seguinte, vitória na Supertaça. Na terceira época, já com a companhia do irmão, voltou a chegar à final da Taça, perdendo desta vez para o Espanhol. Ficou mais uma época e mudou-se para o Barcelona, para ser colega de Messi, Eto´o, Henry, Ronaldinho, Deco ou Thuram. Com muitos problemas físicos pelo meio, acabou por vencer dois campeonatos, uma supertaça e uma Liga dos Campeões.

Regressou ao Indenpediente para mais 35 jogos, terminando a carreira aos 31 anos. Pela Argentina, fez 42 jogos e marcou 1 golo (à Venezuela). Foi chamado para a Taça das Confederações de 2005; no Mundial de 2006 e nas Copas América de 2010 e 2011.

Hakan Sukur

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
17
Mai23

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Está a uma letra de diferença de Suker, outro goleador de elite, mas de quem falamos hoje é do turco, Sukur, hoje a viver no exilio, por discordar do regime político do seu país, onde é um herói para todos os amantes de futebol. Hakan Sukur, hoje com 51 anos, começou a carreira no Sakaryaspor, marcando 1 golo em 5 jogos, na época de 1987-1988, com 16 anos. Ficaria mais duas épocas, marcando um total de 10 golos. Em 1990, mudou-se para o Bursaspor, marcando 4 golos na estreia. Na segunda época, subiu para os 10 golos, ficando na primeira metade da tabela e chegando à final da Taça da Turquia.

Em 1992, chegaria ao Galatasary, clube onde passaria grande parte da carreira, com grande sucesso. Na primeira época, 24 golos e a conquista do campeonato e da taça. Na segunda época, mais 20 golos e a conquista de mais um campeonato e uma supertaça. Na terceira época, zero títulos, mas 25 golos.

Deixou brevemente Istambul para se juntar ao Torino, para 5 jogos e apenas 1 golo. Sem sucesso, regressou a casa para fazer 18 golos em meia época, vencendo uma taça. Em 1996-1997, atingiu a fabulosa marca dos 46 golos, vencendo campeonato e supertaça ao lado de Ilie e Hagi. Na época seguinte, os mesmos dois títulos e mais 34 golos. Depois, mais 27 golos e mais um campeonato e uma taça. Em 1999-2000, mais 25 golos e mais um campeonato e uma taça. A novidade foi a conquista da Taça UEFA. Depois de eliminar Bolonha, Dortmund, Maiorca ou Leeds, bateu o Arsenal de Henry, Bergkamp, Overmars ou Petit.

Não venceria a Supertaça Europeia, com Mário Jardel a fazer o seu papel, porque aceitou regressar a Itália, onde ficou dois anos. O primeiro, defendendo o Inter e fazendo 6 golos. No segundo, 3 golos pelo Parma e presença na final da Taça, vencida, em duas mãos, ante da Juventus.  Fez ainda uma paragem na Premier League para 2 golos pelos Blackburn Rovers, regressando ao Gala em 2003. No regresso, 18 golos e zero títulos, regressando aos títulos no ano seguinte, marcando 22 golos e levantando a taça turca. No ano seguinte, 13 golos e novo campeonato. Em 2006-2007, 5 golos e na época seguinte, a última da sua carreira, 14 golos e mais um campeonato.

Hakan Sukur despediu-se com 8 campeonatos, 6 taças e 3 supertaças da Turquia, marcando 288 golos em 539 partidas, fazendo ainda 113 assistências. É o melhor marcador da história do clube e provavelmente o melhor jogador turco de sempre.

Pela seleção, onde também é recordista, marcou 51 vezes em 112 jogos, tendo estado nos Euros de 1996 e 2000 e no Mundial de 2002, onde marcou um golo no 2-3 à Coreia do Sul, poucos segundos depois do jogo que deu o terceiro lugar à Turquia começar.

Pauleta

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
04
Mai23

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Foi o goleador da seleção antes de Ronaldo e do PSG antes da era de ouro do clube. Pedro Pauleta, um dos melhores avançados portugueses de sempre que, curiosamente, nunca jogou na primeira divisão portuguesa. Pauleta, nascido em Ponta Delgada, fez escola no Santa Clara, passando pelos sub.15 do FCP pelo meio antes de regressar ao Santa Clara onde se estreou como sénior. Seria goleador nos Açores, passando por Operário Lagoa, Angrense e União Micaelense antes de chegar ao Estoril, em 1995.

