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Visão do Peão

Visão do Peão

Qua | 04.10.23

4-1 ao PSG

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (7).pngNo regresso à Champions League, o Newcastle United, gigante adormecido, com um olho aberto nos últimos anos, empatou em San Siro. À segunda jornada, bateu o multimilionário PSG por 4-1, numa das maiores alegrias que os adeptos do clube nordeste de Inglaterra tiveram nos últimos anos. O Newcastle lidera agora um grupo onde estão gigantes como Milan, Dortmund e PSG.

Esta será a maior noite europeia de Newcastle desde o 3-2 ao Barcelona em 1997, com Asprilla a ser o herói da noite. Hoje, Almirón, extremo paraguaio e Burn, o primeiro filho da cidade a marcar, deram o 2-0, ao intercalo. Sean Longstaff, o outro filho da cidade, fez o 3-0, pouco depois do intervalo, vendo Lucas Hernandez fazer o golo de honra dos franceses. Schar, ao cair do pano, fez um grande golo e carimbou uma grande vitória geordie.

O Newcastle, diz-se, tem os donos mais ricos do mundo do futebol, mas tem feito um trabalho gradual. Contratou Eddie Howe em vez de um nome grande do futebol mundial e o inglês tem feito trabalho fabuloso, indo fazendo contratações cirúrgicas como as de Isak, Barnes, Livramento, Botman, Tonali ou Gordon e até modestas como a de Burn. Mas passo a passo, o Newcastle tem subido na tabela e feito exibições sólidas. Um clube a acompanhar.

Qua | 04.10.23

Lage deixa Botafogo

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (6).pngBruno Lage já não é treinador do Botafogo, após nunca ter convencido os adeptos e após um período de cinco jogos sem vencer, mesmo que o clube se mantenha no topo da tabela, com mais sete pontos do que o Bragantino, de Pedro Caixinha e mais oito do que Palmeiras e Grémio. A época tem sido de sonho, com o clube, orientado por Luís Castro e na transição por Cláudio Caçapa, a liderar a prova desde o início. Neste momento, o Botafogo leva 16 vitórias, 4 empates e 5 derrotas e conta com o melhor ataque (40 golos) a par do Grémio. Veremos quem rende Lage, mas o sonho de ser campeão 28 anos depois e apenas pela terceira vez na sua história (depois de 1995 e 1968), está de pé, a 13 jogos do fim. Este ano, a figura da equipa é Tiquinho Soares, ex-FCP, Vitória e Nacional, que lidera a tabela dos artilheiros, com 14 golos.

 

Qua | 04.10.23

Adelino Batista

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (6).png

Adelino Batista, nascido em Angola, tornou-se no segundo Jordão mais conhecido do nosso futebol. Veio cedo para Portugal e para os arredores de Lisboa, fazendo formação no Massamá e no Estrela da Amadora, estreando-se como sénior no clube da Reboleira. Suplente de Agatão ou Paulo Bento, jogou pouco no primeiro ano, estando em 3 jogos e marcando 1 golo (ao Gil Vicente, para a Taça). Mais 21 jogos e 3 golos em duas épocas e foi emprestado.  No Campomaiorense não jogou muito, mas em 1994-1995, aos 23 anos, com Sérgio Conceição, Earl, Constantino ou Serifo foi campeão da segunda divisão (já o tinha sido uma vez pelo Estrela, sem o mesmo peso na equipa) e assumiu-se como titular. Finalmente impôs-se no Estrela, fazendo 64 jogos e 5 golos em duas épocas, sob o comando de Fernando Santos.

Chamou a atenção do Benfica e subiu na carreira. Num meio campo com Calado, Hugo Leal ou Amaral pouco jogou e passada meia época acabou a estadia na Luz. Seguiu-se Braga onde voltou a ser determinante, em duas épocas e meia. Aos 29 anos, mudou-se para Inglaterra, passando três anos no WBA.  Aos 32 anos, regressou ao Estrela para mais quatro anos.

Qua | 04.10.23

Para vai o United?

