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O Borussia de Dortmund, campeão europeu em 1997 e finalista em 2013 e 2024, é o adversário do Sporting no play-off de acesso aos oitavos-de-final da nova Liga dos Campeões. Estando longe de ser uma adversário fácil, parece ser mais interessante do que a Atalanta, vencedora da Liga Europa em título e equipa que sonha com a conquista da Série A. Com a sua principal equipa, ou seja, com Gyokeres, Pote e companhia no onze, o Sporting deve respeitar o gigante alemão, mas não o deve temer. Tem qualidade para passar. Até porque a época do BVB não está a ser birlhante, como se prova pela contratação de Niko Kovac como novo treinador. O croata tem que chegar e impor as suas ideias, podendo o Sporting apanhar uma equipa ainda a orientar-se. O certo é que o Dortmund hoje é 11.º da Bundesliga, o que é muito abaixo do esperado.
Jogou pelo rival do seu clube do coração, pelo gigante Real Madrid e pelo seu país. Falo de Steve McManaman, antigo extremo inglês, hoje com 52 anos.
Nascido na região de Liverpool, cresceu como fã do Everton e até teve a possibilidade de jogar de azul, mas o pai fez com que aceitasse juntar-se ao Liverpool. Assim foi. Estreou-se em 1990, com 3 jogos, sob o comando de Kenny Dalglish e depois de Graeme Souness, lendas do clube, e alinhou junto a homens como Rush, Beardsley ou Grobbelaar. Em 1991-1992, Souness deu-lhe muito mais tempo de jogo e o jovem extremo marcou 11 golos em 51 jogos, alinhando no meio campo ao lado de Marsh, Molby e Houghton e atrás e Saunders. Ajudou a vencer a FA Cup. E 1992-1993, já com outro jovem talento no onze, Jamie Rednapp e com Rush de novo em forma, continuou no 11, marcando 7 vezes e oferecendo 6 golos em 40 jogos.
Na quarta época no Liverpool viu a ascensão de Robbie Fowler e marcou mais 2 golos, assistindo para outros 8 e em 1994-1995 teve uma grande época: 9 golos, 8 assistências e 55 jogos. Venceu o segundo trofeu pelo clube, uma Taça da Liga. Na final, contra o Bolton, marcou os dois golos do 2-1, ao lado de James, Babb ou Barnes. 1995-1996 seria uma época de sonho com 10 golos e 15 assistências. Os 19 golos do reforço Collymore e os 36 de Fowler não serviram para mais do que presença no pódio da Premier League e na final da FA Cup. Macca ficou até 1999, sempre a marcar e a assitir e a ver de perto o nascimento de novas estrelas, como Owen ou Gerrard, mas não venceu mais nada pelo Liverpool. 66 golos e 364 jogos pediam mais "silverware".
Aos 28 anos, passou a vestir a camisola 8 do mítico Real Madrid. A aposta foi certeira. No primeiro ano, esteve em 50 jogos, marcando 4 golos e ajudando a equipa a vencer a Liga dos Campeões. No Stade de France marcou o segundo golo do 3-0 ao Valência. Ao seu lado tinha os outros marcadores, Morientes e Raul e outros futuros galáticos como Roberto Carlos e Casillas. No segundo ano, já com a ajuda de Figo, marcou 2 golos, manteve-se no 11 e foi campeão espanhol. No terceiro ano, já com Zidane, e o espaço a ser mais reduzido, mais uma Liga dos Campeões. No 2-1 ao Bayer Leverkusen (aquele golão de Zidane), jogou meia hora, no lugar de Figo, em Glasgow. Venceu também a Supertaça de Espanha. No último ano em Madrid, o meio campo tinha Makelele, Figo, Guti e Zidane e Macca jogou menos, mas venceu mais uma liga espanhola fez parte do plantel que conquistou a Supertaça Europeia (não saiu do banco, no Mónaco, contra o Feyenoord) e a Intercontinental. Aos 32 anos, juntou-se ao Manchester City, então equipa de meio da tabela (ou pior). Fez 30 jogos e mesmo com a ajuda de Seaman, Wright-Phillipes, Fowler ou Anelka, o City foi 16.º Jogou apenas mais uma temporada, fazendo 14 jogos.
Por Inglaterra, 37 jogos e 3 golos. Jogou os Euros 1996 e 2000 (1 golo) e o Mundial de 1998.
