A saída de Tem Hag já terá feito bem ao Manchester United. Com a liderança interina de Ruud Van Nistelrooy, o United goleou o Leicester por 5-2, ontem, para a Taça da Liga. Mas, mais semana menos semana, Ruben Amorim estará em Old Trafford.

Que United teremos? Antes de mais, a mudança deve ser de sistema. Amorim gosta do seu 3-4-3 e é de crer que mais tarde ou mais cedo o adote também na Premier League. Sendo certo que o plantel do United precisa de reforços e de uma grande restruturação, é preciso começar por algum lado.

A baliza será de Onana, sendo que olhando para o De Gea de hoje, em Florença, a sua continuidade teria sido bem mais interessante, mas isso já não conta. Na defesa a três, os nomes mais óbvios são De Ligt, Maguire e Martinez. Sobra Yoro, grande promessa, mas lesionado. Tendo em conta a forma como usou Reis ou Esgaio, homens como Dalot ou Shaw também podem ser adaptados ao trio. Lindelof também concorre e Amorim estará atento aos jovens da casa.

Nas alas, Mazraoui é a opção para fazer a ala direita. Na esquerda, Shaw é o candidato número um, sendo que esta parece ser uma das posições a necessitar de reforço. Para jogos em que seja necessário atacar mais, homens como Antony ou Garnacho podem fazer as alas, jogando uns metros atrás do normal. No centro, dúvidas. Para a posição mais defensiva, Casemiro é um nome mais sonante, mas Ugarte já trabalhou com Ruben e pode ter, por isso mesmo, uma pequena vantagem. Ao seu lado, pode atuar Bruno Fernandes ou o jovem Mainoo, avançado Bruno para a frente. McTominay que já não mora ali, seria um homem interessante para este esquema.

No ataque, se Mainoo jogar no meio-campo, Bruno, capitão, pode muito bem ser uma espécie de Pote. Médio ofensivo, descaído para uma ala e mais perto do golo. No centro, há uma cópia até ver barata de Gyokeres. Hojlund tem potencial, mas está longe de ser um avançado à altura do clube. Tal como Zirkzee. Mas um deles terá forçosamente que jogar, a não ser que Amorim opte por um ataque móvel a três, com Bruno, Garnacho e Rashford.

Na lista para o Natal, acredito que esteja um defesa-central, um médio, um ala esquerdo, um extremo e um avançado. Nos próximos mercados, a saída de homens como Maguire, Lindelof, Malacia ou Antony e chegada de mais craques, é obrigatória. A partir de agora, homens como Inácio, Diomande, Hjulmand, Pote ou Gyokeres estão na mira.

A informação oficial não é muita mas pelo fumo percebe-se que Amorim ruma mesmo a Manchester e Pereira será o senho que se segue. A boa notícia parece ser que Ruben orienta a equipa ante de Estrela e City, em casa e em Braga, numa curiosa despedida, num jogo entre os dois clubes que o lançaram. Depois, há paragem para compromissos internacionais e alguns dias para João Pereira trabalhar com os que não forem para as seleções. A sua estreia pode ser em casa, contra o Amarante, mesmo que 4 dias depois receba o Arsenal. 

Hjulmand e Gyokeres (2). 

O Real Madrid teve conhecimento de que Vini Jr. não seria eleito Bola de Ouro e boicotou a ida dos representantes do clube à cerimónia, que até consagrou um espanhol – Rodri – como vencedor. Se há coisa de que o Real Madrid não se pode queixar é de falta de Bolas de Ouro nas suas fileiras. Ronaldo, Modric ou Benzema foram agraciados nos últimos dez anos, por exemplo. É claro que Vini é um fabuloso jogador e é provável que ele e Mbappé sejam os vencedores dos próximos anos, mas Rodri, consistente e vencedor no clube e na seleção, é um justo vencedor. Parece ter sido um momento de “birra”. Terá mais valor a Bola no próximo ano, quando, previsivelmente o 7 ou o 9 do Real forem os grandes vencedores? Quantas mais hipóteses terá Carvajal de ser agraciado com o top-4 de melhores do mundo? Estará Bellingham no próximo ano no top-3?

