João Félix é um talento que tem tido pouca sorte e acerto desde que saiu do Benfica. O caso começou torto. Félix custou mais de 120 milhões ao Atlético de Madrid. Primeiro, qualquer jogador que custe esse montante tem de ser um verdadeiro ET. Félix não o é. Não é nem nunca será um Messi ou Ronaldo, como quase nenhum jogador. Em segundo lugar, mudou-se para um clube sem o mesmo hábito de vencer que Félix trazia do Benfica, desde as camadas jovens. O Atlético corre sempre atrás de Real e Barça. Em terceiro lugar, o maior problema, diria. O Atlético de Simeone é uma equipa conservadora, muitas vezes física e defensiva, como Félix não é.

Após altos e baixos, foi emprestado ao Chelsea, onde também não vingou. Este verão, declarou publicamente o seu amor ao Barcelona, o que obviamente e justamente caiu mal no Atlético, e acabou mesmo por se mudar para a Catalunha. Começou bem, mas foi perdendo espaço e a esta altura, parece pouco provável que o falido Barça gaste uma fortuna no português que, ai regressa ao Atlético ou é emprestado a outro clube.

Félix apanhou três clubes em maus momentos ou que não lhe eram favoráveis. O Atlético defensivo e Chelsea e Barcelona, em crise. Mas, dá ideia de que também não faz o suficiente para se adaptar às novas realidades. Aos 24 anos, tem muito futebol pela frente mas, mesmo com a presença na seleção garantida (mesmo quando não joga ou é suplente), precisa de encontrar um poiso duradouro.

Golos por competição

Liga - 63

Taça de Portugal - 18

Taça da Liga - 6

Liga Europa - 14 

Golos por jogador

Gyokeres - 30

Paulinho e Pote - 13

Trincão - 7

Edwards e Coates - 6

Nuno Santos  - 5 

Inácio e Bragança 4 

Geny - 3 

Diomande, Morita e Hjulmand  - 2

Neto e Quaresma - 1

Noite terrível para o Sporting numa Vila do Conde chuvosa e ventosa. Já savendo da goleada do Benfica ao Portimonense e do empate do FCP no campo do Gil Vicente, o Sporting entrou com Diomande no lugar de Quaresma e com Geny, Morita, Santos e Pote de regresso ao onze. O Sporting tentou dominar desde o início, mas acabou surpreendido por um belo remate de Úmaro Embaló, logo aos 3 minutos. Antes dos 10 minutos, Hjulmand, num belo remate de fora da área fez o empate e quando, a poucos minutos do intervalo, Gyokeres aproveitou uma “oferta” de um adversário para atirar para o seu 30.º golo na época, pensou-se que o Sporting venceria, com alguma tranquilidade. Mas nos descontos, erro de Nuno Santos, grande penalidade e o 2-2, por Aziz.

Na segunda parte, já sem Inácio, o primeiro lesionado da noite (depois seria Trincão e a dupla está em dúvida para a receção ao Benfica), foi o Rio Ave a entrar bem melhor e a dominar. O 3-2 para os da casa surgiria a castigar péssima saída de Adán da baliza e a fazer óbvia falta. Aziz, dos mesmos 9 metros de que já marcara, fez o 4.º golo da época pelo Rio Ave, ele que só chegou já em janeiro. O máximo que o Sporting conseguiu foi o empate, por Coates, que, sem Paulinho, foi aposta para jogar com Gyokeres na frente.

Péssima noite a norte, com perda de 2 pontos, caída para o segundo lugar (com um jogo a menos) a 2 pontos do Benfica e lesão de dois titulares. O leão teve ainda razão de queixa da arbitragem, mas deve culpar-se a si pelo deslize. Venha a Taça!

O Sporting vai reencontrar a Atalanta nos oitavos de final da Liga Europa, após um primeiro duplo confronto na fase de grupos. A primeira mão é em Lisboa, já a 5 de março, o que coloca em risco a receção ao Farense, que estava prevista para dia 3.

Campeonato e risco de ficar com dois jogos a menos à parte, o sorteio foi relativamente simpático para o Sporting que evitou Liverpool e Leverkusen. A 5 e outubro, o Sporting perdeu em casa com a Atalanta, num jogo pareceu entrar tolhido, mas no qual dominou a segunda parte. O 1-2 pareceu “mentiroso”. Em Bérgamo, o resultado foi 1-1. O Sporting parte para a eliminatória com pelo menos 50% de hipóteses de seguir em frente.

Como se esperava, o Sporting está nos oitavos da Liga Europa. E, também como se esperava, o Young Boys, de Berna, veio a Alvalade mostrar muito pouco futebol. O que não se esperava era um empate. Amorim rodou um pouco a equipa, dando descanso a Coates, Geny, Santos, Morita e Pote, todos prováveis titulares no domingo, em Vila do Conde e o Sporting, mesmo em ritmo baixo, dominou toda a partida. O ritmo leonino desceu ainda mais quando Gyokeres fez o 1-0 e o 4-1 na eliminatória. Depois, um festival de golos falhados, com destaque para a incapacidade de Edwards fazer o segundo, de baliza aberta. Na segunda parte, mais do mesmo, com Bragança a assumir o papel de rei do desperdício. Gyokeres até falhou uma grande penalidade (e foi imediatamente incentivado pelas bancadas) mas o segundo golo da noite seria das “abelhas” de Berna. De penalty, Ganvoula fez o 1-1 final. Nas bancadas, quase 30 mil. Daqui a nada, há sorteio podendo sair ao Sporting os tubarões Liverpool ou Leverkusen ou boas equipas, como Brighton, Villarreal ou West Ham. 

