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Visão do Peão

Visão do Peão

Sab | 02.11.19

Craques da bola, 24

Francisco Chaveiro Reis

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Karel Poborsky, antigo extremo checo, hoje com 47 anos, ficou conhecido por eliminar Portugal nos quartos do Euro 1996. Depois, jogaria pelo Benfica, numa altura em que muitos dos seus companheiros não acompanhavam o seu talento.

As primeiras cinco épocas como sénior foram passadas no seu país natal. Ceské Budéjovice (82 jogos e 15 golos), Viktoria Žižkov (27 jogos e 10 golos) e Slavia Praga (39 jogos e 13 golos). A boa época em Praga e sobretudo a participação no Euro 96 fez com que o Manchester United avançasse por si.

Aos 25 anos, o extremo chegou a Inglaterra. Com Cantona, Giggs, Beckham ou Jordi no plantel, o checo ainda fez 48 jogos em época e meia, marcando por 7 vezes. Números bastante decentes para um suplente, ainda que de luxo. Seguir-se-ia Lisboa.

Em janeiro de 1998, Karel aterrou no “velho” Estádio da Luz para três épocas de grande qualidade. Nada venceria, mas deixaria boa imagem, sobretudo atendendo à companhia: Minto, Harkness, Thomas, Luís Carlos ou Chano mesmo que tenha convivido com nomes bem mais consensuais como João Pinto, Sabry ou Van Hooijdonk. Em janeiro de 2001 mudou-se para Roma onde fez ano de meio na Lázio.

Assumiu-se como titular e conviveu com Crespo, Lopez, Ravanelli, Salas, Lombardo, Nedved ou Simeone. Venceu uma supertaça e regressou a Praga em 2002. Não voltou ao Slavia, antes juntou-se ao Sparta, seu grande rival e clube de maior nomeada do país. Por lá venceu dois campeonatos e duas taças. Faria ainda ano e meio pelo Ceské Budéjovice, antes de se retirar, aos 35 anos.

Pela República Checa, 8 golos em 118 jogos. O brilharete maior foi o segundo lugar no Euro 96 ao lado de Berger, Nedved, Kuka, Nemec, Smicer ou Kouba.  Jogou ainda os Euros 2000 e 2004 e o Mundial 2006.