Craques da bola, 7
Enzo Francescoli, hoje com 57 anos, é um dos melhores jogadores uruguaios de sempre. Marcou o futebol dos anos 80 e 90, levando a que génio Zidane desse ao seu primogénito, o nome de Enzo.
Em 1980, o jovem medio ofensivo Francescoli, estreou-se pelo Montevideo Wanderers. Faz 74 jogos e marca 20 golos antes de se mudar para o River Plate, colosso argentino. Em Buenos Aires encontra Fillol, Goycochea, Gordillo, Tarantini ou Trossero. Em três anos, 112 jogos e 68 golos. Foi tentado pelo futebol colombiano, cheio de dinheiro na altura, mas manteve-se no River até 1986. Mas nesta primeira passagem, só ganhou um campeonato argentino.
Aterrou em Paris no verão de 1986, já com 25 anos. Recebeu-o o Racing Paris para três épocas (89 jogos e 32 golos). Encontrou o português, Jorge Plácido e os craques Luis Fernandez, David Ginola ou Pierre Littbarski. Sem nada ganhar, deixou-se seduzir pelo Marselha e na única época em que jogou no sul de França, foi campeão. Marcou 11 golos em 28 jogos e jogou lado a lado com Papin, Waddle, Deschamps, Tigana, Amoros, Mozer ou Di Meco.
O realizar do sonho de jogar em Itália aconteceu em 1990, depois do Mundial, jogado justamente naquele país. Juntamente com o compatriota Fonseca chegou ao modesto Cagliari. Lá se manteve três anos, jogando nos dois primeiros para não descer. Ao terceiro, guiou o clube da Sardenha ao sexto posto. Em vez de se mudar para Juventus, Milan, Inter ou Roma, foi o Torino a chegar-se à frente. O mago uruguaio nunca terá encontrado na Europa, um clube à sua dimensão. Depois de 34 jogos em Turim, Enzo regressou ao River, para os seus melhores anos.
Entre 1994 e 1998, Francescoli venceu quatro “meios” campeonatos da Argentina (há um campeão da primeira e da segunda volta), uma Libertadores da América e uma Supertaça Sulamericana. Nesse período, marcou 47 golos em 84 partidas. Assistiu ainda ao “nascimento” de craques como Crespo, Ortega, Gallardo, Ayala, Solari, Sorín, Placente, Salas, Cruz, Aimar ou Angel.
Na seleção uruguaia, é rei e senhor. Venceu três Copas América. A primeira, em 1983, com um golo seu na segunda mão da final, contra o Brasil. A segunda, em 1987, acabando por ser expulso na final, contra o Chile e a terceira, em 1995, numa final, novamente, contra o Brasil. Com o equipamento celeste, fez 73 jogos e marcou 17 golos.