Francisco Chaveiro Reis

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O que melhorou o Manchester United com Erik Tem Hag? O holandês vai no segundo ano no banco do gigante inglês e parece acumular largos milhões gastos em opções duvidosas (Onana, Martinez ou Antony), conflitos com jogadores (Ronaldo e Sancho) e…derrotas. Ontem, perdeu em casa por 2-3 com o Galatasary, dias depois de ter perdido em casa, com o Crystal Palace. E já perdera esta época com Bayern de Munique, Brighton, Arsenal e Tottenham. O United está a léguas da concorrência e é difícil imaginar a maior parte dos seus jogadores a terem minutos em clubes como City, Liverpool ou mesmo Tottenham. Para onde vai o clube de Old Trafford, antes sinónimo de vitórias?

Ter | 03.10.23

Braga vence em Berlim

Francisco Chaveiro Reis

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Sheraldo Becker em 7 minutos colocou o Sporting de Braga a perder por 2-0, no imponente Estádio Olímpico de Berlim, onde quase 80 mil puxavam pelo União local, em dia feriado na Alemanha. Mas o Braga não desistiu e na luta pelo terceiro lugar do grupo, que tem Real Madrid e Nápoles, chegou ao empate. Ainda na primeira parte, Niakaté fez o 2-1 e pouco depois do intervalo, golaço de Bruma (6 golo em 12 jogos esta época) e o 2-2 que parecia final. Do banco bracarense saíram homens experientes como Moutinho ou Castro, naquela que parecia uma tentativa de segurar o empate. Não foi. Aos 35 anos, André Castro fez o 2-3 final, com um grande golo e o Braga venceu.

Ter | 03.10.23

Aloísio

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (3).pngCampeão do mundo de sub-20, Aloísio, camisola 4, liderou a defesa do Porto por dez anos, vencendo 19 títulos. Aloísio, hoje com 60 anos, estreou-se pelo GE Brasil, mas foi no Inter de Porto Alegre que mais se destacou, sobretudo entre 1985 e 1988. Mais de 100 jogos depois, foi contratado pelo Barcelona, sendo treinado por Cruyff. Fez 38 jogos na primeira época, com Zubizarreta, Eusebio Sacristan, Bakero, Milla, Lineker, Salinas, Valverde ou Txiki Begiristáin. Venceu a Taça das Taças (2-0 à Sampdória em Berna). No ano seguinte, mais 30 jogos já com Michael Laudrup, Ronald Koeman ou Amor. Venceu a Taça do Rei, num 2-0 ao Real Madrid.

Aos 27 anos, em 1990, aterrou no Porto. Foram 474 jogos, 18 golos e 19 títulos (7 campeonatos, 5 taças e 7 supertaças). Fez companhia a Geraldão, Fernando Couto ou Jorge Costa. Esteve em momentos de glória como a conquista de cinco campeonatos consecutivos, entre 1995 e 1999. Foi treinado por Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Tomislav Ivic, Bobby Robson, António Oliveira e Fernando Santos e dividiu balneário com lendas do clube como Baía, João Pinto, Paulinho Santos, Drulovic, Domingos ou Jardel.

Pela primeira seleção do Brasil, jogou seis vezes, em amigáveis, todos em 1988. Em 1983, no México, foi campeão mundial de sub-20, com Jorginho, Dunga e Bebeto, que seriam campeões de séniores em 1994.

Seg | 02.10.23

Edmílson Pimenta

Francisco Chaveiro Reis

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Edmilson Pimenta, avançado móvel, teve sucesso no Salgueiros, FCP e Sporting. Hoje, com 51 anos, iniciou a carreira em 1990, passando 4 anos no Brasil, entre Colatina e Democrata (jogou com Gilmar). Mudou-se para a Madeira no verão de 1993, para jogar na segunda divisão, pelo Nacional, juntando-se aos compatriotas Marcos Machado, Silvano, Luís Carlos, Márcio Florêncio, Roberto Carlos, Silvinho e Alcino. Marcou 4 golos e passou para o Porto, para uma época no Vidal Pinheiro. 1994-1995 foi um grande ano para Edmilson, marcando 15 golos (bis ao União da Madeira e hat-tricks a Tirsense e Estrela da Amadora) pelo Salgueiros, onde convivia com Vinha, Tulipa, Milovac, Luís Manuel ou Pedro Espinha. Sem surpresa, saltou para um grande, mudando-se para as Antas.

