Craques da bola, 35
Hoje treinador do Bordéus, Paulo Sousa, de 49 anos, foi um dos melhores médios defensivos do futebol europeu dos anos 90, conquistado a Liga dos Campeões em dois anos consecutivos, por equipas diferentes.
Sousa, produto das escolas do Benfica, destacou-se como titular da equipa principal, fazendo mais de 100 jogos e ajudando o clube a vencer um campeonato e uma taça. Num “golpe” de Sousa Cintra, mudar-se-ia para o Sporting no chamado “verão quente de 1993” para jogar com Amaral, Porfírio, Figo ou Peixe. Seria titular, mas o Sporting só chegaria à final da Taça e ficaria em terceiro no campeonato. Curiosamente, marcou 2 golos nessa época, a sua melhor marca na carreira. Com 24 anos, foi vendido à Juventus.
No gigante italiano, encantou a Europa. Afirmou-se como titular e com Deschamps, fez um meio campo de aço. No primeiro ano, seria campeão, venceria a taça e ainda iria à final da Taça UEFA, perdendo para o Parma de Fernando Couto, em duas mãos. No segundo, ano, venceu a supertaça e sobretudo, a Liga dos Campeões. Na final, 4-2 nas grandes penalidades, contra o Ajax, para desempatar o 1-1. A equipa maravilha do Ajax, campeã em título, não conseguiu repetir a façanha.
Depois de dois anos aceitou mudar-se para o Dortmund e teve sucesso imediato. Titular e vencedora de nova Liga dos Campeões, contra a…Juventus. Venceria ainda uma supertaça e uma Taça Intercontinental. Assombrado por lesões, ainda jogaria por Inter, Parma, Panathinaikos e Espanhol, mas sem voltar a brilhar.
Por Portugal, fez 51 jogos, mas foi nas camadas jovens que foi mais feliz. Em 1989, na Arábia Saudita, tornou-se campeão do mundo de sub-20. Carlos Queiroz era o selecionador e Sousa, era suplente. Mas o título é também dele.