Na região de Lisboa fez uma famosa dupla com Cavaco, marcando 23 golos numa época (mais 10 do que o colega). Treinado por Carlos Manuel e com outros craques como Agatão, Litos, Marcos Paulo ou Artur Jorge Vicente, o Estoril não passou do meio da tabela, mas Pauleta ganhou uma transferência para Espanha. Passou dois anos em Salamanca ajudando o clube a chegar à primeira divisão espanhola, ao lado de outros portugueses como César Brito, Agostinho, Taira, Nuno Afonso, Paulo Torres ou Miguel Serôdio. Michel Salgado, futura estrela do Real Madrid também lá andava. Depois de 19 golos na estreia, fez 15 na primeira divisão, já com Rogério e Tulipa. A evolução natural foi mudar-se para um clube maior, chegando ao Deportivo. Na Corunha, 22 golos em dois anos e a ajuda na conquista de uma liga espanhola, ao lado de Makaay, Djalminha, Fran, Flávio Conceição ou Mauro Silva.

A próxima paragem seria a liga francesa, entrando pela porta dos Girondins de Bordeus onde brilhara Chalana. Passou três bons anos por lá, fazendo 91 golos. Na segunda época ajudou a vencer a Taça da Liga, bisando no 0-3 ao Lorient, na final (tinha feito o golo da vitória ao PSG, nas meias). Era uma equipa que contava com Dugarry, Meriem ou Dhorasso além do português Bruno Basto. Em 2003, rumou ao PSG, em busca de melhores condições para vencer títulos.

Na estreia, 23 golos e a conquista da Taça de França. No Stade de France, Pauleta fez o único golo da final contra o Châteauroux. O PSG ficou a apenas 3 pontos do campeão, Lyon. Na segunda época, 19 golos e zero títulos e na terceira, nova Taça e 28 golos, a sua melhor marca em Paris. Nessa altura, Pauleta era a estrela da companhia e capitão de equipa. Despediu-se em 2008, conquistando uma Taça da Liga, voltando a marcar na final. Aos 35 anos, pendurou as botas, então como melhor marcador da história do PSG. Hoje é o quinto melhor marcador de sempre, atrás de Mbappé, Cavani, Ibrahimovic e Neymar e à frente de Rocheteau, Di Maria ou Susic.

Por Portugal, 47 jogos em 88 jogos. É o segundo melhor marcador de sempre, apenas superado por Ronaldo, claro. Atrás de si tem mitos como Eusébio ou Figo. Esteve nos Euros de 2000 e 2004 e nos Mundiais de 2002 e 2006.

Fadiga

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
28
Abr23

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Khalilou Fadiga, médio ofensivo, brilhou pelo Senegal no Mundial 2002. Fez boas épocas na Bélgica e em França e passou até pelo Inter. A sua jornada começou nos sub-16 do PSG, continuando em Paris, no Red Star. Seria na Bélgica que se destacaria. Pelo RFC Liège fez sénior e titular, fazendo boa época individual ao lado de Deflandre (seria internacional belga). Com a descida do RFC, passou para o Lommel para duas épocas mais tranquilas, com um 9.º e 5.º lugar. Em 1997, com 23 anos, mudou-se para o Club Brugge, chegando ao maior clube que representou até então. Na estreia, foi campeão belga, com Verheyen, Claessens e novamente com Deflandre. No ano seguinte, já com Jankauskas, foi vice-campeão e venceu a supertaça belga. Acabou por jogar menos no terceiro ano e mudou-se para os franceses do Auxerre. Depois de uma primeira época má coletivamente, ao segundo ano de Fadiga na equipa, com Cissé, Kapo ou Boumsong, o Auxerre foi 3.º, com o senegalês a fazer 8 golos. Ficou mais um ano, ajudando a vencer a Taça de França, num 1-2 ao PSG de Pochettino, Heinze, Hugo Leal e…Ronaldinho.