O fumo é muito e é pouco provável que não haja fogo. Ruben Amorim vai trocar o Sporting pelo Manchester United e, pelo menos até fim da época, João Pereira será o seu substituto. É um choque que tal aconteça a meio da época. 

É claro que Amorim vai ter um ordenado ainda maior e percebe-se o atrativo desportivo de tentar melhorar o desempenho de um gigante adormecido, na melhor liga do mundo mas, a meu ver, esta mudança não aproveita a ninguém. Não creio que este seja o melhor clube para começar a carreira internacional. Não faltará dinheiro para reforçar a equipa, já em janeiro, mas haverá muito mais pressão e muitos menos paciência de estrutura, adeptos e imprensa, mesmo que o desafio pareça relativamente semelhante ao que encontrou quando chegou a Alvalade. 

O United também não beneficia. Apesar de bem mais simpático e agradável, qual é a diferença de Amorim para Ten Hag? Ambos deixam ligas periféricas para se mudar para Inglaterra. E o holandês levava consigo uma excelente campanha na Liga dos Campeões. Nesta fase, acredito que só um nome grande e consensual como Ancelotti, Klopp, Tuchel ou Zidane pudesse ter hipóteses de sucesso. 

Já o Sporting, líder do campeonato e bem lançado na Liga dos Campeões, fica sem o seu líder, poucas semanas depois de se saber que em breve, ficaria sem Diretor Desportivo. João Pereira nada fez para justificar a escolha. É uma fezada de Varandas e destas, apenas Amorim funcionou. Todos esperamos que volte a ter razão, mas é pouco provável. O resto de 2024-2025, que prometia ser uma época gloriosa, parece ser de reajuste de expetativas.

17 jogos, 11 golos e 7 assistências.

1. Rodri, Manchester City e Espanha

2. Vini Jr., Real Madrid e Brasil

3. Bellingham, Real Madrid e Inglaterra

4. Carvajal, Real Madrid e Espanha

5. Haaland, Manchester City e Noruega

6. Mbappé, PSG e França

7. Lautaro, Inter e Argentina

8. Yamal, Barcelona e Espanha

9. Kroos, Real Madrid e Alemanha

10. Kane, Bayern de Munique e Inglaterra

Ten Hag já não é treinador do Manchester United, naquela que é uma boa notícia para os adeptos do clube. Embora tenha vencido uma Taça de Inglaterra e uma Taça da Liga, o seu "mandato" fica marcado pela polémica com Cristiano Ronaldo, por contratações caríssimas que em nada resultaram, como as de Antony e sobretudo por um futebol fraco. Quem se segue?

Bela tarde/noite ontem no Calcio, contrariando a ideia de um futebol muito defensivo. No jogo da jornada, 4-4 entre Inter e Juventus. Marcou primeiro Piotr Zielinski, de grande penalidade, aos 15 minutos. Num jogo de loucos, a Juve virou rapidamente. Vlahovic fez o empate aos 2º minutos e pouco depois, Chico Conceição numa grande arrancada ofereceu o 1-2 a Tim Weah. O Inter chegaria ao intervalo a vencer, novamente. Mkhitaryan e novamente, Zielinski, novamente dos 9 metros, deram o 3-2. Dumfries fez o 4-2, no início da segunda parte. A Juventus chegou ao 4-4 com bis do mágico turco, Yildiz, saído do banco.

À noite, 5-1 da Fiorentina à Roma. Kean (2), Beltrán e Bove marcaram para os de Florença. Manu Koné fez o golo romano. Em estreia absoluta pela Roma, Hummels fez o 5-1, na própria baliza. Nesta jornada, houve ainda um 6-1 da Atalanta ao Hellas Verona.

