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Visão do Peão

Visão do Peão

Qua | 20.09.23

Artur

Francisco Chaveiro Reis

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Artur Duarte de Oliveira, nascido há 53 anos no Brasil, passou por cá seis anos, brilhando por Boavista e FCP. Começou a carreira no final dos anos 80, passando por Rio Branco AC, Independência AC e Remo. Em 1992, chegou ao Boavista, onde passou quatro épocas. Teve impacto imediato, marcando 14 golos na primeira época na Europa, ajudando o Boavista a vencer a Supertaça. Depois de um 2-2 nas Antas, um 2-1 no Bessa, com Artur a fazer o golo da vitória. Bambo, Ricky, Marlon Brandão ou Nélson Bertollazzi eram a sua concorrência. Nessa época, o Boavista foi também ao Jamor, com Artur no onze, perdendo a final da Taça para o Benfica. No ano seguinte, mais 10 golos e a chegada aos quartos da Taça UEFA. O Boavista só foi eliminado pelo Karlsruher, depois de ter riscado da prova, OFI Creta e Lázio (de Signori ou Winter).

No terceiro ano, 18 golos, já com Nuno Gomes à espreita. Em termos coletivos, não foi grande época. Já Artur, com 16 golos no campeonato, quase foi Bota de Bronze, perdendo para o tirsense Marcelo, com 17. No ano seguinte mais 14 golos, no último ano de xadrez. Deixou o Bessa com a admiração dos fãs e quase 60 golos marcados. Em 1996 foi para as Antas, lutar para se meter no trio composto por Conceição, Drulovic e Jardel. Não foi fácil, mas marcou 10 vezes, ajudando a vencer campeonato e Supertaça. Na Supertaça, assistiu Domingos para o 1-0 final. Na segunda mão 0-5 na Luz, com Artur a inaugurar o marcador e a assistir Edmilson para o 0-2. Jorge Costa, Wetl e Drulovic marcaram os outros. No entanto, o seu jogo mais marcante terá sido em San Siro, na fase de grupos da Liga dos Campeões. Com naturalidade, o grande Milan começou a vencer, graças a Marco Simone, que já marcara ao Benfica cerca de um ano antes. Aos 52 minutos, Artur empatou e o Milan tremeu. Weah (na confusão com Costa) voltou a adiantar o Milan, mas Jardel bisou e deu a vitória. Na época seguinte, aos 28 anos, Artur marcou mais 10 vezes e ganhou mais dois trofeus: liga e Taça (3-1 ao Braga com Artur a despedir-se dos golos em Portugal com um golo no Jamor, aos 90 minutos). Ainda fez 10 jogos na época seguinte, mas já não marcou. Terminou a carreira no Brasil, após defender Vitória, Botafogo, Figueirense e Remo.