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Visão do Peão

Visão do Peão

Qua | 30.10.19

Craques da bola, 22

Francisco Chaveiro Reis

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Jurgen Klinsmann é um dos melhores avançados da história do futebol alemão. Aos 55 anos, está sem treinar há três, após quase 100 jogos no banco dos EUA e sem jogar há 21 anos. Klinsmann, nascido em Göppingen começou a dar nas vistas em Estugarda.

Primeiro, pelos Kickers, onde jogou entre 1981 e 1984, marcando 22 golos em 61 jogos. Depois, no bem mais conhecido VfB Stuttgart. Ali, passou cinco épocas marcando 88 golos em 173 partidas. Conviveu com jogadores de nomeada como Guido Buchwald mas não chegou a conquistar nenhum título. O capítulo seguinte seria o Calcio.

Na força da Série A, Klinsmann aterrou em Milão para jogar de azul e preto. Aos 25 anos, com Serena e Morello como concorrentes, marcou 15 golos em 37 jogos e venceu a Supertaça de Itália. Em 1990-1991, venceria a Taça UEFA (deixou o Sporting nas meias). Campeão do Mundo em 1990, em Itália, Klinsmann contava com os compatriotas Brehme e Matthaus e com os históricos Zenga e Bergomi, como colegas. Após apenas 8 golos marcados na última época, deixaria Itália.

O destino seria o Mónaco, treinado por Arsene Wenger. Marcaria 20 golos na estreia e mais 14 na despedida. Nada venceu, mas ajudou o Mónaco a completar o pódio, na época de estreia em França. A companhia de então, era do melhor: Rui Barros, Djorkaeff, Thuram ou Puel. Em 1994-1995, jogou a pujante Premier League e deixou marca desde logo. Pelos Tottenham Hopsurs marcou 29 golos (aos 29 anos) em 50 jogos, alcançando a sua melhor marca até então. Os Spurs não passaram do sétimo posto, mas o alemão marcou golos fabulosos, ao lado de Teddy Sheringham. Não chegou ao segundo ano.

O “Bombardeiro Dourado” chegaria a Munique no verão de 1995 para se juntar ao Bayern, gigante europeu e maior desafio da sua carreira. Superado. Em dois anos, venceu uma Taça UEFA (atropelou o Benfica) e um campeonato. Reencontrou Matthaus e encontrou craques como Kahn, Helmer, Ziege, Papin ou Kostadinov. Em 1995-1996, aos 31 anos, marcou 31 golos e fez a sua melhor época de sempre. Com uma má relação com Matthaus, deixaria o Bayern e regressaria a Itália, para meia época na Sampdória. Marcou apenas 2 vezes em 10 jogos, mesmo tendo a ajuda de Signori, Montella, Verón ou Karembeu. Regressou ao Tottenham para, aos 34 anos, marcar 9 golos em 18 jogos e ajudar os Spurs a não descerem de divisão. Retirar-se-ia após jogar o Mundial 1998. Teria um regresso fugaz em 2003, para 8 jogos e 3 golos pelos desconhecidos americanos dos OC Blue Star.

Pela Alemanha marcou 47 golos em 108 jogos. Jogaria os Euros 1988, 1992 e 1996 e os Mundiais 1990, 1994 e 1998. Jogaria também os Jogos Olímpicos de 1988. Marcaria sempre e só em Seul e na Dinamarca, é que se ficou apenas por um golo. Os dias mais felizes seriam em 1990, quando se tornou campeão do mundo e em 1996, quando foi campeão europeu. Venceu ainda a Medalha de Bronze, em 1988. Em 1993, venceu a já extinta U.S. Cup.

No banco, chegou ao terceiro lugar do Mundial 2006, em casa e ao terceiro lugar da Taça das Confederações, um ano antes. Pelos EUA, venceu uma Gold Cup, em 2013.