Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Visão do Peão

Visão do Peão

Seg | 09.10.23

A Reebok no futebol

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (7).pngA Reebok, já se sabe, é uma marca desportiva gigantesca, nascida em Inglaterra, mas agora, americana. Está ligada a vários desportos e depois de anos 90 e 2000 ter passado pelo futebol, parece estar timidamente a voltar ao desporto mais popular do mundo depois de lá ter entrada em 1990, pela porta da seleção de Andorra, numa certa tendência para equipas alternativas que teria continuidade ao longo dos anos em equipas como o Kelantan FC (Malásia) ou Deportivo Cuenca (Equador) ou a seleção do Malawi.

Visão do Peão (8).pngHoje, a Reebok veste o Botafogo, com grandes possibilidades de ser campeão brasileiro e as seleções do Panamá, a masculina e a feminina. Os templates de hoje são simples, quase banais, mas casam bem com as equipas e no caso do Botafogo, parece não ser tradição ou haver espaço para equipamentos muito diferentes, que fujam ao preto, branco e cinza.

Visão do Peão (9).pngAntes, quase dez anos sem futebol. Entre 2012 e 2014, a Reebok vestiu os modestos sul-africanos do Bloemfontein Celtic e em 2012, vestira o São Paulo. A ligação ao Brasil é antiga, tendo a Reebok vestido clubes como Fluminense ou Palmeiras.

Visão do Peão (10).png

Em Portugal, a Reebok ficou conhecida pela relação com o Sporting. De 1998 a 2006, o Sporting vestiu a marca e foi campeão por duas vezes. Foi de Reebok ao peito que Ronaldo, Quaresma, Simão ou Viana se estrearam pela equipa principal e foi com a Reebok que o Sporting inaugurou o novo estádio, em 2003 e comemorou o centenário, em 2006. Além dos bonitos equipamentos dos 100 anos, com inspiração claramente vintage, a Reebok destacou-se pelos equipamentos secundários, cheios de cor, vários deles fluorescentes e pelo equipamento dourado que inspira o atual terceiro equipamento. Foi um casamento muito feliz.

Visão do Peão (11).pngPor cá, também Farense e Tirsense vestiram Reebok, num template mítico dos anos 90 em que o logo da marca ocupava, em grande, a parte de cima das camisolas. Funcionava. Mais tarde, foi a vez do Campomaiorense vestir Reebok, em equipamentos que ficaram para a história, tal era o seu design moderno. Foi com um dos seus equipamentos mais bonitos, que o clube alentejano chegou à final da Taça, no Jamor.

Visão do Peão (12).png

Terá sido o Liverpool o clube de maior nomeada patrocinado pela Reebok. De 1996 a 2006, o clube vestiu a marca, entre contratos com a adidas. Owen, McManaman, Fowler ou Gerrard tiveram belos equipamentos, simples, mas cheios de classe, com destaque para o branco sujo de 1996-1997.

Visão do Peão (15).png

Relação ainda mais estreita teve a marca com o Bolton, chegando a ser fornecedora de equipamentos, patrocinadora e ainda detentora do nome do estádio local, nos dias entusiasmantes de Jay Jay Okocha. Também o Manchester City, antes da Nike, nos inícios da sua fase milionária jogou de Reebok ao peito. Jô, Robinho ou Elano eram os craques de então. Também o Aston Villa vestiu Reebok.

Visão do Peão (14).pngOutros clubes históricos europeus como Fiorentina, Atlético de Madrid, Marselha ou Borussia Mochengladbach vestiram a marca, deixando alguns equipamentos de culto, para a história, sobretudo no caso dos italianos.

Visão do Peão (13).pngNo que toca a seleções, o Chile de Salas e Zamorano usou Reebok no Mundial de 1998, tal como a Rússia de Salenko usara quatro anos antes. Mas, foi a Argentina a maior conquista da Reebok. De 1999 a 2000, a Reebok fez duas bonitas camisolas principais e uma lindíssima alternativa.

Visão do Peão (2).png

Nas suas incursões no mundo da bola, a Reebok patrocinou vários grandes jogadores, com destaque para Bergkamp, Henry, Okocha, Giggs ou Casillas usaram equipamento Reebok. 

