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Visão do Peão

Visão do Peão

Ter | 24.10.23

Capel pendura as botas

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (1).pngTal como Mathieu e Bruno César houve um ex-Sporting a anunciar a sua retirada do futebol. Diego Capel ainda passou pelas camadas jovens do Barcelona, mas foi pelo Sevilha que acabou a formação e por lá se estreou. Passou sete anos na equipa principal fazendo mais de 170 partidas e 11 golos. Venceu duas Ligas Europa, uma Supertaça Europeia, duas Taças do Rei e uma Supertaça de Espanha.

Em 2011 chegou ao Sporting, clube ao qual ficou ligado para sempre. Fez 143 jogos e marcou 16 golos, vencendo uma Taça de Portugal. As suas arrancadas de cabeça baixa, rumo à baliza adversária tornaram-se o melhor que se via em Alvalade. Jorge Jesus dispensou-o e o espanhol nunca mais teve o mesmo sucesso passando por Génova, Anderlecht, Extremadura, Birkirkara (Malta) e PASA Irodotos. Estava sem clube há um ano e retirou-se.

Por Espanha, jogou duas vezes, em 2008. Na estreia, duas assistências no 0-3 à Dinamarca, dividindo o campo com Torres, Iniesta, Xavi ou Xabi Alonso. No mês seguinte, foi titular na vitória por 1-0 ante da Bósnia. Jogou 61 vezes pelas seleções jovens tendo estado no Euro sub-17 de 2004; no Euro sub-19 de 2006; no Mundial sub-20 de 2007 e os Euros sub-21 de 2009 e 2011.

Ter | 24.10.23

Bruno César retira-se

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão.pngBruno César, conhecido como Chuta-Chuta anunciou o fim da carreira. Por cá, passou por Benfica, Sporting, Estoril e Penafiel. Bruno César Zanaki, hoje com 34 anos passou pela formação de Bahia, São Paulo, Palmeiras e Grémio antes de jogar como sénior pelo Universidade SC, Noroeste e Santo André antes de chegar ao Corinthians, um dos maiores clubes do país. Jogou por lá com Roberto Carlos. Em 2011 foi contratado pelo Benfica e logo deu nas vistas, com 13 golos e 5 assistências em 44 jogos. Venceu a Taça da Liga e ficou mais meio ano antes de rumar à Arábia Saudita onde venceu uma Taça e foi emprestado ao Palmeiras, pelo meio.

Regressou a Portugal em 2015 para meio ano no Estoril. Logo chamou a atenção do Sporting onde passou dois anos e meio, sendo novamente comandado por Jorge Jesus. Na primeira meia época, marcou 3 golos e deu outros 2. No segundo ano, 6 golos e 6 jogos em mais de 40 partidas. Marcou ao Real Madrid e ao Borussia de Dortmund, na Liga dos Campeões. Ficou mais um ano, venceu mais uma Taça da Liga e marcou mais 2 golos na Champions, a Juventus e Olympiacos. Regressou ao Brasil para jogar no Vasco da Gama, passando ainda por cá pelo Penafiel. Terminou a jogar no XV de Piracicaba.

Jogou duas vezes pelo Brasil, em 2011. Estreou-se num 0-2 no Gabão, sendo titular ao lado de homens como Luisão, David Luiz, Elias, Hulk ou Jonas, todos com passagens por Portugal. Quatro dia depois, no Catar, esteve no 2-0 ao Egipto, voltando a ser titular. Não mais foi chamado.

Ter | 24.10.23

Flu-Boca

Francisco Chaveiro Reis

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Na próxima semana, o mítico Maracanã recebe a final da Libertadores da América, a versão sul-americana da Liga dos Campeões. Em “casa” jogará o Fluminense. “Fora” jogará o Boca Juniors. Mas pouco. Está prevista a presença de mais de 100 mil argentinos no Rio de Janeiro e a grande maioria não terá bilhete.

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Nas últimas quatro edições, o Brasil esteve em grande, com figuras portuguesas a fazerem também a festa. Em 2019, o Flamengo de Jorge Jesus bateu o River Plate, num encontro entre os maiores rivais dos finalistas deste ano. Em 2020 e 2021 foi a vez de Abel Ferreira e o seu Palmeiras fazerem a festa. Em 2020, vitória sobre o Santos e em 2021, sobre o Flamengo. No ano passado, vitória do Mengão sobre o Athlético Paranaense.

