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Visão do Peão

Visão do Peão

Portugueses no Atlético

Francisco Chaveiro Reis
17
Jun19

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Até pode ser falso que João Félix esteja a caminho do Atlético de Madrid, mesmo que as notícias das últimas horas tenham sido nesse sentido, mas esta é uma boa altura para lembrar os portugueses que se aventuraram em Madrid, no lado vermelho e branco.

O bem-sucedido, foi El Portugues, Paulo Futre. O extremo formado no Sporting, passou pelas Antas antes de aterrar em Madrid, em 1987, como campeão europeu. Passou cinco épocas e meia no Vicente Calderón, vencendo apenas duas taças. O seu futebol merecia muito mais. Em 1998, antes de acabar a carreira no Japão, ainda regressou para 10 jogos no seu Atlético. Totalizou 173 jogos e 15 golos. Foi ainda dirigente, ajudando o clube a regressar à primeira liga, depois de tempos sombrios. João Vieira Pinto, então jovem avançado do Boavista, esteve para lhe seguir as pisadas, mas não passou da filial, Atlético Madrileño. Depois de não se ter adaptado, regressou ao Bessa. Mas antes de Futre, Madrid conheceu Jorge Mendonça. Depois de jogar por Sporting e Braga, Mendonça, avançado de descendência angolana, passou pelo Deportivo e, entre 1958 e 1966, jogou pelo Atlético (seguiu-se o Barcelona). Marcou 59 golos em 167 partidas. Ganhou uma liga, três taças e uma Taça das Taças.

O Atlético só voltaria a ter portugueses, na segunda divisão. Hugo Leal e Dani, promessas por cumprir no futebol português, aterraram em Madrid para causar boa impressão. Leal chegou em 1999 e ficaria duas épocas, antes de se mudar para Paris. Fez 71 jogos e marcou 6 golos. Dani passaria três épocas em Madrid, as últimas da carreira. Ora deslumbrou, ora desiludiu, chegando a haver uma história em que Futre apontou uma pistola ao joelho, daquele que só não foi o seu herdeiro, porque não o quis. Fez 64 golos e marcou 10 golos com a camisola colchonera.

2006/2007 voltou a levar portugueses a Madrid. Zé Castro, Costinha e Maniche vestiram a camisola do Atlético, numa época sem grande glória. Castro, chegado da Académica, não chegaria aos 40 jogos no clube, em duas épocas e acabaria por fazer carreiro no Deportivo e Rayo Vallecano. Costinha, em fim de carreira, faria 31 jogos e Maniche, também com os melhores anos atrás de si, ainda faria duas épocas e meia. Disputou mais de 80 partidas e marcou por 8 vezes.

Em 2008-2009, chegou Sabrosa. Simão Sabrosa falhara no Barcelona e regressara a Lisboa, para estrelar o Benfica. Em 2008 arriscou o regresso a Espanha e deu-se bem. 171 jogos e 31 golos (mais do dobro de Futre, em menos dois jogos). Venceu uma Liga Europa e uma Supertaça Europeia. Em 2009-2010, chegou Tiago Mendes. Após ter conhecido o sucesso na Luz, Chelsea, Lyon e Juventus, o médio chegou a Madrid para sete anos e meio. É o português com mais jogos no clube (212). Marcou 18 golos, apanhou já a fase Simeone e festejou uma Liga Europa, uma taça, um campeonato e uma supertaça.

Em 2011/2012, chegaram Sílvio e Pizzi, que não vingaram. Sílvio fez apenas 21 jogos. Pizzi, ficou-se pelos 15 jogos, mas acabou por dar a volta e ter sucesso em Portugal. Em 2014, chegou o guardião André Moreira, sucessivamente emprestado, que ainda não se estreou pelo Atlético. Em 2015-2016, Diogo Jota foi contratado, mas como João Vieira Pinto, nunca se estreou. Passou pelo FCP antes de chegar aos Wolves. No verão, chegou Gelson ao Wanda Metropolitano. Não encaixou nas ideias de Simeone e foi emprestado ao Mónaco, que já adquiriu o seu passo, em definitivo.

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