Os três trabalhos de JP
Equipa muito mal
Acredito que João Pereira se mantenha como treinador do Sporting até fim do ano. Ano civil. E, depois, obrigado e adeus. O Sporting com Pereira no banco (maior parte das vezes, literalmente) disputou um jogo para a Taça de Portugal, goleando; dois para a Liga dos Campeões, sofrendo duas derrotas, uma delas, por goleada e em casa e três jogos para o campeonato, com duas derrotas e uma vitória. São resultados escassos, com quatro derrotas consecutivas e sobretudo com o quebrar de dinâmicas de vitória, que já tinham vários anos. E vendo-se pequenas melhorias, nada faz crer que o Sporting melhore este ano.
O Sporting de João Pereira joga mal e sofre muito golos. Os jogadores não parecem estar com o treinador e percebe-se ao ver-se a postura no banco (três técnicos a olharem mais para o tablet do que para o campo) e nas conferências, com clichés e muitas vezes contra a maré, ignorando a realidade. Não se vê na equipa técnica quem lidere, motive ou empolgue.
Seguem-se três jogos duros, antes do fim do ano. Na quarta-feira, jogo a eliminar contra o Santa Clara, para a Taça de Portugal. A jogar como tem jogado, o Sporting tem que melhor muito para conseguir deitar abaixo os açorianos, que jogam bem. Segue-se a ida a Barcelos. Uma vitória garante o março emotivo de chegar em primeiro ao Natal e sobretudo ao jogo com o Benfica. O ano acaba a 29 de dezembro, com a receção ao Benfica, que apesar dos dois empates consecutivos, parece ser a melhor equipa portuguesa neste momento. A verdade é crua. Não admirará ninguém se o Sporting de JP cair nestes três jogos.
Falta, pois, olhar para o banco e ver um verdadeiro líder. O nome óbvio e desejado é Abel Ferreira. Outro nome mais ou menos óbvio é o de Sérgio Conceição (que, por razões além do mundo do futebol não é a minha escolha, de todo). Certo é que o perfil parece bem identificado: um homem com títulos no currículo e com voz firme. Venha ele.