Estoril 0 Sporting 3
Geny, Morita e Bragança
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Geny, Morita e Bragança
Artur Jorge, líder do Brasileirão, está nas meias-finais da Libertadores. Nesta madrugada empatou 1-1 no terreno do São Paulo, após um 0-0 na primeira mão e nas grandes penalidades, vitória por 4-5. Thiago Almada, campeão do mundo, adiantou o Botafogo logo aos 15 minutos, mas o seu compatriota Calleri empatou a partida e depois de uma confusão à sul-americana, o jogo seguiu para as grandes penalidades, com Néstor a ser o “vilão” do São Paulo. Aconteça o que acontecer, o Botafogo já igualou as suas melhores presenças na prova, depois de ter sido semifinalista em 1963 e 1973.
Como já aqui escrevi e é bom de ver, o mundo das camisolas de futebol tem sido dominado por uma boa dose de nostalgia. Depois de variados casos, é a vez do Inter de Milão apresentar um terceiro equipamento que presta homenagem ao passado, no caso, a um belo equipamento Umbro, usado em 1996-1997. E a Nike, que claramente tem estado atrás de adidas, Kappa ou Hummel, desta feita, fez uma obra prima.
A carreira de Enzo Zidane acabou aos 29 anos. Nascido em Bordeus em 1995, o filho mais velho de Zizou, carrega o nome de dois craques mundiais, o do pai, cujo percurso como jogador e treinador é um dos mais brilhantes de sempre e o de Enzo Francescoli, estrela uruguaia que o pai admira. E terá sido justamente o peso do nome a fazer com que a carreira de Enzo ficasse já por aqui. Com outro pai, Enzo continuaria a ser opção em equipas espanholas de segunda ou terceira categoria, divertindo-se e vivendo disso. Assim, sendo ainda por cima, médio, a comparação será constante e a pressão, imensa, mesmo que cedo se tenha percebido que a dinastia não continuaria ao mais alto nível. Enzo justifica a decisão com a vontade de passar mais tempo com as três filhas e de se dedicar aos negócios.
Enzo, que tem algum talento, fez a formação no Real Madrid e passou pela equipa B, o Castilla. Em 2016-2017 ainda fez um jogo e um golo pela equipa principal, para a Taça do Rei, com o pai no banco e Pepe, Casemiro, James ou Asensio em campo. Seguiram-se passagens pelo Alavés, Lausanne-Sport, Rayo Majadahonda, Desportivo das Aves, Almeria e Rodez. Curiosamente a sua última época, 2023-2024, foi a sua melhor, com 29 jogos e 1 golo pelo Fuenlabrada.
Zidane é ainda pai de Luca, de 26 anos, atual guarda-redes do Granada. Formou-se também no Real Madrid e tem passado, com algum sucesso por clubes espanhóis como Eibar ou Rayo Vallecano; de Theo, de 22 anos, médio a jogar no Córboba, após se formar na academia do Real Madrid e de Élyaz, defesa-central de 18 anos, a atuar no Bétis B, depois de também ter passado pelo Real.
8 jogos
11 golos
3 assistências
8 jogos
7 vitórias consecutivas
27 golos marcados
6 golos sofridos
Depois de uma grande campanha na época passada e de ter "morrido" na praia, o Botafogo, agora liderado por Artur Jorge está a mostrar que é um projeto sólido e está novamente na luta pelo Brasileirão, que lhe escapa desde 1995. Na 27.ª jornada, o Fogão venceu o Fluminense por 0-1, com golo de Luiz Henrique, ao quinto minuto de tempo extra. O Botafogo, que ainda está na Libertadores e pode apurar-se para as meias-finais esta semana, parte para a reta final do campeonato brasileiro com mais três pontos do que o Palmeiras, que lhe roubou a glória há cerca de um ano. A verdade é que o "clube da estrela solitária" parece ser uma equipa melhor esta época, com vários novos jogadores de qualidade, mas sobretudo sem mudanças no banco.
Harder e Gyokeres (2)
Aos 59 anos, morreu Salvatore Totò Schillaci, melhor marcador do Mundial de 1990, jogado na sua Itália natal. O antigo avançado sofria há mais de dois anos de uma doença oncologica. Nascido em 1964, em Palermo, seria no Messina que começaria a dar nas vistas. De 1982 a 1989, vencendo um campeonato na Série C e outro da Série C2, marcando 61 golos em 219 jogos. Aos 25 anos, saltou para a Série A e para a poderosa Juventus, onde se apresentou com 22 golos e encontrou Rui Barros. Chegou ao Mundial com a conquista da Taça UEFA e a Taça de Itália no bolso. Ficou mais dois anos em Turim, sem a mesma chama. Fez apenas mais 15 golos em dois anos e zero títulos.