Teve impacto imediato no FCP, marcando 14 golos e assistindo para mais 7. Foi campeão com Drulovic, Domingos, Rui Barros, Emerson ou Paulinho Santos. Edmilson esteve ainda na Supertaça perdida para o Sporting e nas meias finais da Taça, com derrota ante do mesmo adversário. Na Liga dos Campeões, fez parte de uma campanha fraca que terminou na fase de grupos, atrás de Panathinaikos e Nantes. No segundo ano, 16 golos e mais 6 assistências. Venceu o campeonato e a Supertaça, marcando no 0-5 na Luz, na segunda mão. Voltou às meias da Taça, perdendo com o Benfica. Na Europa, chegou aos quartos da Liga dos Campeões, jogando os 90 minutos na histórica vitória por 2-3 em San Siro. Marcou ao Milan, num 1-1 no Porto e ao IFK, num 0-2 em Gotemburgo.

Em 1997, juntou-se ao PSG para meia época, com 18 participações e 0 golos. Fez parte do plantel que venceu Taça de França e Taça da Liga mas com Simone, Loko ou Maurice, não brilhou e regressou a Portugal. Chegou ao Sporting para usar a camisola 30, marcando 3 vezes em 11 jogos. No ano seguinte, já com a 10 nas costas, esteve em 26 jogos, marcando por 10 vezes. Delfim, Duscher, Simão ou Iordanov eram alguns dos seus colegas. A glória, de verde e branco, chegou com a conquista do ano seguinte. Marcou apenas 2 vezes, “sofrendo” com as presenças de Barbosa, De Franceschi, Ayew ou Mbo Mpenza mas juntou mais um título ao palmarés. As chegadas de Sá Pinto e de João Vieira Pinto não o ajudaram e ficou apenas mais meia época, fazendo mais 4 golos.

Na fase descendente da carreira, passou por Palmeiras e Colatina, no Brasil; regressou a Portugal para uma época no Portimonense; passou pelo Lyn, da Noruega; regressou mais uma vez ao Colatina; foi à Bélgica jogar pelo Visé; veio a Portugal defender o modesto Guilhabreu e regressou pela ultima vez, ao Colatina.

Seg | 02.10.23

Lautaro faz poker

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (1).pngNoite histórica para o avançado argentino Lautaro Martinez, autor de quatro golos à Salernitama. O campeão do mundo até começou no banco, entrando em campo aos 55 minutos e inaugurou o marcador logo aos 62 minutos. Fez mais três aos 77´, 85´e 89´. Com 9 golos em 7 jogos (10 em 8, no total da época), é o melhor marcador da liga italiana. 

Dom | 01.10.23

Fary

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (1).png

Fary Faye nascido no Senegal há 48 anos, foi figura de destaque no nosso futebol, sobretudo ao serviço de Beira Mar e Boavista. Chegou em 1996, para reforçar a União de Montemor, ficando dois anos no Alentejo, marcando por 39 vezes, na segunda divisão B.

Em 1998, chegou a Aveiro, para os primeiros cinco anos no Beira Mar. No primeiro ano, 11 golos e a conquista da Taça de Portugal. No ano seguinte, 8 golos, já na segunda liga, onde foi vice-campeão. Na estreia na Taça UEFA, golo ao Vitesse mas ao fim de dois jogos, os holandeses foram melhores. Em 2000, no regresso à primeira, fazendo tripla de ataque com Gamboa e Dolores, marcou mais 8 e o Beira Mar acabou a época num confortável 8.º lugar. As duas épocas seguintes seriam as melhores de Fary, marcando 18 em cada uma. Em 2001-2002, foi o terceiro melhor marcador atrás de Jardel e Derlei e em 2002-2003, seria mesmo o Bola de Ouro, em igualdade com Simão.

Fez depois 5 anos no Bessa, marcando muito menos, apenas 17 vezes no total. Aos 34 anos, regressou ao Beira Mar para mais dois anos e 4 golos. Tornou ao Bessa, após 1 ano 1 golo pelo Aves, e ganhou nova vida nas divisões inferiores. Em três épocas, 8, 15 e 8 golos. Aos 40 anos, terminou a carreira, já com o Boavista de regresso à primeira.

Pelo Senegal, 33 jogos e 7 golos, tendo estado na CAN de 2002.

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