Numa noite de temporal em Lisboa, o Sporting empatou com o Bolonha e garantiu a qualificação para o play-off da Liga dos Campeões. Marcaram primeiro os italianos, por Moro, na sequência de um canto. O Sporting, sem Morita nem Gyokeres, a juntar a outros lesionados como Quaresma ou Pote, fez o melhor que conseguiu ante de uma equipa a jogar de forma agressiva e sem grande interesse no jogo, já afastada que estava da prova. Já sem Debast e Bragança, ambos tocados, o Sporting empatou. O adolescente Quenda deu para o adolescente Simões (melhor em campo) e o adolescente Harder, com um toque subtil, fez o empate final. Com mais de 37 mil nas bancadas, o Sporting voltou a não entusiasmar, mas com tantos lesionados, continua a resistir e neste momento, é líder isolado do campeonto, está na Taça de Portugal e na fase seguinte da nova Champions. Não se pode pedir mais. A campanha europeia começou de forma brilhante e dois treinadores depois, terminou de maneira sofrível, mas eficaz. O sonho começou com um 2-0 ao Lille (7.º classificado, que não mais perderia) com golos de Gyokeres e Debast. Seguiu-se um empate na casa do PSV, com golo de Bragança a saber a pouco. Na Áustria, 0-2 ao S. Graz, com tentos de Nuno Santos e Gyokeres. Na quarta jornada, o ponto alto. 4-1 ao Manchester City, com três golos de Gyokeres e um de Maxi. Depois, o descalabro: 1-5 com o Arsenal, 1-2 com o Brugges e 1-2 com o Leipzig. Ontem, o 1-1 que classificou o Sporting em 23.º. Segue-se a Atalanta, de má memória, ou o Borussia Dortmund.
Senhor do futebol inglês, de nas vistas no Arsenal e passou por Itália, casa do melhor futebol do mundo nos anos 90. Falo do médio ofensivo David Platt. Nascido em 1966, cerca de um mês antes do seu país vencer o Mundial pela última vez, começou a carreira no Manchester United, em 1982. Era adepto ferrenho do clube, mas não vingou por lá, ainda antes da era Ferguson.
Os seus primeiros anos de sol foram no mais modesto Crewe Alexandra. Na quarta divisão, fez 56 golos em 134 jogos até se mudar para o Aston Villa. Apesar de estar na segunda divisão, o Villa venceu a corrida ao Liverpool. Com 5 golos em 11 jogos, ajudou o clube a regressar à primeira divisão. Marcou 15 golos e ficou a um ponto da descida. Na época seguinte, subiu para os 24 golos e o Villa foi vice-campeão. Tony Cascarino e um jovem Dwight Yorke eram seus rivais no ataque. No seu último ano em Birmingham, mais 24 golo e o regresso à base da tabela, voltando o Aston Villa a salvar-se da descida.
Dos 26 aos 30 anos esteve no Calcio. Começou pela porta do Bari, onde foi o jogar mais utilizado (31 jogos) e o melhor marcador (13 golos). Apesar da ajuda dos jovens croatas Jarni e Boban, o Bari desceu de divisão.
Deu um salto para a Juventus, juntando-se a Di Canio, Roberto (30 golos na época) e Dino Baggio, Vialli ou Moller. Marcou 4 vezes e foi essencialmente suplente. Mas venceu a Taça UEFA ao Borussia Dortmund.
Depois de Bari e Turim, Génova. Pela Sampdória, 21 jogos em 67 partidas. Na primeira época, titular ao lado de Lombardo, Jugovic e Evani, atrás de Gullitt e Mancini, venceu a Taça de Itália e ficou em terceiro na liga. Na segunda época, perdeu a final da Supertaça e chegou às meias finais da Taça das Taças.
Em 1995, juntou-se ao Arsenl para três boas épocas, sob o comando de Arsene Wenger. Com Merson, Wright e Bergkamp, não foi além do quinto lugar na Premier League. Na segunda, já com Vieira subiu ao terceiro lugar. Na terceira época, passou a ser suplente, perdendo o lugar para Petit, mas venceu campeonato e taça. Sem sucesso e jogando pouco, seria depois jogador-treinador de Sampdória e Nottingham Forest.
Por Inglaterra, 62 jogos e 27 golos. Foi destaque inglês no Mundial de 1990, marcando 3 golos em 6 jogos. No Euro 92, 1 golo em 3 jogos e, em casa, 4 jogos no Euro 96. O jogo das meias finais contra a Alemanha, em Wembley, seria o seu último pelo seu país, ele que se estreara em 1989, também em Wembley, num 0-0 com a Itália.
