Os 40 não pesam em Cristiano Ronaldo. No primeiro jogo após celebrar a data redonda, marcou um golo no 3-0 ao Al Feiha, de Pedro Emanuel. E vão 924 golos! 

É certo que o Sporting sairá do Dragão e da jornada, isolado no primeiro lugar do campeonato. Mas o objetivo para logo é claro: vencer o FCP, no Porto, pela primeira vez em nove anos. A favor do Sporting está o seu estatuto de campeão e de líder e sobretudo o regresso provável do mais decisivo jogador do campeonato, Gyokeres. A motivação de deixar o rival a 12 pontos e de voltar a vencer é a outra grande arma do Sporting.

Do lado do FCP, joga a favor o factor surpresa. Se Anselmi não conhece bem o nosso campeoanto, também Rui Borges não conhece ainda Anselmi. Mas, creio que o mais perigoso será a atitude dos jogadores da casa, catapultada pelo ambiente fervoroso do Dragão. A equipa está a léguas das melhores equipas do FCP, mas a garra pode ter uma palavra a dizer.

Daqui a nada, a bola começa a rolar.

"Expulso" da liga saudita por Jorge Jesus, a quem já respondeu, Neymar escolheu com o coração e vai terminar a carreira no Santos, que o viu nascer. Com a camisola número 10, o herdeiro de Pelé, volta ao Brasil para ser feliz e é provável que o seja, mas fica a clara sensação de que podia ter sido muito maior. 

Aterrou em Madrid aos 18 anos e foi logo indicado como sucessor de Roberto Carlos, provavelmente o melhor lateral-esquerdo da história do jogo (seguido de perto por Marcelo). Cumpriu brilhantemente a tarefa. Pelo Real Madrid, de 2007 a 2022, fez 546 jogos e 38 golos, ajudando o clube a vencer seis campeoantos espanhois, 2 Taças do Rei, 5 supertaças espanholas, 5 Ligas dos Campeões, 3 Supertaças europeias e 4 Mundiais de Clubes. 

Marcelo Vieira da Silva Júnior, hoje com 36 anos, nasceu no Rio de Janeiro e fez formação no Fluminense, pelo qual ainda fez 40 jogos (6 golos) e conquistou 5 títulos, incluíndo uma Libertadores. Em janeiro de 2007, aterrou em Madrid para se juntar a Roberto Carlos, Cicinho, Emerson, Robinho e Ronaldo. Logo no ano seguinte assumiu-se como titular e assim se manteve por longos anos. Passou pelo Olympiacos e regressou ao Flu, antes de se retirar. Pelo Brasil, 58 jogos e 6 golos, estando em 2 Mundiais. Venceu uma Taça das Confederações.