Seg | 09.10.23

Botafogo regressa às vitórias

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (3).pngJá sem Lage, o Botafogo voltou a vencer, cinco jogos depois e logo no campo do Fluminense. No Maracanã tudo se resolveu em dois minutos. Aos 20´, Júnior Santos fez o 0-1 e aos 22´, Tiquinho Soares, fez o 0-2 final e consolidou a sua posição de melhor marcador do Brasileirão, tendo agora 15 golos, mais 3 do que Marcos Leonardo (Santos) e Vítor Roque (Athletico Paranaeense, já contratado pelo Barcelona). Com o empate do Bragantino, o Botafogo tem agora mais nove pontos do que o segundo e mais onze do que Grémio e Palmeiras, que perderam, e Flamengo, que empatou. 

Seg | 09.10.23

Sporting continua líder

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão.png

Cerca de 37 mil foram a Alvalade ver o Sporting redimir-se da derrota europeia e garantir pelo menos mais uma jornada na liderança isolada. O Sporting entrou dominante e depois de ocasiões de Pote e Edwatds seria Gyokeres a adiantar o Sporting, desviando cruzamento de Edwards. Era o oitavo golo do sueco em nove jogos, seis deles no campeonato. Pior foi o que se seguiu. Diomande foi expulso e o Sporting fez mais de meia parte com dez em campo. Se o primeiro amarelo parece exagerado, o segundo parece ser resultado de falta que não existe.

O Sporting regressou do balneário com Reis no lugar de Edwards. Mujica ainda faria o 1-1, mas o Sporting reagrupou-se, fez entrar Quaresma e Catamo e acabou por fazer o 2-1, por Morita, após jogada inventada por Pote. Mujica, Jason e Cristo davam trabalho, mas o Sporting, que ainda fez entrar Bragança iam dando conta do recado. Aos 88´a substituição mais estranha com Quaresma, entrado aos 58´a dar lugar a Neto. O 72 estava amarelado, mas percebeu-se pelo seu semblante, sobretudo no fim, que não esperava jogar tão pouco. Para a história fica a vitória, justa, uma boa exibição também do Arouca e um gatilho de cartões sempre pronto a disparar, mesmo sem razão.

Dom | 08.10.23

Zoran Ban

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (1).pngCom um nome que parecia saído do universo Star Wars, Zoran Ban foi um avançado croata que passou dois anos por cá. Nascido em Rijeka há 50 anos, foi no clube local que se estreou, dando nas vistas durante três anos. Em 1993-1994, o auge da sua carreira, sendo recrutado pela poderosa Juventus. Aos 21 anos não teve hipóteses ante a concorrência de Ravanelli, Baggio, Vialli ou Del Piero. Esteve apenas em 6 jogos e não marcou. Foi a Juve que o colocou em Portugal. Em Belém, 10 jogos e 2 golos, essencialmente como alternativa a Mauro Airez. Marcou a Beira-Mar e Vitória SC. No ano seguinte melhorou, estando em 17 jogos, marcando 4 vezes a Felgueiras (2), Chaves e Gil Vicente. Ainda passou pelo Pescara, mas foi na Bélgica que mais deu nas vistas, sobretudo pelo Mouscron. Regressou a Itália e terminou a carreira no Rijeka.

Sab | 07.10.23

Martinez muda pouco

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (2).png

Robert Martinez anunciou a lista de convocados, ignorando, mais uma vez Paulinho, Pedro Gonçalves ou Matheus Nunes. A lista habitual só se mexeu para incorporar, e bem, João Neves, jovem médio do Benfica. Como já aqui escrevi, o método Martinez tem resultado mas há injustiças pelo caminho. 

Sab | 07.10.23

Mauro Airez

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (2).png

Antes de Caniggia, Acosta ou Lisandro, chegou a Portugal outro goleador argentino: Mauro Airez. Nascido em Buenos Aires há 54 anos, começou a jogar pelo Gimnasia (8 golos), passando por Argentinos Juniors (7) e Independiente (1). Mudou-se então para o Bari, mas sem jogar veio para Portugal. Na segunda divisão, fez tripla de ataque nos Belenenses com Luiz Gustavo e Paulo Sérgio (hoje, treinador do Portimonense) e fez 15 golos. Já na primeira divisão, com Djamel Menad ao seu lado, marcou mais 8. Na época seguinte, mais 8 e em 1994-1995, mais 6. Em janeiro de 1996, reforçou o Benfica, curiosamente após meia época sem marcar.