Lembro-me de ter cerca de dez anos e os comentadores da RTP realçarem o facto curioso de um certo avançado italiano se apresentar no Estádio da Luz a jogar de ténis brancos. Pouco depois perceberam que Marco Simone estava mesmo de botas de futebol, mas brancas, algo que tanto eu como os comentadores nunca antes tínhamos visto. Simone era uma personalidade e a sua qualidade merece ser lembrada e sublinhada. Já agora, esse jogo ficou 0-0 e Simone jogou 89 minutos em Lisboa. Na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões o avançado tinha bisado no 2-0 em San Siro. Simone, que fez 56 anos este mês, nasceu em Castellanza, na Lombardia e começou a jogar pelo Como, que ficou a meio da tabela, com Marco a participar em dois jogos, sem marcar. Aos 19 anos foi artilheiro da terceira divisão, marcando 15 vezes pelo Virescit Boccaleone. Regressou ao Como para 6 golos.
Jovem talento da região, juntou-se ao Milan aos 21 anos para aprender de perto com mestres de outro nível: Van Basten, Gullitt e Massaro, além de várias outras lendas, a jogar em todas as posições. Marcou por 3 vezes e fez parte do plantel que ganhou a Supertaça Europeia (suplente utilizado nas duas mãos contra o Barcelona); Liga dos Campeões (viu do banco, a final contra o Benfica) e Taça Intercontinental (jogou 20 minutos na vitória contra o Atlético Nacional de Higuita). Na época seguinte dobrou o número de golos, ainda como suplente, e voltou a vencer títulos: não foi utilizado na final da Supertaça Europeia nem na final da Taça Intercontinental. De 1991 a 1993, voltou a não chegar aos dois dígitos, marcando 8, 9 e 6 golos, vencendo 3 ligas italianas, 2 Supertaças italianas (fez o único golo no 1-0 ao Torino, em 1993) e uma Liga dos Campeões (viu do banco o famoso 4-0 ao Barcelona, em Atenas).
Em 1994-1995 (a tal época em que veio à Luz de botas brancas), fez uma das melhores época da carreira, com 21 golos em 45 jogos. Venceu a Supertaça italiana à Sampdória e a europeia ao Arsenal. Perdeu a final da Liga dos Campeões para o Ajax de Van Gaal e a Intercontinental para o Vélez Sarsfield de Chilavert. Depois dessa época de sonho, a fazer dupla com Massaro, chegaram Roberto Baggio e George Weah e Simone voltou ao banco, fazendo, ainda assim, 11 golos. Foi campeão e privou com Futre. No ano seguinte, o seu último em Milão, 10 golos e 0 títulos. Despediu-se com 74 golos em mais de 240 jogos, além de ter contribuído (mais ou menos) para 9 títulos.
Aos 29 anos tornou-se no camisola 9 do PSG, fazendo dupla com Maurice, tendo atrás de si homens como Le Guen ou Raí. Marcou 22 vezes (recorde pessoal até aí) e foi figura central na conquista da Taça de França e Taça da Liga. No 2-1 ao Lens, fez o golo da vitória, garantindo a Taça nacional. Marcou também ao Bordéus na final da Taça da Liga. E 1998-1999, com o português Hélder (ex-Boavista) e com Jay Jay Okocha, venceu a Supertaça, ao Lens, e marcou por 13 vezes.
Ficou em França, mas mudou-se para o Mónaco. Marcou 28 golos (recorde da carreira) e ao lado de Barthez, Sagnol, Costinha, Gallardo ou Giuly, foi campeão francês. Ficou mais um ano no principado para mais 13 golos e uma Supertaça. Depois de mais meia época sem golos no Mónaco, regressou brevemente ao Milan, aos 33 anos, para ser suplente de Shevchenko e Inzaghi. Fez apenas um golo, à Lázio, na Taça de Itália e nada venceu. Passou ainda por Mónaco, Nice e Legnano, sem sucesso. Mas o seu nome já estava feito. Por Itália nunca marcou e esteve apenas em 4 jogos, entre 1992 e 1996. Apesar da concorrência de homens como Vialli, Ravanelli, Del Piero, Totti, Baggio, Vieiri ou Inzaghi teria merecido jogar mais, sobretudo ter sido chamado para o Euro 2000, após 28 golos pelo Mónaco, mas não foi assim que aconteceu.