Depois de 11 vitórias consecutivas, Portugal perdeu um jogo. Uma equipa experiente (com Pepe, Danilo, Cancelo, Félix ou Ronaldo) mas apática acabou por ser presa fácil para uma Eslovénia com mais vontade. 

A história repetiu-se e a Ucrânia está no Euro 2024. Já nas meias-finais do play-off, a Ucrânia tinha virado o resultado e superado a Bósnia, com dois golos em três minutos. Hoje, a jogar em “casa” (na Polónia), viu-se a perder com a Islândia, mas Viktor Tsygankov fez o empate. Mudryk foi o herói da noite. A Ucrânia vai juntar-se a Bélgica, Eslováquia e Roménia no Grupo E.

Noite histórica! A Geórgia está no Euro 2024, depois de eliminar a Grécia, e vai participar numa grande competição de seleções, pela primeira vez na sua história. Em Tbilisi, 0-0 ao fim de longos 120 minutos e nas grandes penalidades, 4-3 para os georgianos, treinados por Willy Sagnol, antigo internacional francês e jogador de clubes como Mónaco e Bayern de Munique. Khvicha Kvaratskhelia (saiu aos 109 minutos) e companhia vão jogar com Portugal, Chéquia e Turquia.

Portugal defronta hoje a Eslovénia, pela primeira vez na história. É uma boa altura para lembrar os eslovenos que já passaram pelo nosso futebol. O destaque é, claro, Zahovic. Zlatko Zahovic, hoje com 53 anos, chegou a Portugal em 1993 para três épocas no Vitória. Fez 86 jogos e 14 golos, mudando-se depois para o FCP. Nas Antas, estreou-se com 9 golos e 7 assistências, tendo sido campeão e vencedor da Supertaça. Na Liga dos Campeões, ajudou o clube a vencer o grupo, tendo sido titular na mítica vitória por 2-3 em San Siro. Foram dele as assistências para os dois golos de Jardel. Na segunda época, 11 golos, 4 assistência e mais um Campeonato e uma Taça. Na última época no Porto, 22 golos e 8 assistências. E mais um Campeonato e uma Supertaça. Depois de um ano no Olympiacos (foi campeão) e de outro no Valência (chegou à final da Liga dos Campeões). Regressou a Portugal para quatro anos no Benfica. Fez 20 golos, 20 assistências e conquistou um Campeonato e uma Taça. Pelo seu país, fez 80 jogos e 35 golos. Esteve no Euro 2000, onde marcou 3 golos e no Mundial 2002.

Também pelo FCP jogou Pavlin. Miran Pavlin, hoje com 52 anos, jogou 63 vezes (5 golos) pela Eslovénia. Em 2000 reforçou o meio-campo do FCP, vindo da Alemanha. Passou por cá dois anos, marcando 1 golo em 22 jogos. Venceu uma Taça e uma Supertaça e saiu sem deixar grande marca.

Voltando a homens que deixaram uma marca profunda, é impossível esquecer o guarda-redes Jan Oblak. O guardião chegou a Portugal em 2010 e passou por empréstimos a Beira Mar, Olhanense, União de Leiria e Rio Ave (chegou a ter a concorrência de Ederson em Vila do Conde). Fixou-se no Benfica apenas em 2013 e passou só um ano na Luz. Venceu o Campeonato, Taça de Portugal e Taça da Liga e foi à final da Taça UEFA. Está no Atlético de Madrid desde 2014 e é um dos melhores keepers do mundo. Soma 63 jogos pelo seu país.

Andraz Sporar, avançado que já fez 11 golos pela Eslovénia, chegou ao Sporting em janeiro de 2020 para marcar 7 golos na primeira meia época. Fez mais 4 golos na época em que o Sporting foi campeão (já não estava em Lisboa para a festa) e antes de ser emprestado ao Braga (3 golos) venceu a Taça da Liga. Já pelo Braga, venceu a Taça de Portugal. Passou um ano na segunda divisão inglesa e está na segunda época no Panathinaikos.

Amir Feratovic, defesa, ainda sem internacionalizações, joga hoje no Adana Demirspor mas no ano passado dividiu a época entre o Estrela da Amadora e o Benfica B.

Faltam três equipas para o alinhamento do Euro 2024 estar completo. Ontem caíram Finlândia, Estónia, Bósnia, Israel, Luxemburgo e Cazaquistão. Na terça-feira, há três “finais”. Na Georgia, a equipa da casa discute com a Grécia quem vai para o grupo de Portugal, Chéquia e Turquia. No País de Gales, confronto com a Polónia e a Ucrânia vai discutir a última vaga com a Islândia. A curiosidade maior é saber se a Geórgia se vai estrear numa grande competição e se Mamardashvili (Valência) e Khvicha Kvaratskhelia (Nápoles) vão jogar o Euro 2024. 

