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Visão do Peão

Visão do Peão

Dunga

Heróis de culto

27.03.25

Marcou o penalty decisivo na vitória brasileira no Tetra e jogou em Itália, Alemanha e Japão. Falo, claro, de Dunga.

Carlos Caetano Bledorn Verri nasceu há 61 anos no sul do Brasil. Começou a carreira no Inter de Porto Alegre, depois de se formar por lá. Fez apenas 22 jogos e 1 golo, mas mostrou logo as características que o acompanhariam: garra e agressividade. Venceu dois campeonatos gaúchos antes de ser contratado pelo Corinthians para 61 partidas e convívio com Casagrande, Serginho Chulapa ou Biro-Biro. Passou ainda pelo Santos onde voltou a jogar com Serginho e encontrou os jovens Kazu Miura e César Sampaio. Antes de rumar à Europa, jogou ainda pelo Vasco da Gama, vencendo um campeonato carioca. Donato, Mazinho, Romário ou Roberto Dinamite eram alguns dos colegas de então.

Em 1987, aos 24 anos, estreou-se na Europa, pela porta do Pisa. Fez 29 jogos e 3 golos numa equipa sem grande história e sem surpresa mudou-se para um clube de maior cartel, no caso, a Fiorentina de Borgonovo e Baggio.

Em quatro anos, mais de 150 jogos, sem títulos. Em 1990, chegou à final da Taça UEFA, perdendo por 3-2 no agregado das duas mãos, ante da Juventus de Rui Barros. Marius Lacatus, Diego Fuser, Renato Buso ou Stefano Pioli foram outros dos seus colegas nos Viola, além de Batistuta que se estreou na época em que Dunga se despediu de Florença.

Passou mais um ano no Calcio, defendendo o Pescara, onde foi colega de Max Allegri e de novo de Borgonovo.

Em 1993 passou a jogar pelos alemães do Estugarda. Guido Buchwald, Thomas Berthold, Thomas Strunz ou Adrian Knup eram alguns dos seus colegas. Fez 28 jogos e 4 golos e o clube ficou no 7.º lugar da Bundesliga antes de ir ao Mundial de 1994. Fez mais uma época, já com Bobic e Élber.

Campeão do mundo e já com 31 anos, juntou-se ao malogrado Totò Schillaci no Jubilo Iwata, do Japão. Fez 127 jogos e marcou 17 vezes, sendo campeão em 1997.

Regressou ao Brasil e ao Internacional, para acabar a carreira, encontrando Lúcio, que seria campeão mundial em 2002 ou Christian, que passou por Estoril, Estrela da Amadora e Farense antes de chegar ao PSG e à seleção. Dunga reformou-se aos 36 anos.

Pelo Brasil, 91 jogos e 6 golos, além daquele mítico penalty em 1994, que deu o Mundial. Dunga, camisola era então o camisa 8, dividindo o meio campo com outros dois trabalhadores como ele, Mazinho e Mauro Silva e atrás dos artistas Raí, Bebeto e Romário. Pelo Escrete, venceu ainda o Sul Americano de sub-20 (1983), Mundial de sub-20 (1983), Torneio Pré-Olímpico (1984), Copa América (1989 e 1997) e Taça das Confederações (1997).

Esteve nos Mundiais de 1990, 1994 e 1998; nos Jogos Olímpicos de 1984 e em quatro Copas América. Privou com os génios Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Leonardo, Valdo, Alex, Cafu, Roberto Carlos ou Branco.

De 2006 a 2016 foi treinador passando pela seleção e pelo Inter. Pelo Brasil, venceu uma Copa América, uma Taça das Confederações e um Superclássico das Américas. Pelo Inter, foi campeão gaucho.