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Visão do Peão

Futre

Heróis de Culto

Francisco Chaveiro Reis
18
Mar23

 

Visão do Peão (1).png

Jogou nos três grandes de Portugal, recusou o Real Madrid por amor ao seu Atlético de Madrid e quase foi o melhor do mundo. Paulo Futre é um herói de culto e um dos homens que abriu as portas da Europa a jogadores como Rui Costa, Luís Figo ou Paulo Sousa. Natural do Montijo, foi lá que começou a dar os primeiros pontapés. Não escapou aos olheiros do Sporting e passou a ir treinar a Lisboa, fazendo lá a formação e estreando-se como sénior, ainda adolescente. Nada venceu na única época como leão e após desentendimentos com a estrutura acabou no FCP, onde brilhou intensamente durante três anos. Fez 117 jogos e 33 golos e venceu a Liga dos Campeões, ao Bayern; dois campeonatos e duas supertaças. Esteve a um passo de ser Bola de Ouro em 1987. 

Seguiu-se a ida para Madrid onde se tornou no ídolo maior do clube. Fez 163 jogos e 37 golos. Venceu, apenas, duas Taças do Rei. Em 1991, 1-0 ao Maiorca com golo de Santaelena. Nas meias, Futre marcara no Camp Nou. Em 1992, 2-0 ao Real Madrid com Futre a inaugurar o marcador, em pleno Bernabéu.  Depois de cinco anos e meio, envolveu-se numa polémica transferência e acabou no Benfica. Venceu uma Taça de Portugal, num 5-2 ao Boavista. Marcou dois golos e fez assistência para outro, de João Pinto. Regressou ao estrangeiro para se juntar ao Marselha, de Tapie. Apanhado pelo escândalo de corrupção, acabaria a época na Reggiana, numa altura em que já era atacado frequentemente por lesões.

Ainda passaria pelo Milan, onde foi campeão, quase sem jogar mas onde conseguiu fazer a festa ao lado de Savicevic, Boban, Baggio ou Weah. Seguiu-se o West Ham e um regresso ao Atlético, sem sucesso. Acabaria a carreira no Japão, jogando pelos Yokohama Flügels.

Por Portugal, fez 7 golos em 41 jogos. Numa altura em que Portugal passava anos sem se apurar para grandes competições, esteve apenas no Mundial de 1986, de má memória.