Merci
Jeremy Mathieu lesionou-se com gravidade e, aos 36 anos, decidiu terminar a carreira. Num treino em Alcochete, o defesa francês magoou-se e antecipou aquilo que se previa para o fim da época: a retirada. Para trás, ficam experiências no seu país (Sochaux e Toulouse), Espanha (Valência e Barcelona), onde mais se destacou e Portugal.
Nas camadas jovens do Sochaux desde 1996, Mathieu estreou-se pela equipa principal em 2002-2003 (contou com a companhia de Quevedo, francês campeão pelo Boavista), aos 19 anos, impressionando desde logo. Depois de três épocas no Sochaux, quatro, no Toulouse. Saiu da Ligue 1 com muita experiência, mas apenas com uma Taça da Liga.
A aventura espanhola terá começado tarde, aos 26 anos, juntando-se a um Valência que contava com Villa, Mata, Isco, Baraja ou Abelda. Os portugueses Miguel e Manuel Fernandes também por lá andavam. Terá vivido os melhores anos da carreira, jogando 182 partidas, mais do que em qualquer outro clube e marcando 7 golos. Em termos de curriculo, foi a experiência no colosso Barcelona, de 2014 a 2017, que mais ficará na memória. Sem nunca ser um dos favoritos dos adeptos, esteve em 91 jogos e fez 4 golos. Olhando para Messi, venceu dois campeonatos, três taças, uma supertaça e títulos europeus e mundiais: uma Liga dos Campeões, uma supertaça e um Mundial de Clubes.
Aos 32 anos, foi pedido de Jesus para o Sporting. Em Barcelona já deixara a lateral esquerda para ser um central sereno. Fez dupla de sucesso com Coates por quase três épocas e deixou 6 golos marcados em 100 jogos. Venceu duas Taças da Liga e uma de Portugal, um ano após o ataque bárbaro a Alcochete, chorando, de felicidade, no fim. Mathieu foi o patrão da defesa do Sporting até ontem, dia em que encerrou a carreia. Merci.