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Visão do Peão

Visão do Peão

O fim de Neymar

Não serve para a liga saudita

20.01.25

 

Neymar não foi inscrito na liga saudita, por, segundo Jorge Jesus, "não conseguir acompanhar o resto da equipa". Ou seja, a presença de Neymar no Al Hilal só poderá continuar como part-time, jogando nas provas internacionais. Com um contrato de milhões e milhões, que nunca justificou, a porta da saída parece ser o próximo capítulo da carreira descendente do brasileiro. Inter de Miami, Chicago Fire e Santos são os clubes apontados. Em Miami, além do clima de festa de que tanto gosta, teria à sua espera Messi, Suarez ou Busquets, antigos companheiros no Barcelona; em Chicago seria a estrela maior da equipa e no Santos regressaria às origens, ao clube onde se formou e poderia beneficiar de um ritmo mais baixo. 

Neymar, menino prodígio, resistiu uns anos, de forma inteligente, antes de deixar o Santos. Escolheu juntar-se ao Barcelona e fomou trio de sonho com Messi e Suarez. Ganhou tudo e ficando por lá, teria sido, provavelmente, pelo menos por uma vez, o melhor jogador do mundo. Resolveu mudar-se para o PSG onde ganhou todas as competições internas várias vezes mas onde não conseguiu liderar a equipa na conquista de uma Champions e onde parecia escolher os jogos em que lhe apetecia jogar. 

Andy Cole

Heróis esquecidos

20.01.25

É difícil defender Andy Cole como um herói esquecido, quando é uma lenda do Manchester United e se deixou boas memórias goleadoras nos adeptos do Newcastle. Mas a verdade é que mesmo com números impressionantes, Cole nunca jogou num grande torneio por Inglaterra. 

Cole, que muito jeito daria hoje ao United, nasceu em Nottingham, tendo origens jamaicanas, e começou a jogar nas camadas jovens do Arsenal. Só fez um jogo pela equipa principal, fazendo parte do plantel que foi campeão, antes de ser emprestado ao Fulham. Seguiu-se o Bristol, onde fez 20 golos em época e meia.

Seguiu-se o Newcastle onde teve impacto imediato com 12 golos em 12 jogos, em 1993, sendo campeão da segunda divisão. Na época seguinte, já na primeira divisão, fez 41 golos em 46 jogos, brilhando numa equipa que tinha ainda Beardsley e Lee. Ficou apenas mais meio ano, marcando mais 15 golos. 

Saltou para o Manchester United em janeiro de 1995, passando lá 7 épocas, marcando 121 golos. Ajudou a vencer uma Liga dos Campeões, uma Taça Intercontinental, 5 Premier Leagues, 2 Taças e 2 Supertaças. Começou a usar a camisola 17, marcando 12 golos. Na primeira época completa, marcou 13 golos ao lado de Cantona e venceu a Premier League e a Taça (0-1 ao Liverpool, em Wembley). Em 1996-1997, usou a camisola 9 pela primeira vez no United e apesar de se ficar pelos 8 golos, venceu nova Premier e mais uma Supertaça (4-0 ao Newcastle). 

"Explodiu" na época seguinte, marcando 25 golos, fazendo dupla com Teddy Sheringham. Venceu apenas a Supertça. No ano seguinte, chegou a sua alma gémea goleadora, Yorke e a dupla "arrasou". Cole marcou 24 vezes (Yorke, 29) e a equipa ganhou quase tudo: Premier, Taça e Liga dos Campeões. Em 1999-2000, mais 22 golos, uma Premier e a Intercontinental. Fez mais 18 golos em época e meia. 

Na fase descendente da carreira passou por Blackburn Rovers, onde reencontrou Yorke (37 golos em duas épocas e meio); Fulham (13 golos numa época), Manchester City (10 golos numa época), Portsmouth (4 golos em em meia época), Birmingham (1 golo em meia época), Sunderland (0 golos em meia época), Burnley (6 golos em 13 jogos) e Nottingham Forest, onde não marcou e se retirou aos 37 anos. 

Por Inglaterra, apenas 15 jogos e 1 golo, num 1-3 à Albânia. Em 1994, a Inglaterra não se conseguiu classificar para o Mundial e, apesar dos 41 golos em 1993-1994, Cole ainda nem se tinha estreado. No Euro 1996, Terry Venables chamou Shearer, Sheringham, Fowler e Les Ferdinand. Cole só tinha uma internacionalização, apesar de ter marcado 13 golos na época antes do Euro. Em 1998, acabara de marcar 25 vezes mas Glenn Hoddle decidiu que Cole precisva de demasiadas oportunidades para marcar e levou Shearer, Sheringham, Owen e Les Ferdinand. Em 2000, estava lesionado e em 2002, foi novamente ignorado e retirou-se da seleção.