Portugal venceu a Suécia por 5-2 e Roberto Martinez soma 11 vitória em 11 jogos ao comando de Portugal. Ao contrário do que eu previa, o selecionador não facilitou e avançou com um 11 sólido e experiente e nem a vencer com facilidade, rodou muito a equipa. Patrício, Semedo, Pepe, Dias e Mendes; Nunes, Palhinha e Fernandes; Bernardo, Ramos e Leão foram os escolhidos, tendo depois entrado Silva, Toti, João Mário, Bruma, Neves e Jota. Ao intervalo já estava 3-0, graças a golos de Leão, Nunes e Fernandes (o melhor em campo). Na segunda parte, Bruma, entrado ao intervalo tal como Silva e Toti, fez o 4-0. Gyokeres, bem marcado, não fez muito, mas ainda reduziu para 4-1. Ramos e Gustaf Nilsson fizeram o 5-2 final. Jota foi a única estreia. Conceição, Mota e Leite aguardam a estreia.

Segue-se a visita à Eslovénia, com uma troca no plantel. Saem Bernardo, Ruben, Palhinha, Semedo, Toti, Leão, Fernandes e Ramos e entram Ronaldo, Félix, Otávio, Ruben Neves, Vitinha, Danilo, Dalot e Cancelo.

Portugal joga hoje em Guimarães, contra a Suécia de Gyokeres e é quase certo que vai ser noites de estreias. Na baliza, sem Costa, Sá, normalmente terceira opção, pode ter oportunidade de somar a sua segunda internacionalização, eles que é chamado com frequência aos trabalhos e já esteve até no Mundial. Com tantos centrais convocados, não é de admirar que Martinez aposte, mais uma vez, num 3-4-3. Assim, aposto em Pepe, Dias e Inácio como titulares, podendo Silva, Leite e Toti entrarem na segunda parte. Nas alas devem começar João Mário e Nuno Mendes, num jogo que seria interessante para se ver Nuno Santos que foi ignorado. No centro, é previsível que haja um homem defensivo – Palhinha – e um ofensivo – Fernandes. Semedo e Nunes têm utilização quase garantida, a partir do banco. No ataque, não admira se logo de início se estreia Jota Silva e até Francisco Conceição. A bem do equilíbrio, é normal que, ou Bernardo ou Leão, mais habituados a jogar pela seleção, joguem de início. Bruma e Dany Mota também terão minutos. Ou seja, em Guimarães é provável que Jota, Conceição e Mota sejam os novos internacionais A de Portugal.

Do outro lado, as atenções estão em Gyokeres, estrela do futebol português. Mas Portugal não pode distrair-se apenas a olhar para o sportinguista. É que  Isak, Forsberg ou Kulusevsky também estão ao serviço de Jon Dahl Tomasson, que no seu tempo também fez muitos estragos pela Europa fora.

António Pacheco morreu, com apenas 57 anos. Extremo algarvio, foi internacional por Portugal e defendeu Benfica e Sporting. Nascido em Portimão, Pacheco jogou pelo Torralta (também de Portimão), Portimonense e novamente pelo Torralta, onde se fez sénior. Em 1986-1987 estreou-se na primeira divisão pelo Portimonense, ao lado de Alhinho, Barão ou Forbs. A época correu-lhe tão bem que se mudou para a Luz.

Esteve seis anos no Benfica vencendo dois campeonatos, uma taça e uma supertaça. Logo na estreia, foi à final da Liga dos Campeões, perdida para o PSV. Já com Eriksen em vez de Toni, iria a nova final, perdendo-a desta vez para o Milan. Fez 162 jogos pelo Benfica, convivendo com inúmeros craques.

No chamado Verão Quente de 1993, mudou-se para o Sporting, com Paulo Sousa. João Pinto terá sido convencido, mas voltou atrás e ficou. O sporting terá aproveitado as dificuldades financeiras do Benfica. Em Alvalade, apenas uma Taça na segunda de duas épocas e apenas algum brilho na primeira, devido a lesões.

Seguiram-se Belenenses, Reggiana, Santa Clara, Atlético, Estoril e regresso ao Atlético, onde terminou a carreira, em 2001. Jogou 6 vezes pela seleção A de Portugal. Estreou-se na Luz, num 1-1 com a Bélgica em fevereiro de 1989 e despediu-se nas Antes, num 1-1 com a Áustria, em setembro de 1991.

Teve uma curta carreira como treinador, no Atlético e Portimonense.