Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Visão do Peão

Visão do Peão

Sporting defronta Dortmund

Janeiro 31, 2025

O Borussia de Dortmund, campeão europeu em 1997 e finalista em 2013 e 2024, é o adversário do Sporting no play-off de acesso aos oitavos-de-final da nova Liga dos Campeões. Estando longe de ser uma adversário fácil, parece ser mais interessante do que a Atalanta, vencedora da Liga Europa em título e equipa que sonha com a conquista da Série A. Com a sua principal equipa, ou seja, com Gyokeres, Pote e companhia no onze, o Sporting deve respeitar o gigante alemão, mas não o deve temer. Tem qualidade para passar. Até porque a época do BVB não está a ser birlhante, como se prova pela contratação de Niko Kovac como novo treinador. O croata tem que chegar e impor as suas ideias, podendo o Sporting apanhar uma equipa ainda a orientar-se. O certo é que o Dortmund hoje é 11.º da Bundesliga, o que é muito abaixo do esperado. 

McManaman

Heróis esquecidos

Janeiro 30, 2025

Jogou pelo rival do seu clube do coração, pelo gigante Real Madrid e pelo seu país. Falo de Steve McManaman, antigo extremo inglês, hoje com 52 anos.

Nascido na região de Liverpool, cresceu como fã do Everton e até teve a possibilidade de jogar de azul, mas o pai fez com que aceitasse juntar-se ao Liverpool. Assim foi. Estreou-se em 1990, com 3 jogos, sob o comando de Kenny Dalglish e depois de Graeme Souness, lendas do clube, e alinhou junto a homens como Rush, Beardsley ou Grobbelaar. Em 1991-1992, Souness deu-lhe muito mais tempo de jogo e o jovem extremo marcou 11 golos em 51 jogos, alinhando no meio campo ao lado de Marsh, Molby e Houghton e atrás e Saunders. Ajudou a vencer a FA Cup. E 1992-1993, já com outro jovem talento no onze, Jamie Rednapp e com Rush de novo em forma, continuou no 11, marcando 7 vezes e oferecendo 6 golos em 40 jogos.

Na quarta época no Liverpool viu a ascensão de Robbie Fowler e marcou mais 2 golos, assistindo para outros 8 e em 1994-1995 teve uma grande época: 9 golos, 8 assistências e 55 jogos. Venceu o segundo trofeu pelo clube, uma Taça da Liga. Na final, contra o Bolton, marcou os dois golos do 2-1, ao lado de James, Babb ou Barnes. 1995-1996 seria uma época de sonho com 10 golos e 15 assistências. Os 19 golos do reforço Collymore e os 36 de Fowler não serviram para mais do que presença no pódio da Premier League e na final da FA Cup. Macca ficou até 1999, sempre a marcar e a assitir e a ver de perto o nascimento de novas estrelas, como Owen ou Gerrard, mas não venceu mais nada pelo Liverpool. 66 golos e 364 jogos pediam mais "silverware". 

Aos 28 anos, passou a vestir a camisola 8 do mítico Real Madrid. A aposta foi certeira. No primeiro ano, esteve em 50 jogos, marcando 4 golos e ajudando a equipa a vencer a Liga dos Campeões. No Stade de France marcou o segundo golo do 3-0 ao Valência. Ao seu lado tinha os outros marcadores, Morientes e Raul e outros futuros galáticos como Roberto Carlos e Casillas. No segundo ano, já com a ajuda de Figo, marcou 2 golos, manteve-se no 11 e foi campeão espanhol. No terceiro ano, já com Zidane, e o espaço a ser mais reduzido, mais uma Liga dos Campeões. No 2-1 ao Bayer Leverkusen (aquele golão de Zidane), jogou meia hora, no lugar de Figo, em Glasgow. Venceu também a Supertaça de Espanha. No último ano em Madrid, o meio campo tinha Makelele, Figo, Guti e Zidane e Macca jogou menos, mas venceu mais uma liga espanhola fez parte do plantel que conquistou a Supertaça Europeia (não saiu do banco, no Mónaco, contra o Feyenoord) e a Intercontinental. Aos 32 anos, juntou-se ao Manchester City, então equipa de meio da tabela (ou pior). Fez 30 jogos e mesmo com a ajuda de Seaman, Wright-Phillipes, Fowler ou Anelka, o City foi 16.º Jogou apenas mais uma temporada, fazendo 14 jogos. 

