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Visão do Peão

Visão do Peão

05 de Fevereiro, 2025

Dahlin

Heróis de culto

Francisco Chaveiro Reis

Foi um dos heróis suecos no mítico Mundial de 1994. Foi goleador na Bundesliga. É Martin Dahlin. 

Filho de pai venezuelano e de mãe sueca, nasceu na Suécia e começou a dar nas vistas no Malmo, no final dos anos 80. Em 1988, aos 20 anos, foi o melhor marcador do clube, com 18 golos e o jogador mais utilizado, com 25 jogos. Era colega de Ljung, Thern e Schwarz e venceu a Taça Intertoto e o campeonato sueco. Era treinador pelo inglês Roy Hodgson. Foi bicampeão da suécia e da Intertoto, mas desceu para os 4 golos. Em 1990, mais 7 golos e em 1991, marcou mais 11 golos e conquistou uma terceira Intertoto.

Em 1991, mudou-se para o Borussia Mochengladbach. Começou mal. Teve três treinadores durante a época e marcou apenas 2 golos. O ponto alto seria a chegada à final da Taça. Na época seguinte, a equipa ficou de novo a meio da tabela, mas o sueco subiu para os 11 golos, sendo o melhor marcador da equipa. Ao terceiro ano, marcou 14 vezes antes do Mundial e o Borussia esteve ainda pior.

Em 1994-1995, marcou 13 golos, ao lado de Heiko Herrlich e do compatriota Patrik Andersson, foi quinto na Bundesliga e finalmente venceu um título: a Taça. Na final, 3-0 ao Wolfsburgo, com Dahlin a abrir o marcador. Effenberg, outra das estrelas da companhia, também marcou. Ao quinto ano, subiu para os 18 golos, na sua melhor época de sempre. O Borussia ficou em quarto na liga; perdeu a supertaça para o Borussia Dortmund de Moller ou Sammer e chegou aos quartos da Taça UEFA, caindo aos pés do Feyenoord do também sueco Henrik Larsson. 

As boas prestações levaram a que se mudasse para a AS Roma, na altura, um campeoanto ainda na mó de cima. Não lhe correu bem. Com a concorrência de Balbo, Fonseca, Totti ou Delvecchio, só esteve em campo 4 vezes e não marcou. Dahlin sofreu com a concorrência, sendo que a sua primeira escolha tinha sido a Juventus, com quem assinou um pré-contratado. Também terá recusado o Bayern de Munique. Em janeiro já estava de regresso ao seu Borussia, a tempo de marcar mais 10 golos. 

Aos 30 anos, chegou à Premier League, assinando pelos Blackburn Rovers, campeões, dois anos antes. A usar a camisola 10, ficou-se pelos 6 golos em 24 jogos longe dos 20 de Gallacher e dos 21 de Sutton. 1998-1999 seria a sua última época. Fez 6 jogos, sem golos, nos Rovers e mudou-se para a sua Bundesliga, onde também não marcou pelo Hamburgo. Retirou-se aos 31 anos, vítima de lesões. 

Pela Suécia, 29 golos em 60 jogos. Na caminhada da Suécia até ao terceiro lugar do Mundial de 1994, marcou 4 golos e fez uma assistência, ao lado de Henrik Larsson, Kennet Andersson e muitos mais. No 2-2 inicial, fez o golo que impediu a derrota sueca. No segundo jogo, bisou no 3-1 à Rússia. Nos oitavos, marcou um golo e ofereceu outro a Kennet, no 1-3 à Arábia Saudita. Antes, estivera nos JO de Seul, fazendo 4 jogos, sem marcar e no Euro 1992, jogado na Suécia, estando em campo também 4 vezes, sem golos. Em agosto de 1997, fez, ao cair do pano o seu último golo pela Suécia, num 1-0 à Lituânia. Em outubro do mesmo ano, jogou 80 minutos no 1-0 à Estónia e despediu-se da seleção.