Juntou-se a um plantel que tinha Marcelo, JVP, Hassan ou Luiz Gustavo, que jogara com Airez em Belém. Mauro marcou 3 vezes, sempre na Taça. Nos oitavos, marcou duas vezes no 3-0 ao Farense. Na final, no 3-1 ao Sporting, numa final marcada pela morte de um adepto sportinguista, Airez inaugurou o marcador e assistiu João Vieira Pinto para outro dos golos da tarde. Foi a sua tarde de glória pelo Benfica. Ficou mais uma época, jogando 17 jogos, sem marcar. Ficou mais dois anos em Portugal, jogando por Estrela da Amadora e Estoril. Foram 8 anos na região de Lisboa.

Pela Argentina, 4 jogos e 1 golo (ao Chile). Representou a Argentina nos Jogos Olímpicos de 1988, chegando aos quartos de final.

Sex | 06.10.23

Rui Bento

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (8).png

Conhecido desde jovem como “o pequeno Baresi”, Rui Bento, que viveu entre o centro da defesa e o centro do meio campo, é uma figura de destaque do nosso campeonato.  Natural de Silves, Bento chegou ao Benfica em 1987, acabando a formação em Lisboa e estreando-se em 1990-1991, num jogo da Taça. Fez parte do plantel campeão e no ano seguinte conquistou o seu espaço, estando em 37 jogos, muitas vezes ao lado de Thern. Nada venceu, mas não deixou de surpreender a sua saída para o Boavista, servindo ele e Sanchez como moeda de troca para a ida de JVP para a Luz.

Com Manuel José, no Bessa, passou a ser pedra central do meio campo boavisteiro. Ficou 8 anos no Boavista. No ano de estreia, ajudou a vencer a Supertaça, jogando os 180 minutos das duas mãos contra o FCP. Ainda chegou à final da Taça, perdendo para o Benfica. No segundo ano, chegada aos quartos de final da Taça UEFA. Em 1997, regresso aos títulos, com uma Taça de Portugal conquistada ao Benfica. No mesmo ano, mais uma Supertaça, conquistada ao FCP. Em 2000-2001, esteve no Boavistão campeão, uma conquista histórica, da qual foi peça central. No ano seguinte voltou a ser campeão, mas pelo Sporting.

Chegou a Alvalade em 2001 para fazer meio campo com Paulo Bento, Pedro Barbosa ou Hugo Viana. Atrás da dupla JVP e Jardel venceu o campeonato e a Taça de Portugal. No ano seguinte, venceu mais uma Supertaça, num 5-1 ao Leixões. Retirou-se aos 32 anos.

Por Portugal, apenas 6 jogos pela principal equipa. Pelas camadas jovens, foi campeão mundial de sub-21 em Lisboa. Esteve ainda nos Jogos Olímpicos de 1996.

Qui | 05.10.23

Abel Xavier

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (1).pngAntes de andar por Itália, Espanha, Holanda, Inglaterra, Turquia, Alemanha e EUA, a carreira de Abel Xavier, passou, claro, por Portugal. Nascido em Moçambique há 50 anos, Abel cedo se juntou às camadas jovens do Sporting, prosseguindo a carreira no Estrela da Amadora. Seria na Reboleira que se estrearia como profissional, fazendo 26 jogos em 1990-1991, numa época em que o Estrela foi treinado por Manuel Fernandes, Jesualdo Ferreira e Augusto Matine. Nessa época, o Estrela perderia a Supertaça para o FCP, mesmo tendo vencido a primeira mão e estaria na Taça das Taças. No entanto, desceria de divisão. Ficaria dois anos na segunda divisão, sempre como lateral direito. Mesmo com a subida do Estrela, o seu regresso à primeira divisão seria com a camisola do Benfica.

Numa defesa com Mozer, Veloso ou Hélder, assumiu-se como titular e foi campeão nacional e chegou às meias finais da Taça das Taças, sendo eliminado pelo Parma. Rui Costa, Vítor Paneira, Kulkov, Iuran ou Isaías eram alguns dos seus companheiros de ataque, orientados por Toni. 1994-1995 trouxe Artur Jorge e uma razia no plantel. Abel Xavier continuou como titular, mas o Benfica nada venceria.

Começou em 1995 a sua carreira internacional, tendo passado por grandes clubes europeus como PSV, Roma ou Liverpool. Jogou 20 vezes pela seleção A, tendo estado no Euro 2000 e no Mundial 2002. Como sub-20, foi campeão do mundo em 1991, em Lisboa, usando a camisola 7.