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Mohamed El Arouch, médio franco-marroquino, acaba de trocar o Lyon pelo Botafogo, numa operação pouco usual (mesmo que neste caso se entenda, já que o dono dos dois clubes é o mesmo). Não é hábito um europeu jogar no Brasil, muito menos, aos 20 anos.
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Não é o único francês da liga, já que Payet, após estrelar Marselha e West Ham, lidera o Vasco da Gama desde 2023.
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Mas se há clube que tem histórico de ter peças que não parecem encaixar, é justamente o Botafogo. Em 2013, o maestro holandês Clarence Seedord juntou-se ao clube após muitos anos de glória ao serviço de clubes como Ajax, Real Madrid ou Milan. Casado com uma brasileira e natural do Suriname, que faz fronteira com o Brasil, Seedord deixou os relvados no Brasil, jogando e marcando bastante em dois anos.
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Em 2020, chegaram mais duas estrelas, vindas da Europa, mas de origens distantes. Honda, médio japonês, depois de jogar na Holanda, Rússia, Itália (Milan), México ou Austrália, passou a vestir a camisola 4 do Botafogo. Fez uma época com qualidade e prosseguiu o seu tour mundial, jogando ainda no Azerbeijão, Lituânia e…Butão. Ao mesmo tempo chegou Saloman Kalou, depois de jogar por Chelsea, Lille ou Hertha. Também só fez uma época. No ano passado, o clube viu chegar o angolano Bastos, com passagem de sucesso pela Lázio e Darius Lewis, avançado de Trinidad e Tobago.
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Também o Coritiba tem recebido jogadores que não parecem encaixar exatamente no Brasileirão. Na tentativa de escapar à despromoção, Jesé, médio com passagens por Real Madrid, Sporting ou Las Palmas e Slimani, goleador no Sporting e depois com passagens menos felizes no Leicester, Newcastle ou Mónaco, juntaram-se ao clube. Sem sucesso.
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Melhor sorte tem tido Bolasie, congolês nascido em Lyon, no Criciuma, onde leva 6 golos em 24 jogos. O extremo, que também passou pelo Sporting, destacou-se na Premier League e agora vai brilhando no Brasil.
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Em 2019, um desconhecido Pablo Mari, central espanhol, chegou ao Flamengo para se afirmar, ganhar títulos e regressar à Europa para ser jogador do Arsenal (hoje está no Monza).
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Também em 2019, chegou Juanfran, espanhol, campeão da europa, com passagens por Real e Atlético, ao São Paulo.
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Recuando, é impossível não pensar em Miura e Petkovic. Miura, que ainda joga, a caminho dos 60 anos, trocou o seu Japão Natal pelo Brasil, em 1982, numa combinação algo estranha. Os seus 8 anos formativos no Brasil foram decisivos para uma carreira de grande sucesso no regresso ao Japão, onde foi figura de proa da J-Leagie nos anos 90.
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Petkovic, nascido na Jusguslavia dos anos 70, passou por Espanha, chegando ao Real Madrid, mas em 1997 surpreendeu mudando-se para o Brasileirão, pela porta do Vitória. Com passagens fugazes por Itália, China e Arábia Saudita, ficou no Brasileirão até 2011, quando se retirou. Destacou-se sobretudo com a camisola do Flamengo. Pouco jogo pela Jugoslávia mas em 1998 fez 75 minutos no Maracanã ante do Brasil.