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Visão do Peão

Visão do Peão

Parabéns, Ruben

40 anos longe do bicampeonato

27.01.25

Ruben Amorim faz hoje 40 anos. Tem cerca de um ano a menos do que eu e já fez pelo meu clube (não era o seu quando chegou e continua a não ser tanto como os sportinguistas gostariam) do que a  maior parte das pessoas. É fácil argumentar que é o melhor treinador de sempre do Sporting.

Como jogador, já se sabe, teve carreira profissional longe do brilhantismo, mas de assinalar. Afinal, foi profissional e jogou por Belenenses, Benfica ou Braga, antes de rumar a uma reforma dourada nas Arábias. E ainda jogou 14 vezes por Portugal, sendo chamado aos Mundiais de 2010 e 2014.

Depois de um percurso no Casa Pia ou Braga B, teve ascensão meteórica. Esteve no banco do Braga por 13 jogos, com 10 vitórias e a sensação de que estava ali o novo Mourinho. Só isso explica que o Sporting, longe dos títulos e sem grande dinheiro para investir, tenha gasto mais de 10 milhões para o resgatar.

O resto, é história. Amorim deixou o Sporting com a conquista de dois campeonatos, duas Taças da Liga e uma Supertaça. 

Como eu temia, Amorim faz 40 anos fora do Sporting, sem que tenha ganho grande coisa com a mudança. O Sporting, em busca de um bicampeonato que lhe foge há décadas, tem mais 6 pontos do que os rivais, mas tem um plantel curto e nada está garantido. Sem a passagem desastrosa de João Pereira, o Sporting poderia ter o campeonato praticamente na mão. Rui Borges parece ter agarrado o balneário e está a colocar a equipa no caminho certo. Já Amorim, a 27 de janeiro não recebeu um reforço sequer e o gigante adormecido (ou em coma) ocupa um modesto 12.º posto da Premier League.

Parabéns, Ruben.

FDS ideal

Sporting ganhou, rivais perderam pontos

27.01.25

Entre jogos europeus, o fim-de-semana não poderia ter sido melhor para o Sporting, que agora lidera com mais 6 pontos do que Benfica e FCP, rivais na luta pelo título, a quem já venceu na primeira volta. No sábado, em Rio Maior, o Benfica até marcou primeiro, indiciando uma vitória na casa dos Gansos. Errado. Cassiano, Nuno Moreira e Livolant derrotaram o Benfica. Depois, entrou o Sporting em campo, gerindo o esforço mas conseguindo vencer o Nacional. Por fim, já ontem, empate do FCP, em casa, ante do Santa Clara. Marcou primeiro Gabriel Silva e empatou Otávio. A sequência de 5 jogos consecutivos sem vencer só foi possível porque Galena, provavelmente o melhor jogador do clube neste momento, falhou duas grandes penalidades. 

 

 

Pedidos

Até sexta-feira

27.01.25

Um lateral-direito jovem e promissor, com pendor ofensivo, como Amar Dedic, bósnio de 22 anos, nascido na Áustria e jogador do Red Bull Salzburg. 

Um extremo que possa jogar nos dois lados, render Trincão, Geny e Quenda e acautelar a saíde de um deles no verão, como Aral Simsir, turco nascido na Dinamarca e jogador do Midtjylland.

Mercado morno

Faltam opções

23.01.25

Lateral-direito - Fresneda não foi para o Como e está na sua melhor fase desde que é jogador do Sporting, mas não chega. Perdidos Alberto Costa e Andrés García ainda chegará alguém? Esgaio não serve e Quaresma é solução de recurso. Não enjeitaria o regresso de Cédric Soares, como solução experiente e segura. 

Médio centro - Vejo Bragança tal como Pote como homens para jogar nas costas de Gyokeres. Gostaria de ver Gustavo Sá no Sporting o quanto antes para lugar com Hjulmand, Simões e Morita por um lugar no centro.

Extremo - Edwards tem guia de marcha e é preciso quem renda Trincão, Geny e Quenda. Kaio César era boa opção. Gostaria de ver João Filipe (Jota) em Alvalade. É bom tecnicamente, rápido, tem golo e precisa de "renascer". 

Avançado - O Sporting resistiu no verão e parece que vai resistir em janeiro, mas Gyokeres será vendido mais tarde ou mais cedo e pensaria já em contratar o famoso Ioannidis, pensando nos desafios desta época e nos da próxima.

Grafite

Heróis esquecidos

23.01.25

Poucos homens merecem mais o título de herói esquecido. O mundo do futebol terá já esquecido um certo avançado brasileiro, que foi sendo goleador mas que só se destacou verdadeiramente numa época no Wolfsburgo. Falo de Grafite. Tal como outros casos, teve para não fazer carreira. Foi recusado por vários clubes e começou a jogar na terceira divisão. A sua primeira grande oportunidade foi no Santa Cruz, ao qual voltaria vezes na carreira. Marcou por lá 5 vezes e foi emprestado ao Grémio onde fez apenas 4 golos. Passou ainda pela Coreia do Sul, sem marcar.Regressou ao Brasil para começar, finalmente, a mostrar-se. No Goiás, marcou 12 vezes em 20 jogos, vencendo o campeonato goiano.

Chegou a um clube de maior dimensão, correspondendo. Em dois anos, 40 golos pelo São Paulo, jogando ao lado de Rogério Ceni, Júnior, Cicinho, Lugano, Fábio Simplício ou Luis Fabiano. Venceu o Paulistão, a Libertadores e o Mundial de Clubes (jogou 15 minutos no 1-0 ao Liverpool).

