Djalminha
Não chegou ao Real Madrid ou Barcelona, nunca foi titular absoluto da seleção brasileira, mas em termos de técnica, foi um dos melhores que vi. Djalminha, filho de Djalma Dias (1939-2001), defesa internacional brasileiro que passou por Palmeiras, Santos ou Botafogo, é o epiteto de herói de culto. Djalma Feitosa Dias, hoje com 51 anos, nasceu em Santos e começou pelo Flamengo. Depois das camadas jovens, estreou-se pela equipa principal no fim dos anos 80. Ficou no Mengão até 1993, fazendo 95 jogos e marcando 20 golos, ajudando a vencer a Taça Guanabara, Copa do Brasil, Taça Rio, Campeonato Carioca, Copa Rio e Campeonato Brasileiro.
Seguiram-se três anos no Guarani, intercalados por uma curta experiência no Japão. Antes da Europa, fez ainda dois anos memoráveis pelo Palmeiras, ao lado de Luizão, Viola, Muller, Rincón, Rivaldo, Amaral ou Cafu. Com o grande apoio da Parmalat, o Verdão montou uma equipa de sonho. Djalminha venceu o Paulista e seguiu para a Galiza.
Onde a maior parte do mundo o conheceu foi a jogar com a camisola do Depor. Esteve em grande, de 1997 a 2000, ajudando a vencer La Liga, duas supertaças e uma Taça do Rei, ajudando o clube da Corunha a ser o SuperDepor. Totalizou 50 golos (sexto melhor marcador da história do clube) em 185 jogos, deixando uma seleção de jogadas de antologia, muitas vezes ao nível de Rivaldo ou Ronaldinho, mas sem a mesma consistência. A sua história em Espanha ficou marcada por uma cabeçada ao treinador e pelo empréstimo ao Áustria Viena, onde venceria um campeonato, uma taça e uma supertaça. Regressaria ao Depor para mais meia época, fazendo parte da equipa que chegou às meias da Champions.
Acabou a carreira no México, ao serviço do América, onde ainda venceu uma supertaça. Depois do futebol, voltou ao Flamengo para jogar showbol e vencer vários trofeus. Pelo Brasil, 13 jogos e 5 golos. Tapado por dezenas de craques, esteve apenas na Copa América de 1997, marcando 2 golos e vencendo a prova, ao lado de Taffarel, Cafu, Aldair, Dunga, Ronaldo ou Edmundo.