Fez uma curta viagem até Milão, defendendo o Inter em 36 jogos, marcando por 13 vezes. Ainda venceu uma segunda Taça UEFA e saiu para a liga japonesa. De 1994 a 1997 jogou na J-League, defendendo o Jubilo Iwata e marcando 65 vezes em 92 jogos. Venceu um campeonato.
Por Itália, fez apenas 17 jogos e 7 golos, mas 6 destes golos foram no Mundial de 1990.
Gyokeres e Debast
Gyokeres, Pote e Trincão
Miguel Veloso terminou a carreira e de imediato assumiu funções como treinador adjunto no Pisa, último clube que representou. Filho de uma grande figura do Benfica, Miguel acabaria dispensado do (possivelmente) clube do coração e adotado pelo grande rival Sporting. Por lá, como médio defensivo, teve sucesso. Começou nas camadas jovens, sendo campeão de juniores ao lado de Djaló ou Nani, treinado por Paulo Bento que, quando subiu à equipa A, levou Miguel e vários colegas consigo.
Esteve uma época no Olivais e Moscavide, assumindo-se como a estrela da companhia, sendo o homem mais utilizado e o melhor marcador. Em 2006-2007, fixou-se no losango de meio campo de Bento no Sporting, dividindo o espaço com Moutinho, Custódio, Martins ou Romagnoli. Na estreia, foi à Liga dos Campeões e ajudou a vencer uma Taça de Portugal. Ficou a um ponto do campeão FCP, no ano em que o Sporting perdeu em casa, com um golo com a mão de Rony, do Paços. No ano seguinte, mais uma época de sucesso pessoal e de conquistas: Supertaça e Taça. No terceiro ano, mais uma Supertaça e no quarto e último, a única época sem título e com Paulo Bento a sair.
Em 2010, os primeiros anos em Itália. Passou duas épocas no Génova, convivendo com Kaladze, Rafinha, Luca Toni, Gillardino ou Palacio. Com a descida da sua equipa à Série B, acabou por aceitar mudar-se para o Dínamo de Kiev, gigante da liga ucraniana. Venceu dois campeonatos e duas taças e encontrou alguns dos melhores ucranianos de sempre além do compatriota Antunes. Em 2016 regressou a Itália e ao Génova, passando mais 3 épocas por lá. Esteve 4 anos no Hellas Verona e 2023-2024 no Pisa, da Série B, foi o seu último clube, treinado por Aquiliani, que também jogou em Alvalade.
Por Portugal, 56 jogos e 3 golos. Esteve nos Euros 2008 e 2012 e nos Mundiais de 2010 e 2014. Ronaldo, Quaresma, Nani ou Pepe foram alguns dos seus companheiros. Pelas camadas jovens, 12 golos em 61 jogos, tendo sido campeão europeu de sub-17 em 2003 em Portugal, ao lado de Saleiro, Gama, Moutinho ou Vieirinha.
Dois jogos na Liga das Nações, duas vitórias. Primeiro, um 2-0 à Croácia, com o golo 900 de Ronaldo na carreira e mais um de Dalot e ontem, 2-1 à Escócia com mais um de Ronaldo e um de Fernandes, que ontem se fez trintão. Tudo parece estar bem. Está? Factualmente, sim. Portugal soma por vitórias os jogos disputados e a casa cheia (porque se jogou duas vezes na Luz?) dá a sensação de que o país está com a sua seleção. Mas nem tudo corre bem. As exibições são pálidas, sobretudo quando se tem ao serviço alguns dos melhores que Portugal já viu. E na hora de renovar ou mudar qualquer coisa, a novidade não sai da lista nem do banco. O que trazem de novo à seleção, Trincão, Pote, Quenda, Tiago Santos ou Renato Veiga? Ninguém sabe. Não jogam.
É natural e justa a discussão em torno da continuidade de Cristiano Ronaldo na seleção e até no futebol ativo, ele que é o melhor português de sempre e que na luta pelo melhor de sempre a jogar o jogo, estará sempre na discussão. Mas a verdade é que CR7 continua a jogar e ontem, ao serviço da seleção, alcançou mais um número impressionante: 900 golos. E como o próprio afirma, os seus 900 golos têm todos registo. Estão filmados, ao contrário dos casos de Pelé ou Romário. Mas CR não precisa de se comparar, mesmo que não chegue aos 1000 tentos. O seu primeiro golo como sénior foi há 22 anos, em Alvalade, com a camisola do Sporting, frente ao Moreirense. Pelo Sporting, marcou 5 golos. No Manchester United, marcou 145; em Madrid, 450 e em Turim, 101. Vai nos 68 pelo Al Nassr e nos 131 por Portugal. É obra!