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Visão do Peão

Visão do Peão

Ter | 15.10.24

Terceira geração a jogar por Itália

Francisco Chaveiro Reis

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Depois do avô, Cesare e do pai, Paolo, Daniel Maldini estreou-se ontem pela seleção italiana. A história do clã Maldini na equipa nacional começou com Cesare, falecido em 2016, com 84 anos, que se estreou pela seleção em 1958, fazendo 22 jogos, até 1963, numa altura que se realizam muito menos jogos internacionais, a comparar com os dias de hoje. Esteve no Mundial do Chile, de 1962. Cesare teve ainda história como selecionador. Começou pelas camadas jovens, vencendo os Europeus de sub-21 de 1992, 1994 (final contra Portugal) e 1996. Esteve ainda nos Jogos Olímpicos de 1992 e 1996. Sentou-se depois no banco da equipa sénior, no Mundial de 1998.

Nome de maior sucesso dos três, será Paolo, defesa esquerdo e depois, central, internacional por 126 vezes, com 7 golos. Apesar de ter jogado até 2008, despediu-se da seleção em 2002, depois de se estrear em 1988, e já não foi a tempo de ser campeão do mundo em 2006. Paolo esteve no Euro 1988 pelos sub-21 e no Euro 1988, pela equipa A. Jogou ainda os campeonatos europeus de 1996 e 2000 (chegou à final). Foi aos Mundiais de 1990, 1994 (finalista vencido), 1998 e 2002.

Ontem, Daniel, médio ofensivo/extremo, estreou-se ontem, em Udine, no 4-1 a Israel. Usando a camisola 11, entrou para o lugar de Raspadori, aos 74 minutos.

Sex | 11.10.24

Iniesta retira-se

Francisco Chaveiro Reis

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Estava afastado do futebol europeu desde 2018, altura em que se mudou para o Japão. Ainda esteve nos EAU e agora aos 40 anos, sem surpresa anuncia a sua retirada. Falo de Andres Iniesta, um dos melhores médios da história do jogo.

A brilhante carreira de Iniesta está intimamente ligada ao Barcelona, onde passou 22 anos. Depois de fazer a formação em La Masia, estreou-se em 2002, jogando 16 anos na equipa principal, muitas das quais, fazendo meio-campo com os amigos Xavi e Busquets. Esteve em 674 jogos e marcou 57 golos. Títulos? 4 Ligas dos Campeões, 3 Supertaças Europeias e 3 Mundiais de Clubes. Em Espanha, 9 campeonatos, 7 supertaças e 6 taças.

Depois de cerca de ano e meio, começou a destacar-se e assumiu-se como titular em 2004-2005. Com Frank Rijkaard no banco e a jogar com homens como Eto´o, Giuly, Deco ou Ronaldinho, foi campeão pela primeira vez. Ainda era o camisola 24. No ano seguinte, com um plantel bastante semelhante, foi bicampeão, venceu a supertaça local e venceu a sua primeira Liga dos Campeões, num 2-1 ao Arsenal, em Paris. Jogou meia parte, da final. Em 2006-2007, já com Messi a ter mais destaque, mais um título, a supertaça espanhola. Depois de uma época sem nada vencer, em 2008-2009 chegou Pep Guardiola, lenda do clube, como jogador, para se tornar também lenda no banco.

À primeira, aos 38 anos, Pep levou o Barça a vencer campeonato, taça e Liga dos Campeões. Henry, Yaya Touré ou Piqué eram algumas das estrelas, além de Iniesta, Xavi ou Messi. Em 2009-2010, com ajudas também de Pedro e Ibra, mais um campeonato, supertaça e supertaça europeia. 2010-2011, já com David Villa, ainda foi melhor, com a conquista de campeonato, supertaça de Espanha, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes. Na época seguinte, já com Alexis, mais três títulos.

Em 2012-2013, já sem Pep, mais um título e no ano seguinte mais um título apenas, de novo. A entrada de Luis Enrique deu nova vida ao Barcelona, que tinha agora um trio de ataque com Suarez, Messi e Neymar a serem suportados por Iniesta. Só podia dar certo e chegaram mais 4 títulos, entre eles, uma Liga dos Campeões e um Mundial de Clubes. A sequência vitoriosa continuaria até a decisão de deixar a Europa.

