Antes de Real Madrid, Inter ou Milan, o primeiro clube de Clarence Seedord fora da Holanda foi a…Sampdória. No verão de 1995, após ter ajudado o seu Ajax de sempre a vencer a Liga dos Campeões, aceitou mudar-se para Génova, para aquele que ainda era o melhor campeonato do mundo, mesmo que não tenha entrado pela porta da Juventus, Milan ou Inter.

O jovem médio juntou-se a Mancini, Chiesa ou Karembeau para 34 jogos e 4 golos. A Samp não passou do oitavo lugar e no seguinte já Seedord vestia a camisola número 10 do Real Madrid. Em 2000, regressou a Itália para dois anos e meio no Inter e dez no Milan.

Para o Botafogo a situação tem pouca graça, mas para a competitividade do campeonato brasileiro, são boas notícias. Nos últimos segundos, o Bragantino marcou, empatou o Botafogo e o clube que foi orientado por Luís Castro perdeu a liderança após 30 jornadas. A cinco jogos do fim, o Botafogo tem menos um ponto do que o Palmeiras, com um jogo a menos. Forteleza, Santos, Coritiba, Cruzeiro e Internacional são as equipas que estão no caminho do título do Fogão. Também Tiquinho, melhor marcador do Brasileirão durante quase toda a prova, foi superado nesta jornada por Paulinho, extremo do Atlético Mineiro que já passou pelo Leverkusen. Neste momento, o Palmeiras tem 62 pontos; o Botafogo, 60; Grémio e Bragantino, 59 e Flamengo e Atlético Mineiro, 57.

O Sporting perdeu na Luz e com isso, perdeu a liderança isolada do campeonato e apesar de ter os mesmos pontos do que o rival de ontem, perdeu até o primeiro lugar, tendo descido para o segundo. Nada está ganho ou perdido, mas vencer um derby é sempre motivador, ainda para mais nos últimos segundos, tal como é desmotivador para os leões.

A insistência benfiquista em jogar em 3-4-3 com Neves e Aursnes nas alas fazia crer que o Sporting, teoricamente em melhor fase, teria vida facilitada, após a má exibição em San Sebastian, com um esquema semelhante. Mentira. Foi o Benfica a dominar o início do jogo e apenas o desacerto e Adán evitaram o golo. O Sporting, com Morita e Gyokeres regressados, começou aos poucos a equilibrar a partida e acabou por marcar primeiro. Um grande pontapé de Gyokeres bateu Trubin. O Sporting, ao marcar em cima do apito, o que galvanizou equipa e adeptos.

E na segunda parte parecia que o segundo golo do Sporting estava mais perto do que o empate, mesmo depois de Inácio levar o segundo amarelo. O Sporting com 10 bateu-se bem e era o Benfica que parecia não ter ideias nem capacidade para mais. Mas quem marcou foi o Benfica e por duas vezes. Nos sete minutos de desconto, Neves e Tengstedt fizeram a felicidade do Benfica. Primeiro Neves, aos 93 minutos, já com Trubin na área leonina, a fazer um belo golo. Aos 97, foi a vez de Tengstedt encostar. A emoção viveu-se até ao fim, até o VAR validar o golo que o assistente começou por invalidar.

Resta esperar pelo próximo jogo e tentar regressar ao topo o mais depressa possível.