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Visão do Peão

Visão do Peão

Seg | 09.10.23

Meyong

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (1).pngAlbert Meyong Ze, camaronês que, entretanto, também se tornou português, chegou a Portugal para marcar golos em Setúbal, Lisboa e Braga. Despontou no Canon Yaoundé, entrando na Europa pela porta dos italianos do Ravenna, onde marcou 2 golos em 7 aparições.

Reforçou o Setúbal em 1999, fazendo apenas 2 golos numa equipa que desceu de divisão. No ano seguinte fez dupla com Maki e marcou 13 vezes na segunda divisão. Ajudou a subir o Vitória, repetindo a modesta marca dos 2 golos. Em 2002-2003, 7 golos e nova descida. Com Bruno Ribeiro, Puma, Jorginho ou Sandro a servi-lo marcou por 21 vezes e voltou a subir. No regresso à liga, 15 golos e a conquista da Taça de Portugal. Foi dele o golo da vitória no Jamor, ante do Benfica. Mudou-se para Os Belenenses, onde, com 17 golos, foi o melhor marcador do campeonato.

Deixou Lisboa para jogar em Espanha, onde não teve muito sucesso, entre Levante e Albacete. Regressou brevemente ao Restelo e em 2008-2009 começou nova vida, em Braga. Na primeira época, 12 golos, conquistando uma Intertoto. No ano seguinte, subiu para os 13 golos. Fez mais 4 golos em época e meia. Ganhou depois nova vida em Angola, fazendo 53 golos em 3 anos, vencendo uma liga e uma taça pelo Kabuscorp. Regressou a Setúbal, sem o mesmo sucesso e terminou a carreira no Comércio e Indústria.

Pelos Camarões, jogou 12 vezes e marcou 4 vezes. Jogou na CAN 2006, marcando 2 vezes em 3 jogos. Venceu a Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de 2000, ao lado de Kameni, Womé, Geremi, Mboma ou Eto´o.  

Seg | 09.10.23

O Ajax no fim da tabela

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (1).pngNormalmente olha-se para a tabela da liga neerlandesa e o Ajax ocupa o primeiro, segundo ou terceiro posto. Com efeito, o clube, além de deter 4 Ligas dos Campeões, tem 75 (!!!!) títulos nacionais entre campeonatos, taças e supertaças. Mas hoje, a verdade é que o Ajax ocupa o 16.º posto da tabela, resultado de apenas uma vitória, dois empates e três derrotas, a última das quais, na última jornada, em casa, com o AZ, por 1-2. Na Liga Europa, 2 jogos e 2 empates. Ou seja, o Ajax não vence desde agosto, altura em que passou os búlgaros do Ludogorets Razgrad na pré-eliminatória europeia e venceu na primeira jornada da liga holandesa. Mesmo em agosto, o Ajax perdeu em casa com o Ludogorets. Setembro foi um descalabro, que incluiu um 0-4, em casa, com o rival Feyenoord.

O que se passa? Marc Overmars, lenda do clube como jogador, era há anos parte da estrutura do Ajax. Um escândalo sexual fez com que deixasse o Ajax (e bem). Mas deixou um buraco no clube, depois de cerca de dez anos de grandes contratações, além das escolas terem gerado vários talentos, bem aproveitados e vendidos, como De Ligt ou Van der Beek. Antony, Davinson Sanchez, David Neres, Edson Alvarez, Lisandro Martinez ou Kudus foram alguns dos grandes negócios com a mão de Overmars. Também Ten Haag foi ideia de Ajax. E resultou em pleno. Até os dois saírem…No ano passado, o Ajax ficou em terceiro, descendo do segundo lugar pela primeira vez em…14 anos.

Esta época arrancou ainda com Kudus, entretanto vendido ao West Ham, tal como Edson. Bassey, Klaassen ou Timber foram outras das saídas, algo que tem sido natural no Ajax, que contratou Sutalo, Mikautadze, o português Carlos Forbs Borges, Akpom ou Borna Sosa. Parece mais ou menos fatal que o Ajax mude de treinador e tendo em conta a falta de qualidade da liga, suba na tabela, mas parece nesta altura estar longe os melhores tempos com Overmars e não ser um sério candidato em casa e na Europa.

Seg | 09.10.23

Gyokeres é o melhor

Francisco Chaveiro Reis

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Viktor Gyokeres, que leva 8 golos em 9 jogos pelo Sporting foi eleito o melhor jogador de agosto e setembro, depois de um votação levada a cabo pelo Sindicato dos Jogadores. O sueco foi mais votado do que Rafa Silva (Benfica) e Maxime Rodriguez (Gil Vicente).

