Morreu Vialli
Hoje é mais um dia triste para o futebol mundial. Morreu Gianluca Vialli, que nem chegou aos 60 anos de vida. Vialli morreu em Londres, onde jogou, vítima de um cancro no pâncreas, que voltou recentemente, após o antigo avançado ter anunciado que estava em remissão, em 2020.
O seu último papel no futebol foi o de chefe de delegação da seleção italiana, no qual foi campeão europeu no ano passado, ajudando o amigo e ex-colega Mancini, selecionador. Mas, Vialli ficou conhecido essencialmente como goleador de elite. Nascido em Cremona, seria na Cremonese que começaria a dar nas vistas e a marcar. Entre 1980 e 1984, fez 25 golos em mais de 100 jogos.
Seguiu-se a Sampdória onde fez dupla com Mancini e até 1992 fez 141 golos em 327 jogos, ajudando a equipa genovesa a vencer diversos títulos. Em 1985, na época de estreia, venceu a Taça de Itália, marcando na segunda mão. Nesse ano, contava no onze com Vierchwood, Souness ou Francis, que fazia dupla consigo. Na época seguinte, voltou à final da Taça, já com Lorenzo ao lado, perdendo-a para a Roma. Em 1986/1987, começa a dupla com Mancini e Vialli marca por 16 vezes, o dobro da época anterior. Já com Toninho Cerezo, voltou a uma final da Taça e venceu-a. Em 1988-1988, fabulosa época, com 33 golos marcados e a conquista de mais uma Taça. Chegou à final da Taça das Taças, perdida para o Barcelona, que lhe traria novo desgosto mais à frente. Na época seguinte, regresso à final da Taça das Taças e vitória final ante do Anderlecht. Vialli marcou os dois golos do jogo decisivo e foi o melhor marcado da prova.
Em 1990-1991 conquistou, finalmente, a Série A, liderando uma equipa com muitos dos já referidos e, ainda, Lombardo, Pari, Katanec, Lanna, Mannini ou Pagliuca. Marcou 23 golos e a Samp superou o Milan. Ficou mais uma época, marcando mais 20 golos e vencendo a Supertaça Italiana. Chegou à final da Liga dos Campeões, perdida para o Barcelona, em Wembley. Seguiram-se quatro anos muito frutuosos na Juventus, ao lado de Ravanelli, Del Piero, Conte ou Di Livio. Começou a vencer a Taça UEFA. Em 1994-1995, venceu a Série A e a Taça, tendo perdido a final da Taça UEFA. Na despedida, venceu a Liga dos Campeões e a Supertaça Italiana.
No verão de 1996, depois do Euro, chegou a Inglaterra para estrelar o Chelsea por três anos. Fez 11 golos e venceu a FA Cup, ao lado de Zola, Hugues, Wise ou Petrescu, sendo treinado por Gullit, antes de lhe ocupar o lugar. Na sua melhor época blue, fez 19 golos e venceu a Taça das Taças e a Taça da Liga, já como treinador-jogador. Terminou a carreira aos 34 anos, marcando 10 golos e vencendo a Supertaça Europeia.
Por Itália, nada venceu, tendo marcado 16 golos em 59 jogos. Este nos Mundiais de 1986 e 1990 e no Euro 1988. Treinou Chelsea e Watford, tendo depois passado para a seleção italiana com coordenador.