Em 2003 foi contratado pelo poderoso gigante europeu, Inter mas nunca fez mais do que jogos amigáveis. Foi-lhe diagnosticado um problema cardíaco e só voltaria a jogar no ano seguinte, pelo Bolton, que apostou em si. Passou ainda por Derby County e Coventry mas só voltaria a dar nas vistas no regresso à Bélgica, onde defendeu Gent e Beerschot. Terminou a carreira, mas voltou passados três anos para uma nova experiência nos belgas do KSV Temse.

Fez 37 jogos e 4 golos pelo Senegal. Esteve nas CAN de 2000 e 2002 e no Mundial de 2002. Com a camisola 10, atuou ao lado de Sylva, Daf, Aliou Cissé, Papa Bouba Diop ou Diouf. O Senegal surpreendeu o mundo ao vencer a França, campeão do mundo, na estreia do mundial e ao passar em segundo no grupo, deixando França e Uruguai para trás. Fadiga marcaria no 3-3 com o Uruguai.

Koller

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
24
Abr23

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Foi várias vezes associado ao Sporting, mas, infelizmente, nunca jogou em Lisboa. Jan Koller, o gigante goleador, brilhou sim, por Anderlecht, Borussia Dortmund ou Mónaco. Koller, que até começou a treinar-se como guarda-redes, iniciou a carreira no Sparta de Praga, clube maior do seu país. Fez 6 golos pelo Sparta, sendo campeão ao lado de Nedved ou Kouba. Na segunda época, ainda venceu a Taça da República Checa.

Aos 24 anos mudou-se para a Bélgica, fazendo três boas épocas pelo Lokeren, fazendo 46 golos em 102 jogos. Na última época fez 27 golos e “ganhou” a transferência para o Anderlecht onde aumentou a parada. Na primeira temporada em Bruxelas, fez 33 golos e foi campeão com De Wilde, Baseggio, Goor ou Radzinski. Na segunda, fez 34 golos e venceu campeonato, taça e supertaça.

Aos 29 anos chegou ao Dortmund, fez 17 golos e foi campeão ao lado de Amoroso, Ewerthon, Rosicky, Worns ou Lehmann. Nesse mesmo ano, chegou à final da Taça UEFA, marcando na derrota por 3-2 com o Feyenoord. Não mais venceria títulos na carreira. Deixou o Dortmund com 73 golos marcados. Seguiu-se o Mónaco, onde fez apenas 12 golos em três épocas. Regressou à Alemanha para 2 golos pelo Nuremberga e foi até à Rússia para mais 16 pelo Krylya Sovetov. Terminou a carreira em Cannes, fazendo 20 golos em dois anos, 16 deles na última época da carreira.

Pela Républica Checa, 55 golos em 91 jogos, tendo estados nos Euros 2000, 2004 e 2008 e no Mundial 2006.

Heróis de Culto

Kily

Francisco Chaveiro Reis
20
Abr23

 

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Kily Gonzalez, extremo argentino, marcou o golo mais rápido de sempre na Copa América. Mas, é essencialmente conhecido pela sua garra e rapidez que emprestou a clubes como Inter ou Valência. A carreira de Cristian Alberto González Peret começou na sua Rosário natal, tendo-se juntado ao Rosario Central em 1992, para os sub-19. Estreou-se como sénior em 1994 passando dois anos no clube, fazendo 51 jogos e 7 golos, vencendo uma Taça Conmebol 1995. Seguiu-se o Boca Juniors onde encontrou Véron, Basualdo e...Maradona. Fez 36 jogos e 3 golos e saiu para a Europa.

Entrou pela porta do Saragoça onde passou três anos, fazendo 17 golos em 104 partidas. Por lá privou com Morientes, Dani, Gustavo Lopez ou Pier. A paragem seguinte seria o Valência para 14 golos e 137 jogos. Por lá, na estreia, venceu a supertaça espanhola, num agregado de 4-3 ao Barcelona. Na mesma época, ajudou o clube a chegar à final da Liga dos Campeões, perdendo 3-0 para o Real Madrid. Na época seguinte, nova final da Champions perdida, desta vez para o Bayern de Munique. Em 2002, foi campeão espanhol ao lado de Vicente, Angulo, Rufete, Abelda, Ayala ou Canizares. Sem mais títulos, ficou mais uma época em Valência e após 7 anos em Espanha, passou 3 no Inter, onde fez 75 jogos, foi campeão e venceu duas taças.