Entrou na Europa pela porta dos franceses do Le Mans. Na primeira época, 3 golos. Na segunda, "desabrochou" e fez 15 golos e antes de sair, ainda se cruzou com Gervinho e fez 2 golos. 

Seguiu-se o Wolfsburgo. Felix Magath tinha outras boas opções e viu no brasileiro uma opção barata para compor o plantel. Com a ajuda de Marcelinho Paraíba marcou 12 golos, sendo o melhor marcador da equipa, à frente de Dzeko (9 golos). Na segunda época, Dzeko subiu para 36 golos, mas Grafite encheu o olho de todos, marcando por 35 vezes. Ao lado de Dzeko, Misimovic, Barzagli ou Benaglio, levou o Wolfsburgo a vencer a Bundesliga pela única vez na sua história. Na época seguinte, mais 19 golos e na última na Alemanha, mais 10. Fez um golo mítico ao Bayern que só não venceu a primeira edição do Prémio Puskas porque nem clube nem jogador deram importância às comunicações da UEFA. 

Aos 33 anos passou a jogar no médio oriente, colecionando golos e títulos nos EAU e no Catar. Regressou ao Brasil, passando por Santa Cruz e Athletico Paranaeense. Em 2016, um ano antes de se retirar, marcou 24 vezes pelo Santa Cruz.

Pelo Brasil, jogou apenas 4 vezes, marcando 1 golo. Na estreia, jogou 38 minutos em São Paulo e marcou à Guatemala. 

Casiraghi

Heróis esquecidos

21.01.25

Pierluigi Casiraghi tinha tudo para ser um dos melhores jogadores italianos dos anos 90, não fossem as lesões. Natural de Monza, foi no clube local que passou os primeiros quatro anos da sua carreira, até 1989. Aos 17 anos, marcou uma vez em 14 jogos. Com Costacurta na equipa, subiu para os 8 golos. Marcou mais 22 golos, vencendo uma Coppa Italia Lega Pro.

Em 1989, juntou-se à Juventus para mais quatro anos. Tornou-se colega de Rui Barros e do malogrado Totò Schillaci. Marcou 11 vezes (metade dos golos marcados por Totò) e conquistou a Taça de Itália e a Taça UEFA (marcou na final, à Fiorentina. Com a ajuda de Roberto Baggio, que passou a ser o melhor marcador, Casiraghi marcou 14 vezes, voltando a ser o número dois da equipa, em termos de golos. Não venceu nada nesse ano. No terceiro ano, marcou por 8 vezes e no quarto e último, ficou-se pelos 5. Com Vialli, Ravanelli, Moller, Platt ou Conte, venceu mais uma Taça UEFA.

Na Lázio, passou cinco anos, o maior período que representou uma equipa, na sua carreira. Marcou 41 vezes. Conviveu com Signori, Boksic, Nedved, Fuser, Winter ou Di Matteo, e só na última época conquistou um título, a Taça Itália, num total de 3-2 contra o Milan, de Weah. 

O destino seguinte foi o Chelsea, onde tudo se desmoronou. A usar a camisola 10, ainda ajudou o clube a vencer a Supertaça Europeia. Marcou apenas um golo (ao Liverpool, em Anfield) e participou em 15 jogos. Lesionou-se gravemente e apesar de ter sido operado dez vezes, não regressou ao jogo.

Por Itália, marcou 13 golos em 44 partidas, tendo jogado o Mundial de 1994 e o Euro de 1996. Tapado por Baggio e Massaro, entrou 3 vezes no Mundial dos EUA, sem marcar. Dois anos depois, a Itália só fez três jogos, mas Casiraghi marcou por duas vezes, na estreia, na vitória por 2-1 à Rússia. Em novembro de 1997, marcou, contra a Rússia, o seu último golo internacional, num 1-0, em Nápoles. Em 22 de abril de 1998 jogou pela última vez pela seleção, num 3-1 ao Paraguai. 

 

 

O fim de Neymar

Não serve para a liga saudita

20.01.25

 

Neymar não foi inscrito na liga saudita, por, segundo Jorge Jesus, "não conseguir acompanhar o resto da equipa". Ou seja, a presença de Neymar no Al Hilal só poderá continuar como part-time, jogando nas provas internacionais. Com um contrato de milhões e milhões, que nunca justificou, a porta da saída parece ser o próximo capítulo da carreira descendente do brasileiro. Inter de Miami, Chicago Fire e Santos são os clubes apontados. Em Miami, além do clima de festa de que tanto gosta, teria à sua espera Messi, Suarez ou Busquets, antigos companheiros no Barcelona; em Chicago seria a estrela maior da equipa e no Santos regressaria às origens, ao clube onde se formou e poderia beneficiar de um ritmo mais baixo. 

Neymar, menino prodígio, resistiu uns anos, de forma inteligente, antes de deixar o Santos. Escolheu juntar-se ao Barcelona e fomou trio de sonho com Messi e Suarez. Ganhou tudo e ficando por lá, teria sido, provavelmente, pelo menos por uma vez, o melhor jogador do mundo. Resolveu mudar-se para o PSG onde ganhou todas as competições internas várias vezes mas onde não conseguiu liderar a equipa na conquista de uma Champions e onde parecia escolher os jogos em que lhe apetecia jogar.