 

Por Inglaterra, 37 jogos e 3 golos. Jogou os Euros 1996 e 2000 (1 golo) e o Mundial de 1998. 

Montanha-russa

Campanha europeia

Janeiro 30, 2025

Numa noite de temporal em Lisboa, o Sporting empatou com o Bolonha e garantiu a qualificação para o play-off da Liga dos Campeões. Marcaram primeiro os italianos, por Moro, na sequência de um canto. O Sporting, sem Morita nem Gyokeres, a juntar a outros lesionados como Quaresma ou Pote, fez o melhor que conseguiu ante de uma equipa a jogar de forma agressiva e sem grande interesse no jogo, já afastada que estava da prova. Já sem Debast e Bragança, ambos tocados, o Sporting empatou. O adolescente Quenda deu para o adolescente Simões (melhor em campo) e o adolescente Harder, com um toque subtil, fez o empate final. Com mais de 37 mil nas bancadas, o Sporting voltou a não entusiasmar, mas com tantos lesionados, continua a resistir e neste momento, é líder isolado do campeonto, está na Taça de Portugal e na fase seguinte da nova Champions. Não se pode pedir mais. A campanha europeia começou de forma brilhante e dois treinadores depois, terminou de maneira sofrível, mas eficaz. O sonho começou com um 2-0 ao Lille (7.º classificado, que não mais perderia) com golos de Gyokeres e Debast. Seguiu-se um empate na casa do PSV, com golo de Bragança a saber a pouco. Na Áustria, 0-2 ao S. Graz, com tentos de Nuno Santos e Gyokeres. Na quarta jornada, o ponto alto. 4-1 ao Manchester City, com três golos de Gyokeres e um de Maxi. Depois, o descalabro: 1-5 com o Arsenal, 1-2 com o Brugges e 1-2 com o Leipzig. Ontem, o 1-1 que classificou o Sporting em 23.º. Segue-se a Atalanta, de má memória, ou o Borussia Dortmund. 

David Platt

Heróis esquecidos

Janeiro 29, 2025

 

Senhor do futebol inglês, de nas vistas no Arsenal e passou por Itália, casa do melhor futebol do mundo nos anos 90. Falo do médio ofensivo David Platt. Nascido em 1966, cerca de um mês antes do seu país vencer o Mundial pela última vez, começou a carreira no Manchester United, em 1982. Era adepto ferrenho do clube, mas não vingou por lá, ainda antes da era Ferguson.

Os seus primeiros anos de sol foram no mais modesto Crewe Alexandra. Na quarta divisão, fez 56 golos em 134 jogos até se mudar para o Aston Villa. Apesar de estar na segunda divisão, o Villa venceu a corrida ao Liverpool. Com 5 golos em 11 jogos, ajudou o clube a regressar à primeira divisão. Marcou 15 golos e ficou a um ponto da descida. Na época seguinte, subiu para os 24 golos e o Villa foi vice-campeão. Tony Cascarino e um jovem Dwight Yorke eram seus rivais no ataque. No seu último ano em Birmingham, mais 24 golo e o regresso à base da tabela, voltando o Aston Villa a salvar-se da descida.

Dos 26 aos 30 anos esteve no Calcio. Começou pela porta do Bari, onde foi o jogar mais utilizado (31 jogos) e o melhor marcador (13 golos). Apesar da ajuda dos jovens croatas Jarni e Boban, o Bari desceu de divisão.

Deu um salto para a Juventus, juntando-se a Di Canio, Roberto (30 golos na época) e Dino Baggio, Vialli ou Moller. Marcou 4 vezes e foi essencialmente suplente. Mas venceu a Taça UEFA ao Borussia Dortmund.

Depois de Bari e Turim, Génova. Pela Sampdória, 21 jogos em 67 partidas. Na primeira época, titular ao lado de Lombardo, Jugovic e Evani, atrás de Gullitt e Mancini, venceu a Taça de Itália e ficou em terceiro na liga. Na segunda época, perdeu a final da Supertaça e chegou às meias finais da Taça das Taças.

