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Visão do Peão

Visão do Peão

Mais um clube para Félix

Não é promessa, nem certeza

05.02.25

A caminho dos 26 anos, João Félix está longe de ser uma promessa e parece cada vez mais longe de ser um fabuloso jogador. O que é pena, porque talento sempre pareceu ter. Apareceu adolescente no Benfica, sendo campeão e marcando 20 golos na sua única época pela equipa A do clube. Endeusado, saiu para o Atlético de Madrid por mais de 120 milhões de euros. No esquema rígido de Simeone nunca foi a estrela que se esperava. Queriam dele o milagre de carregar às costas o Atléti. Não carregou. Mesmo sem convencer totalmente, jogou muito e em três anos, 29 golos e 13 assistências. Campeão uma vez apenas, acabou emprestado ao Chelsea, por meia época. Expulso na estreia, não se impôs. No ano seguinte, manifestou ostensivamente o seu amor ao Barça, um dos grandes rivais da equipa que por ele fez um investimento gigantesco e acabou emprestado, usando a mítica camisola 14. Começou bem e foi perdendo gás, até ser devolvido. Cada vez mais mal amado em Madrid, salvou-o o Chelsea. Seis meses depois, é emprestado ao Milan. Com Conceição, não terá abébias. João vai gastando "vidas" e colecionando falhanços. Tem tempo para ainda se mostrar ao mais alto nível mas custa a crer que seja mais do que uma boa desculpa para alguém ir recebendo prémios pelos empréstimos, impingindo-o a meia Europa. 

Inglaterra

As principais contratações de janeiro

05.02.25

Mesmo com a saída anunciada de Salah, o Liverpool não mexeu, tal como o Arsenal que não avançou por nenhum substitutudo para Gabriel Jesus. De facto, quem mais gastou foi o City, quinto classificado, apostando sobretudo em jovens. Marmoush (Frankfurt), Nico (FCP), Khuzanov (Lecce), Reis (Palmeiras) e Bah (Valhadolid) somaram mais de 218 milhões.

O Aston Villa, ainda na Champions, fez, provavelmente, as melhores operações do país. Malen (Dortmund), Asensio (PSG), Rashford (Manchester United), Andrès (Levante) e Disasi (Chelsea) são reforços a ter em conta. Muito necessidade de opções, o United apenas conseguiu Dorgu, ala esquerdo. Além de todas fragilidades, o clube ainda perdeu Lisandro Martinez, por lesão. Nota ainda para o Tottenham, que garantiu Tel, o promissor avançado francês do Bayern, que terá recusado o United.

Dahlin

Heróis esquecidos

05.02.25

Foi um dos heróis suecos no mítico Mundial de 1994. Foi goleador na Bundesliga. É Martin Dahlin. 

Filho de pai venezuelano e de mãe sueca, nasceu na Suécia e começou a dar nas vistas no Malmo, no final dos anos 80. Em 1988, aos 20 anos, foi o melhor marcador do clube, com 18 golos e o jogador mais utilizado, com 25 jogos. Era colega de Ljung, Thern e Schwarz e venceu a Taça Intertoto e o campeonato sueco. Era treinador pelo inglês Roy Hodgson. Foi bicampeão da suécia e da Intertoto, mas desceu para os 4 golos. Em 1990, mais 7 golos e em 1991, marcou mais 11 golos e conquistou uma terceira Intertoto.

Em 1991, mudou-se para o Borussia Mochengladbach. Começou mal. Teve três treinadores durante a época e marcou apenas 2 golos. O ponto alto seria a chegada à final da Taça. Na época seguinte, a equipa ficou de novo a meio da tabela, mas o sueco subiu para os 11 golos, sendo o melhor marcador da equipa. Ao terceiro ano, marcou 14 vezes antes do Mundial e o Borussia esteve ainda pior.

