Ibra, o penso rápido do Milan
Tenho poucas dúvidas de que Ibrahimovic brilhará no Milan até fim da época. Já não é o mesmo da sua primeira passagem pelo clube (56 golos em 85 jogos) e é quase impossível vencer um título, mas será o melhor marcador e jogador da equipa e puxará pelos companheiros, na sua maioria, banais, como aliás, já era o caso nos LA Galaxy.
Mas Ibra é apenas um penso rápido. Um gigante adormecido, em busca da glória de outros tempos não aposta num avançado de 38 anos que passou os últimos dois anos numa semireforma norte-americana. Mesmo que esse avançado seja alguém especial como Ibrahimovic. O sueco será apenas uma distração até fim da época e uma forma de desviar as atenções do estado calamitoso do Milan.
Do Milan, espera-se uma revolução, apostando nos cavalos certos. A começar pela estrutura para o futebol que, tendo Maldini e Boban, vive apenas da ligação emocional do clube e adeptos a estas figuras, que sendo das maiores da história do Milan, nada mostram como dirigentes. Numa altura em que o futebol italiano já não tem capacidade para atrair as grandes estrelas, no auge da carreira – menos capital do que em Inglaterra e Espanha; estádios e infraestruturas envelhecidas e aparecimento de ligas secundárias com poder de atração – o Milan deve parar de recrutar as “sobras” da liga espanhola e, sim, voltar a apostar nas suas escolas e procurar talentos em ligas secundárias como as de Portugal, Bélgica ou Países Baixos.