A queda do Arsenal
O desastre anunciava-se e ontem aconteceu. O Arsenal perdeu mesmo o título inglês para o Manchester City e ontem até antecipou a festa dos rivais ao ser derrotado na casa do Nottingham Forest, que assim, praticamente, garantiu a permanência na Premier League. Líder até há poucas semanas, o Arsenal, que em janeiro até se reforçou com Jorginho, experiente médio com muitos títulos na carreira, não aguentou a pressão e cedeu perante um City demolidor. Foi-se a melhor oportunidade dos Gunners vencerem o campeonato desde há muitos anos.
Mikel Arteta não conseguiu superar o seu mestre, Pep, mas continua a lançar as fundações para uma grande equipa que, possivelmente, até vai dominar o futebol inglês no pós-Guardiola. Para já, o melhor resultado possível será ficar a 2 pontos do City. A época começou com 5 vitórias consecutivas, interrompidas por uma derrota na casa do Manchester United. Seguiram-se mais 4 triunfos, incluindo as vitórias contra Tottenham e Liverpool. Depois de um empate em Southampton, mais 5 vitórias consecutivas e um nulo em Newcastle. Já em 2023, vitórias contra United e Tottenham.
O fim de janeiro trouxe uma derrota em casa, por 1-3, com o City. O Arsenal pareceu não abanar e somou 7 triunfos consecutivos na Premier League, mesmo tendo sido eliminado pelo Sporting pelo meio. Depois, algo se quebrou. Foram 4 jogos negros, algo que o City soube aproveitar. Primeiro, três empates: 2-2 contra Liverpool e West Ham e 3-3 com o Southampton. Em Liverpool esteve a vencer por 0-2 e sofreu o 2-2 final quase aos 90´; na casa do West Ham, aos 10´ já vencia por 0-2, mas acabou por ceder o empate. Em casa, contra o Southampton, o Arsenal foi surpreendido e só aos 90´, empatou. Depois, o desastre maior, 4-1 em casa do City. O Arsenal ainda conseguiu vencer Chelsea e Newcastle, mas teria uma fase final terrível com derrotas ontem e na semana passada, em casa, com o Brighton, por claros 0-3.
A falta de mentalidade vencedora terá sido decisiva, sobretudo tendo como rival uma equipa que raramente falha, como o City. A lesão de Gabrel Jesus e a falta de um goleador também terá sido decisiva, mas o caso será com certeza mais complexo. As bases estão lá e o Arsenal estará na luta mesmo que não se creia que, como este ano, Chelsea e Liverpool fiquem à margem da luta.