Em 2018, mudou-se para os japoneses do Vissel Kobe, a tempo de fazer mais de 130 jogos, marcar 26 golos e vencer três títulos. O ex-Sporting, Tanaka, Podolski, Vermaelen, Villa ou Bojan Krkić foram seus companheiros. Em 2023-2024, 23 jogos e 5 golos pelo Emirates Club.

Por Espanha, outra história de sonho. Na final do Mundial de 2010, na África do Sul, foi seu o golo da vitória espanhola na final contra a Holanda. Em 2008 e 2012, foi campeão europeu. Esteve em 131 jogos e marcou 14 golos. Pelas camadas jovens, venceu um Euro de sub-17 e um Euro de sub-19.

Sex | 11.10.24

Morreu Baldock

Francisco Chaveiro Reis

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Aos 31 anos, morreu tragicamente George Baldock, internacional grego (tinha uma avó grega) que já não regressou ao seu país Natal para o Inglaterra 1 Grécia 2 de ontem, em Wembley. O defesa de 31 anos afogou-se na sua piscina. Baldock, que jogou por 12 vezes pela Grécia, estava a jogar pelo Panathinaikos (levava 4 jogos) esta época depois de uma carreira feita em Inglaterra (com uma passagem breve pela Islândia. MK Dons e Sheffield United foram os clubes que mais tempo representou.

Ter | 08.10.24

Morreu Neeskens

Francisco Chaveiro Reis

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Aos 73 anos morreu Johannes "Johan" Jacobus Neeskens, provavelmente o expoente máximo da Laranja Mecânica dos amos 70, logo a seguir a Johan Cruijff. Neeskens, sogro de Van Wolfswinkel, antigo avançado do Sporting, morreu na Argélia, este domingo.

O médio iniciou a carreira em 1968, no Racing Club Heemstede, da sua terra natal. Depois de 68 jogos e 1 golo chegou ao grande Ajax de Rinus Michels onde passou 4 épocas de sonho, jogando ao lado de Krol, Suurbier e, claro Cruijff. Na primeira época em Amsterdão, vice-campeonato, vitória na Taça dos Países Baixos (2-1 ao Sparta Roterdão com o golo da vitória a ser seu) e conquista da Taça dos Campeões Europeus (2-0 ao Panathinaikos, em Wembley). Na segunda temporada, voltou a vencer a Taça dos Campeões Europeus, vencendo o Inter de Milão por 2-0, em Roterdão. Venceu novamente a Taça e foi campeão, pela primeira vez. Terceiro ano, terceira Taça dos Campeões Europeus, com 1-0 à Juventus, em Belgrado. Foi novamente campeão e venceu a Taça Intercontinental, num total de 4-1 ao Independiente. Neeskens marcou no 3-0, em casa. Na última época no Ajax, mais um título: a Supertaça Europeia, num agregado de 6-1 ao Milan. No 6-0 em Amsterdão, Neeskens marcou. Com 33 golos, 124 jogos e 10 títulos, rumou a Barcelona.

Em 1974 acompanhou Michels e Cruijff na ida para Camp Nou. Do 11 faziam parte homens como Marinho Peres, Carles Rexach, Migueli ou Clarés. O melhor que a equipa conseguiu for chegar às meias da Taça dos Campeões. Na segunda época, já com a ajuda de Paco Fortes, nova época em branco. Só à quarta tentativa, Neeskens venceria um título na Catalunha, a Taça do Rei. Na última época em Espanha, o segundo título. Venceu a Taça das Taças, batendo o Dusseldorf por 4-3 em Basileia. O avançado austríaco Krankl, foi o herói da noite.

Neeskens rumou depois aos EUA, para defender os NY Cosmos, onde encontrou o português Seninho, além de Franz Beckenbauer. Foi duas vezes campeão e regressou à Holanda, antes de nova passagem pelos EUA. Terminou a carreira na Suíça.

Pelo seu país, 17 golos em 49 jogos, sendo a personificação do Futebol Total. Foi finalista vencido dos Mundiais de 1974 e 1978, e tal como o Brasil de 1984, a equipa que não venceu ficou mais conhecida do que a vencedora. Alcançou ainda o terceiro lugar no Europeu de 1976.

Finda carreira de jogador, tentou a sorte como treinador, sendo essencialmente assistente de compatriotas, estando no banco holandês como adjunto de Guus Hiddink.

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