Em 1995, juntou-se ao Arsenl para três boas épocas, sob o comando de Arsene Wenger. Com Merson, Wright e Bergkamp, não foi além do quinto lugar na Premier League. Na segunda, já com Vieira subiu ao terceiro lugar. Na terceira época, passou a ser suplente, perdendo o lugar para Petit, mas venceu campeonato e taça. Sem sucesso e jogando pouco, seria depois jogador-treinador de Sampdória e Nottingham Forest.

Por Inglaterra, 62 jogos e 27 golos. Foi destaque inglês no Mundial de 1990, marcando 3 golos em 6 jogos. No Euro 92, 1 golo em 3 jogos e, em casa, 4 jogos no Euro 96. O jogo das meias finais contra a Alemanha, em Wembley, seria o seu último pelo seu país, ele que se estreara em 1989, também em Wembley, num 0-0 com a Itália.

 

 

Marco Simone

Heróis esquecidos

Janeiro 28, 2025

Lembro-me de ter cerca de dez anos e os comentadores da RTP realçarem o facto curioso de um certo avançado italiano se apresentar no Estádio da Luz a jogar de ténis brancos. Pouco depois perceberam que Marco Simone estava mesmo de botas de futebol, mas brancas, algo que tanto eu como os comentadores nunca antes tínhamos visto. Simone era uma personalidade e a sua qualidade merece ser lembrada e sublinhada. Já agora, esse jogo ficou 0-0 e Simone jogou 89 minutos em Lisboa. Na primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões o avançado tinha bisado no 2-0 em San Siro. Simone, que fez 56 anos este mês, nasceu em Castellanza, na Lombardia e começou a jogar pelo Como, que ficou a meio da tabela, com Marco a participar em dois jogos, sem marcar. Aos 19 anos foi artilheiro da terceira divisão, marcando 15 vezes pelo Virescit Boccaleone. Regressou ao Como para 6 golos.

Jovem talento da região, juntou-se ao Milan aos 21 anos para aprender de perto com mestres de outro nível: Van Basten, Gullitt e Massaro, além de várias outras lendas, a jogar em todas as posições. Marcou por 3 vezes e fez parte do plantel que ganhou a Supertaça Europeia (suplente utilizado nas duas mãos contra o Barcelona); Liga dos Campeões (viu do banco, a final contra o Benfica) e Taça Intercontinental (jogou 20 minutos na vitória contra o Atlético Nacional de Higuita). Na época seguinte dobrou o número de golos, ainda como suplente, e voltou a vencer títulos: não foi utilizado na final da Supertaça Europeia nem na final da Taça Intercontinental. De 1991 a 1993, voltou a não chegar aos dois dígitos, marcando 8, 9 e 6 golos, vencendo 3 ligas italianas, 2 Supertaças italianas (fez o único golo no 1-0 ao Torino, em 1993) e uma Liga dos Campeões (viu do banco o famoso 4-0 ao Barcelona, em Atenas).

Em 1994-1995 (a tal época em que veio à Luz de botas brancas), fez uma das melhores época da carreira, com 21 golos em 45 jogos. Venceu a Supertaça italiana à Sampdória e a europeia ao Arsenal. Perdeu a final da Liga dos Campeões para o Ajax de Van Gaal e a Intercontinental para o Vélez Sarsfield de Chilavert. Depois dessa época de sonho, a fazer dupla com Massaro, chegaram Roberto Baggio e George Weah e Simone voltou ao banco, fazendo, ainda assim, 11 golos. Foi campeão e privou com Futre. No ano seguinte, o seu último em Milão, 10 golos e 0 títulos. Despediu-se com 74 golos em mais de 240 jogos, além de ter contribuído (mais ou menos) para 9 títulos.

