Juninho Paulista
Juninho Paulista vingou no Brasil, em Espanha e pelo Escrete. E ainda passou, com muito sucesso, pelo nordeste de Inglaterra. É um herói de culto. Hoje com 49 anos, o médio ofensivo formou-se e estreou-se pelo modesto Ituano. Após 10 golos em 10 jogos, mudou-se para um super São Paulo onde moravam Muller, Toninho Cerezo, Cafu ou Zetti. Na estreia, ajudou a vencer uma Taça Libertadores da América, Supercopa Libertadores e a Taça Intercontinental. Já em 1994, ajudou a vencer a Recopa Sul-Americana e a Copa Conmebol. Com 141 jogos e 22 golos, saiu para a Europa.
Seria de esperar que Juninho se mudasse para Portugal, Espanha ou Itália. Mas, não. Acabou na Premier League num clube sem grande história, mas com muita paixão (e dinheiro) e onde foi feliz. Conquistou o público na primeira época, mesmo que o Boro tenha acabado num esperado e modesto 12.º posto. Eram os dias de Barmby, Mustoe ou Fjortoft. Também lá andava Branco, campeão do mundo com passagem pelo Porto. No ano seguinte, altos e baixos. Altos, na forma de soberbos reforços como Ravanelli (Juventus) ou Emerson (FCP) e de quase títulos. O Middlesbrough perdeu a final da Taça da Liga para o Leicester de Heskey e Izzet e a da FA Cup para o Chelsea de Zola e Hughes. Baixos, pela descida de divisão e consequente saída de Juninho.
De Inglaterra, Paulista saiu para o Atlético de Madrid, supostamente um destino mais iniciado para um médio brasileiro franzino e bom de bola. A primeira época, com Kiko, Vieri ou Caminero nem foi má, com 31 jogos e 9 golos e a ida às meias da Taça UEFA (0-1 com a Lázio). Na segunda, o Atlético, desceu de 5.º para 12.º na tabela, apesar de ter voltado às meias da Taça UEFA (2-5 no agregado com o Parma, vencedor final) e de ter chegado à final da Taça do Rei (0-3 com o Valência de Claúdio Lopez e Mendieta). Dois anos depois, regressou ao Boro para se tornar num jogador ainda mais admirado, fazendo 5 golos em 35 jogos, ao lado de novos colegas como Deane (passou no Benfica), Ricard, Ince ou Ziege.
Sempre por empréstimo do Atlético, passou mais três anos no Brasil, interrompendo a sua carreira europeia. Primeiro, o Vasco onde fez 18 golos em 87 partidas, vencendo um Campeonato Brasileiro e uma Copa Mercosul, ao lado de Romário, Euller ou Juninho Pernambucano. Seguiu-se o Flamengo de Liedson, Filipe Melo, Athirson ou Júlio César, onde nada venceu.
De 2002 a 2004 a sua última passagem pelo Boro para mais 48 jogos e 12 golos. Em 2004, com Job, Doriva ou Southgate, venceu a Taça da Liga, num feito histórico. Acabou a passagem pelo Europa com 22 jogos pelo Celtic, vencendo uma Taça da Escócia. Regressou ao Brasil para duas épocas no Palmeiras e uma no Flamengo. Experimentou a liga australiano, num ano no Sydney FC e terminou a carreira no Ituano, onde começara.
Pelo Brasil, 53 jogos e 5 golos. Foi chamado para a Copa América de 1995 (derrota na final contra o Uruguai de Francescoli, Poyet e Fonseca); para os Jogos Olímpicos de 1996 (5-0 a Portugal no jogo que lhe deu a medalha de prata); para a Taça das Confederações de 1997, que venceu graças à dupla Rô-Rô; para a Copa América de 2001 e para o Mundial de 2002, onde se tornou Campeão do Mundo, participando em 5 jogos.