Zahovic
Heróis esquecidos
É um herói esloveno, passou por Portugal, Espanha e Grécia. Chama-se Zlatko Zahovic e acaba de completar 53 anos.
Começou no Kovinar Maribor antes de rumar ao gigante jugoslavo, Partizan. Em Belgrado, aos 19 anos, marcou apenas uma vez em 10 jogos. Seguiu-se um empréstimo ao Proleter Zrenjanin, onde esteve em 25 jogos, sem marcar. Regressou ao Partizan para mais dois anos, com números modestos. 28 jogos e 5 golos. Em 1991-1992, com Mijatovic como grande estrela e com Vujacic (jogaria no Sporting) e Vorkapic (Vitória SC e Ovarense), venceu a Taça. No ano seguinte, já com Milosevic, venceu Taça e Campeonato da Jugoslávia.
A sua carreira ganharia nova dimensão em 1993 quando chegou a Guimarães. Treinado por Bernardino Pedroto, assumiu-se como titular no meio-campo, ao lado de N´Dinga e Paulo Bento, fazendo 2 golos em 29 partidas. Brassard, Dimas, Pedro Barbosa ou Ziad eram outros dos titulares. No ano seguinte, já com Gilmar, Pedro Martins e Quim Berto no onze, marcou 4 golos e o Vitória terminou em 4.º na liga portuguesa. Ficou mais um ano, chegando aos 8 golos e jogando com outros grandes vultos do futebol português como o malogrado Neno, Vítor Paneira, Capucho ou Edinho.
Em 1996 chegou às Antas. Deu-se às mil maravilhas com Drulovic, Folha, Sérgio Conceição e Jardel e ajudou a equipa com 9 golos. Foi campeão e venceu a supertaça, num acumulado de 6-0 ao Benfica, fazendo duas assistências na segunda mão, num 0-5, na Luz. Estreou-se na Liga dos Campeões e no primeiro jogo, ofereceu dois golos no mítico 2-3 em San Siro, ao Milan de Maldini, Albertini, Baggio, Simone ou Weah.
Em 1997-1998, 11 golos do camisola 25 e mais um campeonato e uma Taça de Portugal. No terceiro ano no Porto, já com Fernando Santos no banco, “explodiu” com 22 golos e mais um campeonato e supertaça. A história de sucesso terminou em 1999.
O destino seguinte surpreendeu. Zahovic trocou o FCP pelo Olympiacos, passando um ano em Atenas. Jogou com Giovani, Alexandris, Giannakopoulos ou Djordevic e foi campeão grego. Depois, regressou à Ibéria.
O próximo capítulo foi o Valência. Com Canizares, Ayala, Kily, Baraja, Mendieta e Carew, chegou à final da Liga dos Campões (perdida para o Real Madrid de Zidane e Raul).
Dois anos depois, estava de regresso a Portugal para quatro anos no Benfica, pelo qual marcou 20 golos. Em 2004, venceu a Taça ao "seu" FCP e terminaria a carreira em 2005, sendo campeão, com Giovanni Trapattoni.
É o melhor jogador de sempre do seu jovem país, marcando 35 golos em 80 jogos. Esteve no Euro 2000, marcando um histórico hat-trick à Jugoslávia onde alinhavam vários antigos colegas dos tempos do Partizan. Jogou também o Mundial 2002.