Visão do Peão (9).pngArgentina e Brasil são as grandes potencias da prova. As equipas argentinas somam 25 títulos e ainda 12 presenças em finais. Já os brasileiros têm 22 vitórias e mais 18 presenças em finais. Em termos de clubes, o recordista é o Independiente com 7 títulos, seguido do Boca Juniors com 6; Penarol com 5 e Estudiantes e River Plate com 4. Grémio, Nacional, Olimpia, Santos, São Paulo, Palmeiras e Flamengo têm 3. O melhor que o Fluminense conseguiu foi chegar à final de 2008.

Visão do Peão (11).pngO Boca Juniors estreou-se a vencer a Libertadores em 1977. Depois de 1-0 do Cruzeiro em Belo Horizonte, um 1-0 do Boca em Buenos Aires. A finalíssima jogou-se em Montevideu e depois de um 0-0, o Boca Juniors venceu nas grandes penalidades.  No ano seguinte, nova final, contra o Deportivo Cali. Na segunda mão, após um 0-0 na Colômbia, 4-0, com dois golos de Hugo Perotti (pai de Diego que jogou no Sevilha, Roma ou Génova), um de Ernesto Mastrángelo e outro de Carlos Salinas. No ano seguinte, nova presença na final e derrota ante dos paraguaios do Olimpia.

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O terceiro título continental surgiu apenas em 2000, seguindo-se mais três títulos até 2007. Em 2000, 2-2 em Buenos Aires ante do Palmeiras. O defesa Rodolfo Arruabarrena marcou os dois golos dos da casa. Pena e Euller marcaram pelos brasileiros. No Brasil, 0-0 e o Boca venceu nas grandes penalidades. Era uma geração com Ibarra, Samuel, Riquelme, Palermo e os irmãos Barros Schelotto. Em 2001, vitória no mítico Estádio Azteca por 0-1 ante do Cruz Azul, com golo de Marcelo Delgado. Os mexicanos venceram de igual modo em Buenos Aires e o Boca só foi campeão nas grandes penalidades, mais uma vez. Em 2003, Delgado voltou a marcar e logo duas vezes, na primeira mão contra o Santos de Robinho e Diego. Na segunda mão, 1-3, com mais um golo de Delgado, um de Tevez e um de Schiavi a fechar. Em 2004, nova final e derrota, nas grandes penalidades, ante dos colombianos do Once Caldas. Em 2007, a última vitória do Boca num total de 5-0 ao Grémio. Na primeira mão, 3-0 com golos de Riquelme e Palacio e autogolo de Patrício. Em Porto Alegre, Riquelme bisou.

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Já a história do Flu é bem mais modesta. Só uma vez esteve na final e perdeu-a. Em 2008, perdeu 2-4 em Quito, ante da LDU. De nada valeram os golos de Thiago Neves e Dario Conca ante dos de Bieler, Guerrón, Campos e Urrutia. Na segunda mão, Bolanos ainda adiantou os equatorianos mas foi Thiago Silva a estrela, com três golos. Com 5-5, a Copa foi para as grandes penalidades e os brasileiros perderam.

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A partida de dia 4 é oportunidade para que o Flu possa ser campeão pela primeira vez. O Fluminense é agora liderado por Fernando Diniz, que acumula como selecionador do Brasil até à chegada de Carlo Ancelotti e conta com craques como Nino, Ganso, Keno ou Arias e eliminou Internacional, Olimpia e Argentinos Juniors depois de ter vencido um grupo onde tinha o River Plate, Sporting Cristal e The Strongest.

Visão do Peão (7).pngJá o Boca é orientado por Jorge Almiron, antigo médio que jogou sobretudo no México e conta com Cavani como estrela maior. Benedetto, Villa ou Advincula (jogou no Setúbal) são outros nomes reconhecíveis, além de Barco, uma das grandes promessas do futebol argentino. Nesta edição, eliminou Palmeiras, Racing de Avellaneda e Nacional depois de ter vencido o seu grupo, que tinha Deportivo Pereira, Colo Colo e Monagas.