Aos 78 anos, morreu Artur Jorge, ponta-de-lança do Benfica e FCP e campeão europeu pelos portistas. Nascido no Porto, foi no FCP que se estreou como sénior, tendo pouco depois rumado a Coimbra, para 4 anos com muitos golos (94), pela Académica. Seguiram-se 6 anos no Benfica e mais de 100 golos. Passou ainda pelos Belenenses e teve uma experiência nos EUA. Jogou 16 vezes por Portugal marcando uma vez, ao Chipre.

Destacou-se ainda mais como treinador. Começou como adjunto de Pedroto em Guimarães e, um ano depois, estava a treinar o Portimonense. Em 1984 regressou às Antas. Na primeira época, foi campeão e venceu a Supertaça. Contava com Gomes, Futre, Frasco, Vermelhinho e Jaime Magalhães, entre outros. No ano seguinte, já com Madjer, voltou a ser campeão. A glória maior viria em 1986-1987. Venceu a supertaça portuguesa e, no fim da época, venceu a Liga dos Campeões, na mítica final de Viena, ante do Bayern, claro favorito. O calcanhar de Madjer e Juary coroaram a noite.

Seguiu-se a primeira aventura francesa. Juntou-se ao Matra Racing, de Paris, que contava com Enzo Francescoli, Pierre Littbarski ou Luis Fernandez. Duas épocas depois, regressou ao FCP, para mais 3 épocas, vencendo mais um campeonato, taça e supertaça, apanhando Kostadinov, Domingos, Jorge Couto, Fernando Couto ou Vítor Baía. Foi selecionador nacional, brevemente

Regressou a Paris para orientar o PSG. De 1991 a 1994 a sua casa foi o Parc Des Princes. Em 1992-1993, venceu a Taça de França, num 3-0 ao Nantes de Makelele, Pedros ou Loko. Foi, ainda vice-campeão francês, ficando a 4 pontos do Marselha. Na Europa, chegou às meias-finais da Taça UEFA, caindo aos pés da Juventus, vencedora final. Na época seguinte, foi campeão. Lama, Roche, Ricardo Gomes, Raí, Valdo, Le Guen, Ginola e Weah eram algumas das estrelas ao seu dispor. Foi às “meias” da Taça das Taças, perdendo para o Arsenal, que venceu a prova.

Regressou a Portugal para treinar o Benfica, sem grande sucesso. Comandou a Suíça no Euro 1996; voltou a ser selecionador nacional e passou também sem deixar marca por Tenerife e Vitesse. Regressou ao PSG para mais um ano e mais um título, a supertaça, com uma equipa bem menos interessante do que a da sua primeira passagem. Venceu a liga saudita muito antes de estar na moda, salvou a Académica da descida e treinou os Camarões. Morreu um grande jogador e um grande treinador.

Copenhaga 1 Manchester City 3

Leipzig 0 Real Madrid 1

PSG 2 Real Sociedad 0

Lázio 1 Bayern Munique 0

Inter 1 Atlético Madrid 0

PSV 1 Borussia Dortmund 1

Nápoles 1 Barcelona 1

FC Porto 1 Arsenal 0

A novela em torno de Mbappé, putativo futuro melhor jogador do mundo, estará a acabar. Ao que parece, o avançado francês vai mesmo deixar o PSG a custo zero e reforçar o Real Madrid, onde encontrará um novo desafio e o terceiro clube da carreira. Escreve-se que o 7 do PSG será apresentado em Madrid no verão. Daqui a pouco tempo, o Real contará com um ataque móvel de qualidade mundial, com Vini e Rodrygo a apoiarem Mbappé.

Aos 25 anos, já venceu um Mundial pela sua seleção, além de uma Liga das Nações e 14 títulos locais, 13 pelo PSG. É quase certo que vencerá, pelo menos, mais um antes de deixar Paris. Mas, dificilmente um jogador da Ligue 1 vence a Bola de Ouro e dificilmente Mbappé, após 9 épocas teria mais espaço para evoluir.

Resta esperar que não seja demasiado tarde e que o francês tenha em si a motivação para lutar por ser um dos melhores do mundo, ou mesmo o melhor. Acredito que assim será. Além do Real, também a Liga Espanhola, órfã de Messi e Ronaldo, voltará a ter uma grande figura mundial. Resta ver como pode o Barça responder a esta grande contratação. Certo é que só anúncio de Haaland como blaugrana poderia equilibrar os pratos, mas em crise financeira e a construir um novíssimo estádio é praticamente impossível ao Barcelona sonhar com tal jogada.