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Visão do Peão

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Qui | 18.05.17

Jardim campeão em França

Francisco Chaveiro Reis

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Ao terceiro ano ao serviço do Mónaco, Leonardo Jardim sagrou-se campeão francês, a uma jornada do fim. O português quebrou a hegemonia do PSG, agora orfão de Ibrahimovic, que vencera os últimos quatro campeonatos com o sueco como melhor jogador e marcador (três das quatro vezes). Jardim trocou o Sporting, onde lançou William e pôs o Sporting a jogar bom futebol com baixo orçamento, pelo principado em 2014, ficando duas épocas em terceiro lugar e alcançando a glória à terceira.

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Jardim dispõe de um plantel com qualidade e alguns jogadores experientes como Glik, Moutinho ou Falcao mas sobretudo composto de jovens potenciados por Jardim como Mbappé, Lemar, Fabinho ou Bakayako. A equipa tipo foi composta pelo guarda-redes croata Subasic, que leva mais de 50 jogos esta época. No centro, segurança defensiva garantida por Glik (53 jogos e 8 impressionantes golos), polaco com escola no futebol italiano e por Jemerson (53/1), brasileiro de 24 anos que se adaptou muito bem à Europa. Nas alas, duas setas. Sibidé, ex-Lille, assumiu-se este ano como um dos melhores laterais direitos da Europa e na esquerda, Mendy, ex-Marselha, não lhe ficou atrás. Raggi (36 jogos) foi um suplente muito útil. 

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No meio-campo, Bernardo Silva (57/11) é o camisola dez e o cérebro, que constroi o jogo a partir das alas. Ala mais puro é Lemar (54/14), sobretudo pela esquerda. No meio, dois homens combativos. Fabinho, ex-Rio Ave, é um defesa lateral convertido em médio defensivo e um eximio marcador de bolas paradas. Leva 55 jogos e 11 golos na época. Ao seu lado, costuma jogar Bakayako, francês que marcou três vezes em 50 jogos. Moutinho (52/4) e Dirar (33/1) foram suplentes muito úteis. 

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No ataque, dois fenómenos. Mbappé 18 anos, é o avançado da moda na Europa e até pode mudar-se para Madrid. O avançado, que abriu ontem a contagem, soma 26 golos em 43 partidas. Ao seu lado, jogou quase sempre Falcao, regressado à boa forma após lesões e épocas dececioonantes em Inglaterra. O colombiano marcou 30 vezes em 43 jogos, uma média extraordinária. Germain (59/17) foi o avançado de recurso, cumprindo sempre muito bem o seu papel. Guido Carrillo foi quem mais sofreu no ataque marcando, ainda assim, 8 vezes em 30 jogos.