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Visão do Peão

Visão do Peão

Jordi

Heróis esquecidos

17.01.25

Filho de pais neerlandeses, chamou-se Jordi, porque os pais viveram vários anos na Catalunha. O sobrenome não deixava dúvidas sobre a proveniência: Cruyff. Comparado com o pai, Jordi não tinha talento. Mas comparando com a normalidade das pessoas, Cruyff filho foi um belo futebolista, internacional pelos Países Baixos e com passagens, por mérito próprio, por Barcelona ou Manchester United. 

Nascido há 50 anos em Amsterdão, não admira que tenha começado a jogar nas escolas do Ajax, tendo estado nos sub-15 do clube com Edgar Davids. Mudou-se para Barcelona e juntou-se aos sub-17 do Barça em 1988. Em 1992-1993 esteva na equipa B, com Sergi, Óscar ou Quique Martin. Na época seguinte, já com De La Peña e Celades, jogou mais e melhor. Em 1994-1995, o pai, feito treinador de grande sucesso, chamou-o. Jordi aproveitou e bem. 36 jogos, 9 golos e uma assistência, ao lado de Busquets, Ferrer, Nadal, Sergi, Bakero ou Amor. Coletivamente, a equipa apenas venceu a Supertaça. Jordi jogou na segunda mão, na derrota por 4-5 em casa, com o Saragoça de Esnaider e Poyet. Na época seguinte, só foi utilizado 18 vezes, marcando 2 vezes ao lado de Kodro, Figo ou Popescu. Não admirou que tenha saído, em busca de mais minutos. 

O capítulo seguinte foi o Manchester United, onde recebeu a camisola 14, mítica para a sua família. Beckham, Giggs e Cantona eram titulares e estrelas da companhia, e Jordi era um bom suplente. Na estreia, 3 golos em 22 jogos, vencendo a Premier League e a supertaça. Na época seguinte, mais uma supertaça, mas apenas 8 jogos, devido a lesões que não o largariam. Fez mais meia época em Inglaterra, antes de um regresso a Espanha, para meia época no Celta de Vigo. Em 1999-2000, mais 3 golos em 17 jogos.

Seguiram-se três bons anos no Alavés. Fez 7 golos em 45 jogos na primeira época. O seu Alavés foi à final da Taça UEFA, perdendo 5-4 com o Liverpool. Fez mais 4 golos em 65 jogos. Regressou a Barcelona para um ano no Espanhol, para mais 3 golos em 30 jogos. Terminou a carreira após duas épocas no Metalurh Donetsk da Ucrânia e uma no Valletta FC, onde venceu taça e supertaça de Malta e marcou 10 golos. Retirou-se aos 36 anos.

Jogou 9 vezes pela Holanda, marcando 1 golo. Todos os jogos que fez pelo seu país, foram em 1996. Estreou-se em abril, na derrota caseira com a Alemanha (que viria a ser campeã europeia). O seu único golo seria já em pleno Euro, no 0-2 à Suíça treinada pelo malogrado Artur Jorge. Despediu-se em outubro, num 1-3 no País de Gales. Jogou ainda 9 vezes pela Catalunha, marcando 2 vezes.