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Visão do Peão

Visão do Peão

Craques da bola, 27

Novembro 14, 2019

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Hoje com 48 anos e trabalho como selecionador da Tanzânia, Emanuel Amunike deixou saudades aos adeptos do Sporting, que trocou pelo Barcelona. O nigeriano começou a sua carreira no seu país, jogando por Concord FC e Julius Berger.

Em 1991, o extremo aproximou-se da Europa, mudando-se para os egípcios do Zamalek, onde ganhou dois campeonatos. Pela mão de Sousa Cintra, chegou à Europa e ao Sporting, após ter estado no Mundial 1994. Treinado por Carlos Queiroz, juntou-se a um plantel de luxo que contava com Figo, Balakov, Iordanov, Peixe, Oceano ou Naybet. Nada que o impedisse de se assumir como titular nos dois anos e meio seguintes e de vencer uma Taça (bis de Iordanov no Jamor, ao Marítimo) e uma Supertaça (0-3 ao Porto, em Paris com o nigeriano a ser expulso quase no fim).

Aos 26 anos, em janeiro de 1997, chegou ao Camp Nou, a pedido de Bobby Robson. Foi a tempo de vencer a Taça das Taças e a Taça do Rei nesse ano mágico da explosão de Ronaldo. Stoichov, Giovanni, Prosinecki ou Popescu também andavam por lá, sem falar nos catalães Busquests (pai), Ferrer, Sergi, Guardiola, Celades ou De la Peña ou dos portugueses Baía, Couto e Figo. O sucesso no Barça esfumou-se por entre várias lesões. Ainda passa por Albacete e pelas ligas coreana e jordana, mas não volta a ser o mesmo. Teria tido condições para ser um jogador consistente até ao fim e provavelmente teria passado pela Premier League.

Mas a sua carreira é feita de alegrias. Sobretudo, pela seleção. Vai à CAN 1994, na Tunísia e apesar de fazer apenas um jogo, é o herói maior. Joga apenas a final e marca os dois golos que dão o título à Nigéria, derrotando a Zâmbia. Nessa partida alinham outros com ligações a Portugal: Rufai, Siasia e Yekini, melhor marcador da prova. No mesmo ano, vai ao Mundial dos EUA e joga e marca mais: 4 jogos e 2 golos, ao lado de boa companhia como Yekini, Amokachi, Okocha ou Finidi. A Nigéria cai nos oitavos, mas deixa boa imagem. Melhor, deixaria em Atlanta, em 1996, com Kanu como grande estrela. Contra todas as expetativas, torna-se campeã olímpica. Aos 90 minutos, Amunike marca o golo da vitória e dá o ouro ao seu país. Para trás já tinha ficado o Brasil e no final, ficou a Argentina de Crespo e Ortega. Estaria ainda na CAN 2000, depois de falhar o Mundial de 1998. Ao todo, 40 jogos e 8 golos.

Penduradas as botas, tem continuado ligado ao futebol. Foi olheiro do Manchester United; esteve nas seleções jovens nigerianas onde, como treinador foi campeão do Mundo de sub-17, em 2015 e treina atualmente a boa seleção da Tanzânia.

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