A Messi, génio da bola e um dos melhores de sempre, faltava aquilo que acaba de conseguir: vencer um título com a sua Argentina. O Brasil já devia estar habituado a desilusões caseiras, depois de 1950 ou 2014, mas o Maracanã tem sempre fé. Quem a desfez, desta vez, foi Angel Di Maria, que estragou assim o percurso imaculado do Escrete rumo à final. Messi, MVP e melhor marcador da prova, não cabia em si de contente, numa prova onde Martinez, até há pouco um guarda-redes secundário, foi a grande figura, sobretudo nos penaltys ante da Colômbia.

A Copa América vai ter a final mais esperada: Brasil-Argentina e logo, no Maracanã. Os brasileiros, liderados por Neymar mas com Paquetá como atual figura, procuram vencer em casa, repetindo a alegria da medalha de ouro de 2016 e deixando para trás o desastre de 2014. Já a Argentina, que tem tido um percurso semalhante ao Brasil na prova, bateu esta madrugada a Colômbia, nas grandes penalidades e segue para a final de domingo. Nos cafeteros, destaque para Diaz, extremo do FCP, que voltou a marcar e que foi um dos melhores em prova.

O Brasil está na final da “sua” Copa América, após bater o Perú, por 1-0, com golo de Paquetá. No Maracanã defrontará a Colômbia ou a Argentina, curiosamente, as duas nações que deixaram cair a organização da prova, não muito antes dela arrancar. O Brasil de Tite, venceu o Grupo B com três vitórias e um empate, marcando dez golos e sofrendo apenas dois. Seguiu-se o 1-0 ao poderoso Chile, igualmente com golo de Paquetá, que vive o melhor momento da carreira. Já a Colômbia, foi apenas terceira no mesmo Grupo B, com uma vitória, um empate e duas derrotas, tendo ultrapassado o Uruguai nos quartos, no desempate pelas grandes penalidades. A Argentina, candidata a finalista, venceu o Grupo A, com um percurso semelhante ao do Brasil, tendo apenas marcado menos golos, algo que compensou com um sólido 3-0 ao Equador. De hoje para amanhã, as equipas encontram-se no Mané Garrincha, em Brasília.

O Brasil voltou a passear na “sua” Copa América, batendo o Peru por 4-0. Alex Sandro, Neymar (já tinha marcado na primeira jornada), Everton Ribeiro e Richarlison fizeram os golos do jogo. O Brasil lidera o grupo B, com mais dois pontos do que a Colômbia e cinco do que a Venezuela, únicas equipas do grupo com dois jogos.

Já rola a bola na Copa América, no Brasil, apesar das polémicas à sua volta. Na estreia, o Escrete venceu a Venezuela de José Peseiro por claros 3-0, com golos de Marquinhos, Neymar e Gabriel Barbosa. A Venezuela, que já não era das equipas mais fortes, ainda sofreu um surto de Covid-19. No outro jogo já realizado, Cardona, playmaker do Boca Juniors, garantiu a vitória da Colômbia por 1-0. O Equador, derrotado, atuou com o sportinguista Plata, de inicio.

A Copa América devia ter-se jogado no ano passado entre Argentina e Colômbia. Naturalmente, passou para este ano, mas soubemos, no início da semana que a Argentina não será a sede, já depois da Colômbia ter desistido. Nos dois casos, a situação pandémica justifica o passo atrás. Logo o Brasil, que incrivelmente tem uma situação ainda pior e cujo Governo tem sido alvo de críticas e manifestações, se colocou como hipótese para, em 15 dias, organizar a Copa.

A Confederação Brasileira de Futebol anunciou Brasília, Goiânia, Cuiabá e Rio de Janeiro como cidades-sede da prova. Mas, não é líquido que a competição avance, tal a onde de protestos que começa (e pode acabar) com o próprio elenco do Brasil e recusar-se a jogar uma Copa América brasileira. Casemiro, capitão, recusou-se a estar na conferencia de imprensa de projeção do jogo de apuramento para o Mundial 2022. Foi Tite a falar: “temos uma opinião muito clara e já a transmitimos ao presidente [da Confederação Brasileira de Futebol]. Depois, pedimos aos atletas para se focarem apenas no jogo contra o Equador. Na sequência, solicitaram uma conversa direta ao presidente. Foi uma conversa muito clara, direta”.