Aos 29 anos tornou-se no camisola 9 do PSG, fazendo dupla com Maurice, tendo atrás de si homens como Le Guen ou Raí. Marcou 22 vezes (recorde pessoal até aí) e foi figura central na conquista da Taça de França e Taça da Liga. No 2-1 ao Lens, fez o golo da vitória, garantindo a Taça nacional. Marcou também ao Bordéus na final da Taça da Liga. E 1998-1999, com o português Hélder (ex-Boavista) e com Jay Jay Okocha, venceu a Supertaça, ao Lens, e marcou por 13 vezes.

Ficou em França, mas mudou-se para o Mónaco. Marcou 28 golos (recorde da carreira) e ao lado de Barthez, Sagnol, Costinha, Gallardo ou Giuly, foi campeão francês. Ficou mais um ano no principado para mais 13 golos e uma Supertaça. Depois de mais meia época sem golos no Mónaco, regressou brevemente ao Milan, aos 33 anos, para ser suplente de Shevchenko e Inzaghi. Fez apenas um golo, à Lázio, na Taça de Itália e nada venceu. Passou ainda por Mónaco, Nice e Legnano, sem sucesso. Mas o seu nome já estava feito. Por Itália nunca marcou e esteve apenas em 4 jogos, entre 1992 e 1996. Apesar da concorrência de homens como Vialli, Ravanelli, Del Piero, Totti, Baggio, Vieiri ou Inzaghi teria merecido jogar mais, sobretudo ter sido chamado para o Euro 2000, após 28 golos pelo Mónaco, mas não foi assim que aconteceu.

 

Parabéns, Ruben

40 anos longe do bicampeonato

Janeiro 27, 2025

Ruben Amorim faz hoje 40 anos. Tem cerca de um ano a menos do que eu e já fez pelo meu clube (não era o seu quando chegou e continua a não ser tanto como os sportinguistas gostariam) do que a  maior parte das pessoas. É fácil argumentar que é o melhor treinador de sempre do Sporting.

Como jogador, já se sabe, teve carreira profissional longe do brilhantismo, mas de assinalar. Afinal, foi profissional e jogou por Belenenses, Benfica ou Braga, antes de rumar a uma reforma dourada nas Arábias. E ainda jogou 14 vezes por Portugal, sendo chamado aos Mundiais de 2010 e 2014.

Depois de um percurso no Casa Pia ou Braga B, teve ascensão meteórica. Esteve no banco do Braga por 13 jogos, com 10 vitórias e a sensação de que estava ali o novo Mourinho. Só isso explica que o Sporting, longe dos títulos e sem grande dinheiro para investir, tenha gasto mais de 10 milhões para o resgatar.

O resto, é história. Amorim deixou o Sporting com a conquista de dois campeonatos, duas Taças da Liga e uma Supertaça. 

Como eu temia, Amorim faz 40 anos fora do Sporting, sem que tenha ganho grande coisa com a mudança. O Sporting, em busca de um bicampeonato que lhe foge há décadas, tem mais 6 pontos do que os rivais, mas tem um plantel curto e nada está garantido. Sem a passagem desastrosa de João Pereira, o Sporting poderia ter o campeonato praticamente na mão. Rui Borges parece ter agarrado o balneário e está a colocar a equipa no caminho certo. Já Amorim, a 27 de janeiro não recebeu um reforço sequer e o gigante adormecido (ou em coma) ocupa um modesto 12.º posto da Premier League.

Parabéns, Ruben.

FDS ideal

Sporting ganhou, rivais perderam pontos

Janeiro 27, 2025

Entre jogos europeus, o fim-de-semana não poderia ter sido melhor para o Sporting, que agora lidera com mais 6 pontos do que Benfica e FCP, rivais na luta pelo título, a quem já venceu na primeira volta. No sábado, em Rio Maior, o Benfica até marcou primeiro, indiciando uma vitória na casa dos Gansos. Errado. Cassiano, Nuno Moreira e Livolant derrotaram o Benfica. Depois, entrou o Sporting em campo, gerindo o esforço mas conseguindo vencer o Nacional. Por fim, já ontem, empate do FCP, em casa, ante do Santa Clara. Marcou primeiro Gabriel Silva e empatou Otávio. A sequência de 5 jogos consecutivos sem vencer só foi possível porque Galena, provavelmente o melhor jogador do clube neste momento, falhou duas grandes penalidades. 

