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Visão do Peão

Visão do Peão

Obrigado, Hugo Viana

Sai mais cedo para o City

04.02.25

Hugo Viana já não é diretor desportivo do Sporting. Mais semana, menos semana irá juntar-se ao Manchester City que vê nele o homem certo para render Txiki Begiristain. Arrisco-me a dizer que o City trata melhor Hugo Viana, do que a maioria dos sportinguistas. No adeus, continua a haver desconfiança sobre as suas qualidades, mesmo que tenha sido escolhido para um clube de topo da melhor liga do mundo.

Sem saber o que se passou nos bastidores nem as eventuais limitações financeiras, acompanho as críticas ao mercado de janeiro, que só trouxe Biel, desconhecido e que não entusiasma, mas que não conheço e espero ser positivamente surpreendido. Ficou a faltar, pelo menos, o tal lateral direito, sendo que Alberto e Andrès acabaram por fugir. Ainda assim, não acredito que a falta de movimento se deva a alguma falta de compromisso de Viana. Também acredito que, estando de saída, não tenha insistido em reforços nos quais o seu sucessor possa não acreditar.

Mas o balanço da estadia de Viana em Alvalade é muito positivo. Esteve diretamente ligado à conquista de 2 campeonatos (o número, espera-se, vai subir em maio), 3 Taças da Liga, 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça. Criticado quando o Sporting não esteve bem, foi ignorado nos dias de glória, muitos dele com o amigo Ruben Amorim. Se Frederico Varandas deu o OK para se gastar mais de 10 milhões, Hugo Viana fez força para que Amorim viesse para Lisboa e, sobretudo apoio-o em todo o seu percurso. Provavelmente, só ficou esta época para acompanhar o amigo até fim da caminhada conjunta.

Hugo Viana, com a ajuda do departamento de olheiros, identificou nomes como Gyokeres, Harder, Hjulmand ou Diomande. Todos dão cartas (no caso de Harder, é aposta de futuro) e todos devem deixar Alvalade, mais ano, menos ano, a trocos de muitos milhões. Viana contribuiu para um Sporting muito mais forte e com capacidade vencedora. Há, claro, um antes e depois de Amorim. Com as contas consolidadas e o bom futebol do Sporting de Ruben, Viana passou a ter mais dinheiro, para, desde logo, “oferecer” Paulinho a Amorim. Depois, já se sabe, vieram outros nomes com valores inalcançáveis para o Sporting de há uns anos, como os referidos nórdicos e Maxi, por exemplo.

Não se pode branquear a história. Foi também Viana que escolheu e trouxe homens como Borja, Doumbia, Fernando, Jesé ou Bolasie. Terá aprendido com os seus erros e melhorado o scouting, além de ter a vida um pouco mais fácil à medida que o orçamento aumentou.

Discreto, Viana raramente falou em público ou sequer apareceu nas redes sociais e por altura das festas para as quais tanto contribuiu. Mas, está longe de ser alguém sem “sangue na guelra”. Viana mostrou, muitas vezes, longe da melhor forma, que levava a sério a defesa dos interesses do Sporting, envolvendo-se em vários bate-boca e até em confusões quase físicas.

Hugo Viana deu muito ao Sporting. Merece um enorme obrigado e reconhecimento de que foi central no sucesso dos últimos anos.

Itália

As principais contratações de janeiro

04.02.25

O líder Nápoles perdeu a sua estrela, Kvaratskhelia, mas terá deixado investimentos maiores para o verão. Okafor (Milan), Hasa (Lecce) e Billing (Bournemouth) são contratações pouco entusiasmantes, sobretudo quando se falou no promissor Garnacho.  

A Atalanta já com um belo plantel, conseguiu melhorar um pouco mais. Maldini, extremo das escolas do Milan, estava a fazer boa época no Monza e junta-se à equipa de Bérgamo, tal como Posch, lateral austríaco, ex-Bolonha. 

O Milan passou a ter um verdadeiro goleador, Santiago Gimenez (Feyenoord), mais um extremo, Sottil (Fiorentino), um médio defensivo, Bondo (Monza) e o experiente Walker (Manchester City). João Félix junta-se a Conceição, dando continuidade ao seu tour europeu.

A Juventus reforçou-se bastante, desde o início do mês, passando a contar com mais dois portugueses, Veiga (Chelsea) e Alberto (Vitória), além de Kelly (Newcastle) e Kolo Muani (PSG) que já marca. 

A Fiorentina passa a contar com o sempre promissor Zaniolo (Galatasary), além de Fagioli (Juventus) e Pablo Marí (Monza).

O Como de Cesc Fabregas também mexeu, tendo contratado homens como Caqueret (Lyon), Alli (livre), Douvikas (Celta) ou Ikoné (Fiorentina). 

Fechou o mercado

Muito mexido

04.02.25

Foi mexido o mercado em Portugal. O campeão e líder só viu entrar um homem: Biel, extremo do Bahia, por 6 milhões. Desconhecido, não entusiasma os adeptos, pelo menos antes da sua chegada. Por chegar ficou o tal lateral-direito. Nem Fresneda se mudou para o Como ou Valência, nem Alberto ou Andrès foram negócios concretizados. O Sporting continua com um plantel curto, mas manteve as suas estrelas. Dário Essugo foi notícia, mas a ir para o Chelsea por mais de 20 milhões, será apenas no verão.

Já o Benfica, comprou muito. Em cima do gongo, chegaram Belloti, Bruma e Dahl. O avançado internacional italiano, em seca de golos na Roma, chega por empréstimo do Como, onde não esteve melhor. Em teoria, é um craque. Bruma é um suplente de luxo, que traz profundidade ao plantel, mesmo que seja provável que seja um suplente de luxo. Por fim, Dahl. Promissor sueco irá ficar na sombra de Carreras, podendo vir a ser boa alternativa. Antes, chegara Manu, do Vitória. Beste, num regresso à Alemanha, encabeça as saídas. Esperam-se mais saídas, como a de Arthur Cabral ou Rollheiser, para mercados como o brasileiro.

O FCP foi campeão de vendas, com a ida de Galeno para a Arábia Saudita e de Nico para o Manchester City. Wendell rumou ao São Paulo. Entrou o jovem brasileiro William Gomes, em jeito de moeda de troca com Wendell e ainda o jovem médio Tomás Pérez, dos NO Boys. Nico não foi substituído, apesar da notícia de que Handel seria contratado. Anselmi não terá gostado do perfil. A sensação é clara: o FCP ficou mais fraco, sem dois dos seus melhores e sem substitutos à altura.  

O Vitória encheu os cofres. Além do treinador Rui Borges, vendeu Alberto (Juventus), Manu (Benfica) ou Kaio César (Al Hilal). Pela porta do Castelo, passaram Vando Félix (Torreense) e Úmaro Embaló (Fortuna Sittard). No Braga, saídas surpresa de Matheus, histórico guarda-redes que se junta ao Ajax e de André Horta, que regressou ao Olympiacos. Zalazar pode ainda sair para o Zenit. Também os dois clubes minhotos parecem ter ficado mais fracos depois de janeiro.

 

Nota ainda para o belo mercado do Farense, em busca de se salvar na primeira divisão. Tozé Marreco recebeu Ribeiro (Vitória) para a defesa; Zé Carlos (Vitória) e Justo (Sporting) para o meio-campo e para a frente, Rony Lopes (Alanyaspor), Rui Costa (Tobol) e Yusupha Njie (Santos).