O topo do mercado
2000-2001
Janeiro 25, 2023
2000-2001 foi uma época de grandes contratações. No topo, claro, a ida de Figo, do Barcelona para o Real Madrid, por 60 milhões de euros, mas o destaque são as seis entradas de jogadores para equipas italianas, algo impensável nos dias de hoje em que o Cálcio se tornou secundário.
Passemos por Figo, cujo caso e carreira dispensam apresentações e passemos para o número dois do top dez de 2000-2001. Aos 25 anos, Crespo trocou o Parma pela Lázio. Eram os melhores dias da equipa de Roma que não se coibiu de gastar mais de 56 milhões no argentino. Crespo, que já levava quatro anos de Itália, passou duas épocas no Olímpico de Roma, fazendo 39 golos em 54 jogos. No entanto, só venceu uma Supertaça. Saiu por cerca de 40 milhões de euros, numa altura em que se começava a perceber que talvez a Lázio estivesse com problemas financeiros. Esta foi também a época em que outro goleador argentino, Gabriel Batistuta, trocou o seu clube de sempre, a Fiorentina, por Roma. Batigol chegou à Roma por 36 milhões. Na estreia, foi, finalmente, campeão em Itália e fez 21 golos. Marcaria mais 12 antes de rumar ao Inter, por empréstimo. Não surpreende que os líderes destas listas sejam os avançados. No verão de 2000, o PSG fez a pequena loucura de contratar Anelka ao Real Madrid por 34 milhões. Aos 21 anos, o francês tinha despontado no PSG, precisamente, brilhando no Arsenal e falhado em Madrid. Fez 18 golos em ano e meio e regressou à Premier League, emprestado ao Liverpool e depois vendido ao City por menos de metade do que custou. Curiosamente o top cinco termina com um defesa. Rio Ferdinand, um dos mitos da Premier League, trocou então o West Ham, onde se formou, pelo Leeds. Fez parte da equipa que atingiu as meias final da Liga dos Campeões e passadas duas épocas, o United foi busca-lo por 46 milhões.
Seguiu-se Savo Milosevic, visto pelo Parma como substituto de Crespo. Fez 14 golos em época e meia e saiu para Espanha. Não foram os 25 milhões mais bem gastos pelo Parma. O mesmo se pode dizer da ida de Flávio Conceição para o Real Madrid pelos mesmos 25 milhões. O brasileiro não rendeu o mesmo que na Corunha e saiu a custo zero, quatro épocas depois, com um empréstimo ao Dortmund, pelo meio. Fantástico foi o negócio que fez Trezeguet aterrar em Turim. Por 23 milhões de euros, o francês tornou-se no grande goleador da Juve, fazendo 171 em 320 jogos. Por cerca de 23 milhões, Almeyda, médio defensivo, deixou a Lázio e reforçou o Parma. Ou seja, na verdade, Crespo custou à Lázio, 33 milhões mais o passe de Almeyda. Sem surpresa, o argentino nada venceu em Parma e 50 jogos depois rumou ao Inter.
A lista acaba com Piojo Lopez, que chegou à Lázio por 23 milhões, após quatro bons anos em Valência. Passou quatro anos em Roma, fazendo 10 golos por ano. Nada de fabuloso mas dificilmente pode ser visto como um falhanço.