Craques da bola, 32
Aos 53 anos, Gianfranco Zola está parado. Não faz parte de nenhuma equipa técnica, depois de experiências no Chelsea, Birmingham, Al Arabi, Cagliari, Watford ou West Ham. Deixou de jogar em 2005, aos 38 anos, marcando ainda 10 golos pelo Cagliari.
Segunda avançado, de estatura baixa (à la João Viera Pinto), Zola triunfou no seu pais e tornou-se numa figura mítica do Chelsea. Mas vamos por partes. De 1984 a 1989 andou pelo Nuorese e Torres Calcio. Só em 1989, aos 23 anos, chegou ao Nápoles e ao futebol de primeira. A estreia não lhe correu nada mal. Assistiu ao campeonato ganho pelo Nápoles, jogando ao lado de Maradona, Careca ou Ferrara. Venceu a Supertaça da época seguinte. Com 36 golos em 135 jogos, deixou Nápoles com sentimento de dever cumprido, mas com vontade de somar mais golos.
Seguiu-se o Parma. Mais experiente, jogou mais e marcou mais. Logo no primeiro ano, marcou 19 golos e no segundo, passou para os 27. Ficaria até janeiro de 1997 e venceria uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia. Estava bem acompanhado. Só para listar alguns, conviveu no Ennio Tardini com Asprilla, Brolin, Branca, Stoichkov, Crippa, Dino Baggio, Benarrivo, Sensini, Fernando Couto ou Buffon.
Numa altura em que a Premier League “descobriu” o Calcio (Ravanelli no Boro, Lombardo no Crystal Palace ou Eranio no Derby County), Zola foi um dos emigrantes mais bem-sucedidos. Foram 80 golos em 312 jogos pelos blues, pré Mourinho e a conquista de uma Taças das Taças, uma Supertaça Europeia, duas FA Cup, uma Taça da Liga e uma Supertaça. Em Stanford Bridge, em seis anos, conviveu também com jogadores de grande qualidade, sendo certo que era ele a estrela. Petrescu, Desailly, Le Saux, Wise, Poyet ou Flo acompanharam-no em muitos dos sucessos. Infelizmente, a conquista da Premier League, escapou-lhe.
Com 37 anos, regressou a Itália para duas épocas na Sardenha. Ao lado de Suazo, ajudou a equipa a subir de divisão e antes de fazer 39 anos, retirou-se. Pelo seu país, fez apenas 35 jogos e marcou 10 golos. Nomes como Del Piero ou Totti podem ajudar a explicar o número reduzido de internacionalizações. Ainda assim, marcou presença no Mundial de 1994 e no Euro de 1996, sempre sem marcar.