Ginola
Francês bonitão, deu nas vistas no PSG, mas foi no nordeste de Inglaterra que se tonou num jogador mítico. David Ginola quase levou o Newcastle à conquista da Premier League e ofereceu alguns dos momentos mais bonitos dos anos 90 aos fãs ingleses. Estreou-se em 1986-1987 ao serviço do modesto Toulon, onde ficaria três anos, destacando-se sobretudo na última, ajudando o modesto clube a chegar ao quinto lugar da liga francesa. Mudou-se depois para a capital para dois anos no RCF Paris (encontrou por lá, Jorge Plácido, Francescoli, Guerin ou Luis Fernandez). Passou depois por Brest até chegar ao PSG em janeiro de 1992.
Por lá, começou por ajudar a equipa a chegar ao terceiro posto. Na segunda época, completa, festejou a conquista da taça, foi vice-campeão e chegou às meias-finais da Taça UEFA, sendo eliminado pela Juventus. Em 1993-1994, com Weah, Raí, Valdo, Le Guen, Roche ou Lama, foi campeão francês, marcando 18 golos. Chegou às “meias” da Taça das Taças, perdendo com o Arsenal. Fez um último ano no Parc des Princes, vencendo uma taça e uma taça da liga. Em mais um quase, tónico da sua carreira, chegou às “meias” da Liga dos Campeões, sendo eliminado pelo Milan. Seguiu-se Inglaterra.
Em 1995-1996 liderou uma grande equipa do Newcastle, treinada por Kevin Keegan que terminou o campeonato a quatro pontos do Manchester United, tendo estado muito próxima do sonho do título. Ginola era o criativo de uma equipa que contava com Clark, Lee, Gillespie, Ferdinand, Beardsley ou Asprilla. No ano seguinte, já com Shearer, novo vice-campeonato, com o Newcastle a perder para o United, mais uma vez. Seguiu-se o Tottenham, onde Ginola conquistou os adeptos, mas esteve bem mais longe do título de campeão. Com Ferdinad e Fox, que encontrara em Newcastle e outros como Klinsmann, Berti ou Sol Campdbell, ficou três épocas em Londres. Em 1998-1999, venceu a Taça da Liga, após vencer o Leicester por 0-1, em Wembley. Quando Nielsen fez o golo já Ginola estava no banco ao lado do português José Dominguez. Passados os seus melhores anos, Ginola ainda fez ano e meio no Aston Villa e meia época no Everton.
Por França, apenas 17 jogos e 3 golos, não tendo estado em nenhuma grande competição. As chamadas para o Euro 1996 (Cantona também foi riscado da lista) e para o Mundial 1998 não teriam sido descabidas mas o médio ofensivo ficou marcado pela responsabilidade que lhe foi atribuída na não ida de França ao Mundial de 1994.