Que fabuloso Barcelona, o de Hansi Flick, com poucas mudanças no elenco. Em poucos dias, o Barcelona, goleou o Bayern de Munique por 4-1, com três golos do capitão Raphinha, para a Liga dos Campeões e goleou o rival, Real, em Madrid, por 0-4, com bis de Lewandowski. A 28 de outubro, o Barça lidera La Liga com 11 jogos disputados, tendo mais 6 pontos do que o Real Madrid, e mais 9 do que o Villarreal. Nesses 11 jogos, o Barça leva 37 golos marcados (!!!), mesmo que tenha sofrido 10. Lewandowski, aos 36 anos, leva 14 golos na liga espanhola, após uma época mais apagada. Raphinha, esse, que esteve para ser vendido, leva 6 golos. Yamal e Raphinha levam 6 assistências, cada um. Na Liga dos Campeões, três jogos e 10 golos marcados. Derrota por 2-1 com o Mónaco e goleadas a Young Boys e Bayern.

Flick, alemão que nunca treinara em Espanha, deu nova vida a Lewandowski, que já conhecia dos tempos do Bayern e revitalizou ainda Raphinha. A juntar a talentos locais como Pedri, Gavi, Yamal ou Baldé, juntou a aposta contínua em Cubarsí, Casadó, Torre ou Pau Victor. Promete.

2024-2025 será uma época para Nuno Santos esquecer. Depois de perder a Supertaça, com um incidente na bancada, lesionou-se com gravidade em Famalicão e falha o resto da época. Foram 10 jogos, 1 golo e 1 assistência. Esperemos que possa ser titulado, mesmo sem jogar. Catamo, Maxi e Reis são os substitutos à vista. As melhoras! 

A sete jogos do fim do Brasileirão, o Borafogo lidera, com mais três pontos do que o campeão Palmeiras, que empatou a 2, em casa, com o Fortaleza, terceiro classificado. O Botafogo de Artur Jorge venceu o Red Bull Bragantino, fora, por 0-1, com um golo de Gregore, aos 86 minutos. Nada está garantido, mas um ano depois, o Borafogo dá sinais de vitalidade, que fazem com que os seus adeptos sonhem com o título. 

Gyokeres, Quenda e Inácio.

Se o Atlético MG tem um pé na final da Libertadores, o Botafogo tem pé e meio, depois de golear o Peñarol por 5-0. A primeira parte, sem golos, fez crer que seria um jogo equilibrado, algo que Igor Jesus e Savarino ajudaram, e muito, a mudar. Aos 51 minutos, o venezuelano Savarino, a passe de Luiz Henrique fez o 1-0. 5 minutos depois, o 2-0, pelo argentino Barbosa. Aos 60, o bis de Savarino e aos 74, Igor Jesus fez a segunda assistência da noite, desta vez, para o golo de Luiz Henrique. O próprio Igor Jesus fez o 5-0 final. Perspetiva-se uma final entre Botafogo e Atlético, a 30 de novembro, no Monumental, de Buenos Aires.

O Atlético Mineiro está muito perto da final da Libertadores. Na primeira mão das “meias”, o “Galo” venceu o poderoso River Plate por 3-0, com um bis de Deyverson (jogou em Portugal por Benfica B e Belenenses), que ainda assitiu Paulinho para o 3-0 final. A equipa treinada pelo antigo defesa Gabriel Milito, conta nas suas fileiras com o capitão Hulk, com o médio argentino Battaglia, ambos titulares e ainda com Alan Kardec, como caras conhecidas do futebol português. Já o River, novamente treinado por Marcelo Gallardo, está prestes a falhar a final. Campeão em 2013, com Ronaldinho, Tardelli ou Gilberto Silva, os mineiros procuram novo título. Hoje, é a vez do Botafogo discutir com o Peñarol a primeira mão da outra meia. Uma passagem do Fogão, significa mais uma final 100% brasileira após as edições de 2022, 2021, 2020, 2006 ou 2005.

Nuno Santos e Gyokeres. 

Harder (2)

Na dupla jornada da Liga das Nações, Portugal somou 4 pontos. Na Polónia, no sábado, 1-3. Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo deram o 0-2 ao intervalo, após uma das melhores primeiras partes dos últumos anos, feitos pela seleção portuguesa, com Rafael Leão e Nuno Mendes em grande destaque. Portugal, com Renato Veiga no 11, voltou menos intenso para a segunda parte e o 1-2 surgiria a 12 minutos do fim. Bednarek, na própria baliza, faria o 1-3 final. Ontem, 0-0 na Escócia, com muitas mudanças feitas por Martinez e sobretudo, muito desperdício.