Depois de 10 anos na Europa, regressou ao Rosario Central para quatro épocas, intercaladas por uma no San Lorenzo. Fez 56 jogos pela Argentina, marcando 10 golos. Esteve nas Copas América de 1999 e 2004 e no Mundial de 2002. Em 2004, foi campeão olímpico ajudando a vencer o Paraguai por 1-0 na final, em Atenas, como golo de Tevez, melhor marcador da prova.

Heróis de Culto

Owen

Francisco Chaveiro Reis
19
Abr23

 

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Miúdo maravilha do futebol inglês dos anos 90, Michael Owen acabou por não ter uma carreira tão regular como se esperava. Ainda assim o que fez, inspira muitos. Juntou-se ao Liverpool nos sub-14 e estreou-se pela equipa principal aos 17 anos, fazendo 2 jogos e 1 golos, na estreia. Nas duas épocas seguintes,46 golos ao lado de Fowler, tendo descido para 12 na terceira época completa em Liverpool. Em 2000-2001, 24 golos e os primeiros títulos: Taça de Inglaterra com um 1-2 ao Arsenal com dois golos seus; Taça da Liga com uma vitória nos penáltis contra o Birmingham e a Taça UEFA num 5-4 ao Alavés sem que Owen marcasse. Em 2001-2002, mais 28 golos e mais duas taças: a Supertaça Europeia num 2-3 ao Bayern, com Owen a fazer o golo da vitória e a Supertaça Inglesa, num 2-1 ao Manchester United, mais uma vez com Owen a decidir. Na época seguinte, mais 28 golos, incluindo um no 2-0 ao United, na final vencida de mais uma Taça da Liga. Despediu-se com 19 golos em 2003-2004.

No verão de 2004, passou a usar a camisola 11 do Real Madrid, não resistindo a juntar-se a Ronaldo, Raul, Beckham, Figo ou Zidane. Fez 16 golos em 45 jogos, mas o clube nada conquistou. Robinho e Cassano chegariam a Madrid e Owen regressaria a Inglaterra. Liverpool e Everton terão tentado resgata-lo, mas foi o Newcastle que teve maior poderio financeiro. Em Newcastle apenas 26 golos em quatro épocas, conquistando apenas uma Taça Intertoto, mas sendo sempre acompanhado por lesões. Não voltou a ser o mesmo, mas ainda passou pelo Manchester United onde finalmente venceu uma Premier League. Terminou a carreira no Stoke City, 2013, demasiado jovem.

Por Inglaterra, 40 golos em 89 jogos, tendo estado nos Euros 2000 e 2004 e nos Mundiais de 1998, 2002 e 2006.

Heróis de Culto

Solano

Francisco Chaveiro Reis
18
Abr23

 

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Nolberto Solano é provavelmente o jogador peruano mais bem-sucedido no estrangeiro, a par de Claudio Pizarro. Solano, que brilhou, sobretudo, pelo Newcastle, estreou-se pelo Sporting Cristal, um dos maiores clubes do seu país, tendo passado por um empréstimo ao Deportivo Municipal. Regressou ao Sporting para ser campeão peruano por três vezes. Em 1998 mudou-se para o Boca Juniors onde jogou com Maradona e no ano seguinte, aterrou em Newcastle para 172 partidas e 29 golos, além de se tornar num dos principais municiadores de Alan Shearer. Passou pelo Aston Villa antes de regressar ao Newcastle para mais 58 jogos e 8 golos. Já com 33 anos, passou uma época no West Ham.

Na fase descendente da carreira passou pela Grécia, regressou ao Peru e passou os últimos três anos em Inglaterra, ao serviço de Leicester, Hull e Hartlepool United. Pelo Peru, 95 jogos e 20 golos tendo estado nas Copas América de 1995, 1999 e 2004 e na Gold Cup de 2000.