 

 

Pedidos

Até sexta-feira

Janeiro 27, 2025

Um lateral-direito jovem e promissor, com pendor ofensivo, como Amar Dedic, bósnio de 22 anos, nascido na Áustria e jogador do Red Bull Salzburg. 

Um extremo que possa jogar nos dois lados, render Trincão, Geny e Quenda e acautelar a saíde de um deles no verão, como Aral Simsir, turco nascido na Dinamarca e jogador do Midtjylland.

Mercado morno

Faltam opções

Janeiro 23, 2025

Lateral-direito - Fresneda não foi para o Como e está na sua melhor fase desde que é jogador do Sporting, mas não chega. Perdidos Alberto Costa e Andrés García ainda chegará alguém? Esgaio não serve e Quaresma é solução de recurso. Não enjeitaria o regresso de Cédric Soares, como solução experiente e segura. 

Médio centro - Vejo Bragança tal como Pote como homens para jogar nas costas de Gyokeres. Gostaria de ver Gustavo Sá no Sporting o quanto antes para lugar com Hjulmand, Simões e Morita por um lugar no centro.

Extremo - Edwards tem guia de marcha e é preciso quem renda Trincão, Geny e Quenda. Kaio César era boa opção. Gostaria de ver João Filipe (Jota) em Alvalade. É bom tecnicamente, rápido, tem golo e precisa de "renascer". 

Avançado - O Sporting resistiu no verão e parece que vai resistir em janeiro, mas Gyokeres será vendido mais tarde ou mais cedo e pensaria já em contratar o famoso Ioannidis, pensando nos desafios desta época e nos da próxima.

Grafite

Heróis esquecidos

Janeiro 23, 2025

Poucos homens merecem mais o título de herói esquecido. O mundo do futebol terá já esquecido um certo avançado brasileiro, que foi sendo goleador mas que só se destacou verdadeiramente numa época no Wolfsburgo. Falo de Grafite. Tal como outros casos, teve para não fazer carreira. Foi recusado por vários clubes e começou a jogar na terceira divisão. A sua primeira grande oportunidade foi no Santa Cruz, ao qual voltaria vezes na carreira. Marcou por lá 5 vezes e foi emprestado ao Grémio onde fez apenas 4 golos. Passou ainda pela Coreia do Sul, sem marcar.Regressou ao Brasil para começar, finalmente, a mostrar-se. No Goiás, marcou 12 vezes em 20 jogos, vencendo o campeonato goiano.

Chegou a um clube de maior dimensão, correspondendo. Em dois anos, 40 golos pelo São Paulo, jogando ao lado de Rogério Ceni, Júnior, Cicinho, Lugano, Fábio Simplício ou Luis Fabiano. Venceu o Paulistão, a Libertadores e o Mundial de Clubes (jogou 15 minutos no 1-0 ao Liverpool).

Entrou na Europa pela porta dos franceses do Le Mans. Na primeira época, 3 golos. Na segunda, "desabrochou" e fez 15 golos e antes de sair, ainda se cruzou com Gervinho e fez 2 golos. 

Seguiu-se o Wolfsburgo. Felix Magath tinha outras boas opções e viu no brasileiro uma opção barata para compor o plantel. Com a ajuda de Marcelinho Paraíba marcou 12 golos, sendo o melhor marcador da equipa, à frente de Dzeko (9 golos). Na segunda época, Dzeko subiu para 36 golos, mas Grafite encheu o olho de todos, marcando por 35 vezes. Ao lado de Dzeko, Misimovic, Barzagli ou Benaglio, levou o Wolfsburgo a vencer a Bundesliga pela única vez na sua história. Na época seguinte, mais 19 golos e na última na Alemanha, mais 10. Fez um golo mítico ao Bayern que só não venceu a primeira edição do Prémio Puskas porque nem clube nem jogador deram importância às comunicações da UEFA. 

Aos 33 anos passou a jogar no médio oriente, colecionando golos e títulos nos EAU e no Catar. Regressou ao Brasil, passando por Santa Cruz e Athletico Paranaeense. Em 2016, um ano antes de se retirar, marcou 24 vezes pelo Santa Cruz.

