Desastre
A primeira época totalmente planeada pela dupla Frederico Varandas – Hugo Viana, foi um desastre. Quarto lugar, eliminações humilhantes na Taça de Portugal e na Liga Europa e queda nas meias da Taça da Liga. O Sporting perdeu os quatro jogos com os rivais históricos e somou o maior número de sempre de derrotas. Marcou apenas 49 golos (menos do FCP, Benfica, Braga, Famalicão e Guimarães). Aliás, não se avista ninguém do Sporting na lista dos melhores marcadores do campeonato sendo que Bruno Fernandes, saído em janeiro, foi o melhor marcador da equipa.
A época começou com uma vergonhosa goleada sofrida na Supertaça e acabou com uma derrota, diante do mesmo adversário que atirou o Sporting para o quarto lugar. Pela primeira vez, em sete anos, o Sporting não ficou no pódio. É altura de lembrar que Marcel Keizer, primeira grande aposta de Varandas, começou a época, mas foi despedido sem que existisse alternativa. Leonel Pontes deixou a vitoriosa equipa de sub-23 para falhar na primeira equipa, regressando à base para uma equipa que nunca mais foi a mesma. Veio Silas, sem curso completo para falhar redondamente e por fim, veio Amorim, por quem pagaremos 12 milhões, que foi o melhor da época. Sabe comunicar, mudou a dinâmica da equipa e apostou na formação. Mas não chegou.
Nesta altura, o Sporting está mais perto de ser concorrente do Sporting de Braga (a quem oferece dinheiro e jogadores sucessivamente) na luta pelo terceiro lugar do que ser um candidato sério ao título. Em termos pontuais, o clube ficou a 22 pontos do campeão e a 17 do segundo, já depois de ter tido um bom (melhor, vá…) período pós pandemia.
A época foi um desastre, mas o pior está para vir. A época que se avizinha será mais dura. O Braga terá mais dinheiro, muito do qual oferecido pelo Sporting e sobretudo, o Sporting continua a ser gerido pela mesma equipa que despachou Raphinha e Dost para manter Fernandes, que sairia meses depois; que ofereceu Mama Baldé e 5 milhões por Rosier; que foi buscar, em cima do joelho, Bolasie, Jesé e Fernando e que fez um plantel dos mais fracos que há memória. É obra.
Sem que fonte oficial do clube tenha ainda vindo a público, o desnorte é palpável e novo desastre, expectável.