Em 1994-1995, marcou 13 golos, ao lado de Heiko Herrlich e do compatriota Patrik Andersson, foi quinto na Bundesliga e finalmente venceu um título: a Taça. Na final, 3-0 ao Wolfsburgo, com Dahlin a abrir o marcador. Effenberg, outra das estrelas da companhia, também marcou. Ao quinto ano, subiu para os 18 golos, na sua melhor época de sempre. O Borussia ficou em quarto na liga; perdeu a supertaça para o Borussia Dortmund de Moller ou Sammer e chegou aos quartos da Taça UEFA, caindo aos pés do Feyenoord do também sueco Henrik Larsson. 

As boas prestações levaram a que se mudasse para a AS Roma, na altura, um campeoanto ainda na mó de cima. Não lhe correu bem. Com a concorrência de Balbo, Fonseca, Totti ou Delvecchio, só esteve em campo 4 vezes e não marcou. Dahlin sofreu com a concorrência, sendo que a sua primeira escolha tinha sido a Juventus, com quem assinou um pré-contratado. Também terá recusado o Bayern de Munique. Em janeiro já estava de regresso ao seu Borussia, a tempo de marcar mais 10 golos. 

Aos 30 anos, chegou à Premier League, assinando pelos Blackburn Rovers, campeões, dois anos antes. A usar a camisola 10, ficou-se pelos 6 golos em 24 jogos longe dos 20 de Gallacher e dos 21 de Sutton. 1998-1999 seria a sua última época. Fez 6 jogos, sem golos, nos Rovers e mudou-se para a sua Bundesliga, onde também não marcou pelo Hamburgo. Retirou-se aos 31 anos, vítima de lesões. 

Pela Suécia, 29 golos em 60 jogos. Na caminhada da Suécia até ao terceiro lugar do Mundial de 1994, marcou 4 golos e fez uma assistência, ao lado de Henrik Larsson, Kennet Andersson e muitos mais. No 2-2 inicial, fez o golo que impediu a derrota sueca. No segundo jogo, bisou no 3-1 à Rússia. Nos oitavos, marcou um golo e ofereceu outro a Kennet, no 1-3 à Arábia Saudita. Antes, estivera nos JO de Seul, fazendo 4 jogos, sem marcar e no Euro 1992, jogado na Suécia, estando em campo também 4 vezes, sem golos. Em agosto de 1997, fez, ao cair do pano o seu último golo pela Suécia, num 1-0 à Lituânia. Em outubro do mesmo ano, jogou 80 minutos no 1-0 à Estónia e despediu-se da seleção.

CR40

O Rei faz anos

05.02.25

Numa entrevista muito recente, Cristiano Ronaldo afirmou acreditar ser o melhor jogador de sempre, alavancado pelos seus fantásticos números e recordes batidos. Diria que a questão vai além dos números e que a discussão está e estará sempre em aberto. Mas, é certo que Ronaldo é o melhor português de sempre, provavelmente o melhor europeu de sempre e, claro, está num lote pequeníssimo dos melhores de sempre.

Cristiano Ronaldo faz hoje 40 anos e numa idade, em que muitos futebolistas já se reformaram, o capitão da seleção portuguesa continua a ultrapassar a barreira dos 900 golos marcados e lidera uma debandada para o futebol saudita. A brilhante carreira é mais do que conhecida.

Deixo apenas aqui o registo de alguns recordes batidos: jogador com mais golos por clubes na história; jogador do Manchester United com mais prémios individuais; melhor marcador da história do Real Madrid; melhor marcador do Real Madrid na liga espanhola e na Liga dos Campeões; maior número de golos marcados em uma temporada em todas as competições pelo Real Madrid; melhor marcador da Juventus numa só época; melhor marcador e assistente de sempre na Liga dos Campeões e melhor marcador e assistente de sempre em Euros.

Deixo ainda, os títulos conquistados: 1 Euro, 1 Liga das Nações, 5 Ligas dos Campeões, 2 Supertaças da Europa, 4 Mundiais de Clubes, 1 Supertaça de Portugal, 3 ligas inglesas, 2 taças da liga de Inglaterra, 1 taça inglesa, 1 supertaça inglesa, 2 ligas espanholas, 2 taças espanholas, 2 supertaças de Espanha, 2 ligas italianas, 1 taça de Itália, 2 supertaças italianas e 1 Taça dos Campeões Árabes.