Pelo Brasil, jogou apenas 4 vezes, marcando 1 golo. Na estreia, jogou 38 minutos em São Paulo e marcou à Guatemala. 

Casiraghi

Heróis esquecidos

Janeiro 21, 2025

Pierluigi Casiraghi tinha tudo para ser um dos melhores jogadores italianos dos anos 90, não fossem as lesões. Natural de Monza, foi no clube local que passou os primeiros quatro anos da sua carreira, até 1989. Aos 17 anos, marcou uma vez em 14 jogos. Com Costacurta na equipa, subiu para os 8 golos. Marcou mais 22 golos, vencendo uma Coppa Italia Lega Pro.

Em 1989, juntou-se à Juventus para mais quatro anos. Tornou-se colega de Rui Barros e do malogrado Totò Schillaci. Marcou 11 vezes (metade dos golos marcados por Totò) e conquistou a Taça de Itália e a Taça UEFA (marcou na final, à Fiorentina. Com a ajuda de Roberto Baggio, que passou a ser o melhor marcador, Casiraghi marcou 14 vezes, voltando a ser o número dois da equipa, em termos de golos. Não venceu nada nesse ano. No terceiro ano, marcou por 8 vezes e no quarto e último, ficou-se pelos 5. Com Vialli, Ravanelli, Moller, Platt ou Conte, venceu mais uma Taça UEFA.

Na Lázio, passou cinco anos, o maior período que representou uma equipa, na sua carreira. Marcou 41 vezes. Conviveu com Signori, Boksic, Nedved, Fuser, Winter ou Di Matteo, e só na última época conquistou um título, a Taça Itália, num total de 3-2 contra o Milan, de Weah. 

O destino seguinte foi o Chelsea, onde tudo se desmoronou. A usar a camisola 10, ainda ajudou o clube a vencer a Supertaça Europeia. Marcou apenas um golo (ao Liverpool, em Anfield) e participou em 15 jogos. Lesionou-se gravemente e apesar de ter sido operado dez vezes, não regressou ao jogo.

Por Itália, marcou 13 golos em 44 partidas, tendo jogado o Mundial de 1994 e o Euro de 1996. Tapado por Baggio e Massaro, entrou 3 vezes no Mundial dos EUA, sem marcar. Dois anos depois, a Itália só fez três jogos, mas Casiraghi marcou por duas vezes, na estreia, na vitória por 2-1 à Rússia. Em novembro de 1997, marcou, contra a Rússia, o seu último golo internacional, num 1-0, em Nápoles. Em 22 de abril de 1998 jogou pela última vez pela seleção, num 3-1 ao Paraguai. 

 

 

O fim de Neymar

Não serve para a liga saudita

Janeiro 20, 2025

 

Neymar não foi inscrito na liga saudita, por, segundo Jorge Jesus, "não conseguir acompanhar o resto da equipa". Ou seja, a presença de Neymar no Al Hilal só poderá continuar como part-time, jogando nas provas internacionais. Com um contrato de milhões e milhões, que nunca justificou, a porta da saída parece ser o próximo capítulo da carreira descendente do brasileiro. Inter de Miami, Chicago Fire e Santos são os clubes apontados. Em Miami, além do clima de festa de que tanto gosta, teria à sua espera Messi, Suarez ou Busquets, antigos companheiros no Barcelona; em Chicago seria a estrela maior da equipa e no Santos regressaria às origens, ao clube onde se formou e poderia beneficiar de um ritmo mais baixo. 

Neymar, menino prodígio, resistiu uns anos, de forma inteligente, antes de deixar o Santos. Escolheu juntar-se ao Barcelona e fomou trio de sonho com Messi e Suarez. Ganhou tudo e ficando por lá, teria sido, provavelmente, pelo menos por uma vez, o melhor jogador do mundo. Resolveu mudar-se para o PSG onde ganhou todas as competições internas várias vezes mas onde não conseguiu liderar a equipa na conquista de uma Champions e onde parecia escolher os jogos em que lhe apetecia jogar. 

Pág. 1/3

Mais sobre mim

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Em destaque no SAPO Blogs
pub