 

de la Peña

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
06
Abr23

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Relativamente baixo e careca, Ivan De La Peña ficou conhecido como “pequeno Buda”. O médio ofensivo nascido em Santander juntou-se cedo ao Barcelona, acabando por lá a formação. Estreou-se como sénior em 1995-1996, fazendo logo 42 jogos e 9 golos. Jogou ao lado de históricos como Ferrer, Nadal, Abelardo, Sergi ou Guardiola. Nada venceu. No segundo ano em Camp Nou, 43 jogos, 4 golos e títulos: Taça das Taças (foi titular no 1-0 ao PSG); Taça do Rei (foi titular no 3-2 ao Bétis) e a Supertaça de Espanha (foi suplente utilizado na segunda mão e marcou um golo, num total de 6-5 ao Atlético de Madrid). No terceiro ano perdeu gás, fazendo apenas 22 jogos e 2 golos, mas ainda foi a tempo de ser campeão, vencer mais uma Taça do Rei e uma Supertaça Europeia ao Borussia Dortmund.

Menos utilizado, rumou à Lázio onde fez 23 jogos e 1 golo. Voltou a não se assumir como titular, mas venceu mais uma Taça das Taças (não saiu do banco no 2-1 da final ante do Maiorca) e uma Supertaça de Itália (jogou toda a partida no 1-2 à Juventus, com um dos golos a ser de Sérgio Conceição). Sem sucesso, passaria os anos seguinte em Marselha, Barcelona e Lázio. Em 2002 ganhou nova vida ao juntar-se ao Espanhol, onde completou 179 partidas. Em 2006, ajudou a vencer a Taça do Rei, jogando 90 minutos no 4-1 ao Saragoça. Em 2007 perdeu a final da Taça UEFA para o Sevilha, após uma grande campanha na qual eliminou Werder Bremen, Benfica ou Ajax. Despediu-se aos 35 anos, após 16 anos.

Por Espanha, apenas 5 jogos pela primeira equipa, tendo-se destacado nas camadas jovens. Esteve nos Jogos Olímpicos de 1996; foi vice-campeão europeu de sub-21 em 1996, perdendo a final contra a Itália de Totti, Nesta ou Cannavaro e fazendo parte de uma equipa que tinha Raul, Morientes, Mendieta ou Santi. Esteve, ainda, no Mundial de sub-20 de 1995, perdendo contra a Argentina nas meias finais e tinha jogado o Europeu de sub-18 de 1994.

Taffarel

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
05
Abr23

 

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Campeão do mundo em 1994, estrela do Parma e Galatasary e, claro, figura de Internacional e Atlético, Claúdio Taffarel é um herói de culto. De origem italiana, Claúdio começou a jogar pelo Inter de Porto Alegre, destacando-se entre 1985 e 1990. No verão de 1990, juntou-se ao Parma, então grande equipa da melhor liga do mundo. Assumiu-se como titular e em 1992 venceria a Taça de Itália, curiosamente, como suplente de Ballotta. Em 1993, novamente como suplente, festejaria a conquista da Taça das Taças. Com 74 jogos disputados, acabaria a jogar 31 pela Reggiana, antes de regressar ao Brasil, já com o Mundial no bolso.

Pelo Atlético Mineiro fez quatro épocas, vencendo um campeonato mineiro e uma Taça CONMEBOL (competição que decorreu entre 1992 e 1999). Depois de mais um Mundial, regressou à Europa para ser uma das figuras do Galatasary. Com Hagi, Sas ou Sukur venceu a “dobradinha” na estreia. Na segunda época, repetiu o feito e ainda venceu a Taça UEFA ao Arsenal. Já com a ajuda de Mário Jardel, venceu a supertaça da UEFA, ao Real Madrid. Terminou a carreira após mais duas épocas em Parma, fazendo apenas 15 jogos, mas sendo titular na final da Taça de Itália, vencida à Juventus.

Pelo Brasil, 101 jogos (mais 10 do que Dida, por exemplo). Foi campeão mundial em 1994 e vice, quatro anos depois. Estivera também no Mundial de 1990. Ainda como sub-20, foi campeão do mundo, em 1985, ao lado de Paulo Silas, que jogaria pelo Sporting e com Muller que o acompanharia no Mundial de 1994. Jogou as Copas América de 1989, 1991, 1993, 1995 e 1997. Em 1991 e 1995 foi segundo. Em 1991, na segunda fase de grupos, foi superado pela Argentina e em 1995, perdeu, nas grandes penalidades, para o Uruguai. Em 1989, com Bebeto em grande, venceu a prova, algo que se repetiria em 1997, com Ronaldo, Edmundo, Leonardo ou Denílson. Na década de 80, foi ainda medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1988 em Seul, perdendo a final para a União Soviética.