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Visão do Peão

Visão do Peão

Djalminha

Heróis esquecidos

Janeiro 12, 2025

Não ganhou os mesmos títulos e provavelmente não ganhou os mesmos milhões do que Kaká e Ronaldinho. Não foi tantas vezes internacional como Juninho Paulista ou Juninho Pernambucano, mas, em talento puro, Djalminha nada lhes deve.

Nascido em Santos, São Paulo, há 54 anos, Djalma Feitosa Dias, começou a jogar no Flamengo. Fez a formação no Mengão e em 1989 fez 2 jogos, convivendo com Zinho, Júnior, Bebeto, Zinho ou Leonardo. No ano seguinte, 20 jogos e 2 golos, ao lado de Zé Carlos, guarda-redes que passaria depois por Farense, Vitória e Felgueiras; André Cruz e Renato Gaúcho. Venceu a Copa do Brasil. Em 1991, mais 19 jogos, 2 golos e a conquista do Carioca e da Copa Rio.

Em 1992, com Júnior Baiano, Paulo Nunes e muitos outros craques, venceu o primeiro Brasileirão. Ficou mais uma época, com Marcelinho Carioca. O passo seguinte foi o Guarani, deixando para trás mais de 130 jogos e uma briga feia com Renato Gaúcho. Impôs-se de verde, fazendo 21 golos em mais de 40 partidas, não sendo suficiente para ir ao Mundial, devido à fortíssima concorrência. A primeira saída do Brasil não foi para a Europa, passando brevemente pelo Japão. Regressou ao Guarani para fazer trio de ataque como Amoroso (jogaria no Milan, Udinese, Parma ou Dortmund) e Luizão (campeão do mundo em 2002).

Em 1996 continuou a vestir de verde, mas a atuar pelo Palmeiras, contratado pela multinacional Parmalat. Ao lado de Cafu, Júnior, Flávio Conceição, Rivaldo, Müller e Luizão, “fez miséria”. Marcou 50 golos em 90 jogos; venceu o Paulista e recebeu a Bola de Ouro da revista Placar como melhor jogador do Campeonato Brasileiro.

No verão de 1997 chegou finalmente à Europa, aos 27 anos. Teve impacto imediato marcando 10 golos na época e sendo o melhor marcador. Apesar de ter também Donato, Fran, Mauro Silva, Bassir e novamente, Luizão, a época coletiva não foi brilhante. Seria melhor 1998-1999, já com Ziani, Turu Flores e Pauleta. Marcou 9 vezes, mas a equipa ficou em 6.º na La Liga e alcançou as “meias” da Taça do Rei.

Em 2000, já com a ajuda de Makaay, máximo goleador da equipa, foi campeão espanhol, um feito na história do Depor. Djalminha fez 13 golos na época, tantos como fez no ano seguinte, já com Tristán, e venceu a Supertaça. Na sua última época completa, marcou apenas 3 golos, mas venceu a Taça do Rei. Um desentendimento feio com o treinador fez com que saísse do clube.

Passou um ano no Austria Viena, vencendo tudo o que havia para vencer. Regressou a Espanha para mais 15 jogos na Galiza. Terminou a carreira no México, em 2005, após 6 jogos pelo Club América.

Pela seleção principal, apenas 13 jogos e 5 golos. Estreou-se em Curitiba, em novembro de 1996, marcando um golo no 2-0 aos Camarões. Voltaria a marcar, à Noruega, numa derrota por 4-2. Esteve na Copa América de 1997, vencendo-a, ajudando o Escrete com 2 golos em 3 partidas. Jogou ao lado de Romário, Ronaldo, Denilson, Roberto Carlos, Cafu e muitos mais. 

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