Seg | 09.10.23

Hernandez melhor marcador

Francisco Chaveiro Reis

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Bozenik, Ricardo Horta, Di Maria e Paulinho somam 5 golos no campeonato. Banza e Gyokeres já vão nos 6, mas o rei dos marcadores, ao dia de hoje, é Héctor Hernández avançado espanhol de 28 anos. O camisola 23 do Desportivo de Chaves já marcou tanto esta época como na época anterior e promete destacar-se. Na mira terá os 20 golos que marcou pelo Albacete em 2016-2017 e os 16 que marcou pelo Rayo Majadahonda em 2020-2021. Há dois dias, o seu alvo foi o Gil Vicente, que sofreu três golos do espanhol. Segue-se o Canelas 2010, para a Taça de Portugal.

Seg | 09.10.23

A Reebok no futebol

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (7).pngA Reebok, já se sabe, é uma marca desportiva gigantesca, nascida em Inglaterra, mas agora, americana. Está ligada a vários desportos e depois de anos 90 e 2000 ter passado pelo futebol, parece estar timidamente a voltar ao desporto mais popular do mundo depois de lá ter entrada em 1990, pela porta da seleção de Andorra, numa certa tendência para equipas alternativas que teria continuidade ao longo dos anos em equipas como o Kelantan FC (Malásia) ou Deportivo Cuenca (Equador) ou a seleção do Malawi.

Visão do Peão (8).pngHoje, a Reebok veste o Botafogo, com grandes possibilidades de ser campeão brasileiro e as seleções do Panamá, a masculina e a feminina. Os templates de hoje são simples, quase banais, mas casam bem com as equipas e no caso do Botafogo, parece não ser tradição ou haver espaço para equipamentos muito diferentes, que fujam ao preto, branco e cinza.

Visão do Peão (9).pngAntes, quase dez anos sem futebol. Entre 2012 e 2014, a Reebok vestiu os modestos sul-africanos do Bloemfontein Celtic e em 2012, vestira o São Paulo. A ligação ao Brasil é antiga, tendo a Reebok vestido clubes como Fluminense ou Palmeiras.

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Em Portugal, a Reebok ficou conhecida pela relação com o Sporting. De 1998 a 2006, o Sporting vestiu a marca e foi campeão por duas vezes. Foi de Reebok ao peito que Ronaldo, Quaresma, Simão ou Viana se estrearam pela equipa principal e foi com a Reebok que o Sporting inaugurou o novo estádio, em 2003 e comemorou o centenário, em 2006. Além dos bonitos equipamentos dos 100 anos, com inspiração claramente vintage, a Reebok destacou-se pelos equipamentos secundários, cheios de cor, vários deles fluorescentes e pelo equipamento dourado que inspira o atual terceiro equipamento. Foi um casamento muito feliz.

Visão do Peão (11).pngPor cá, também Farense e Tirsense vestiram Reebok, num template mítico dos anos 90 em que o logo da marca ocupava, em grande, a parte de cima das camisolas. Funcionava. Mais tarde, foi a vez do Campomaiorense vestir Reebok, em equipamentos que ficaram para a história, tal era o seu design moderno. Foi com um dos seus equipamentos mais bonitos, que o clube alentejano chegou à final da Taça, no Jamor.

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Terá sido o Liverpool o clube de maior nomeada patrocinado pela Reebok. De 1996 a 2006, o clube vestiu a marca, entre contratos com a adidas. Owen, McManaman, Fowler ou Gerrard tiveram belos equipamentos, simples, mas cheios de classe, com destaque para o branco sujo de 1996-1997.

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Relação ainda mais estreita teve a marca com o Bolton, chegando a ser fornecedora de equipamentos, patrocinadora e ainda detentora do nome do estádio local, nos dias entusiasmantes de Jay Jay Okocha. Também o Manchester City, antes da Nike, nos inícios da sua fase milionária jogou de Reebok ao peito. Jô, Robinho ou Elano eram os craques de então. Também o Aston Villa vestiu Reebok.

Visão do Peão (14).pngOutros clubes históricos europeus como Fiorentina, Atlético de Madrid, Marselha ou Borussia Mochengladbach vestiram a marca, deixando alguns equipamentos de culto, para a história, sobretudo no caso dos italianos.

Visão do Peão (13).pngNo que toca a seleções, o Chile de Salas e Zamorano usou Reebok no Mundial de 1998, tal como a Rússia de Salenko usara quatro anos antes. Mas, foi a Argentina a maior conquista da Reebok. De 1999 a 2000, a Reebok fez duas bonitas camisolas principais e uma lindíssima alternativa.

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Nas suas incursões no mundo da bola, a Reebok patrocinou vários grandes jogadores, com destaque para Bergkamp, Henry, Okocha, Giggs ou Casillas usaram equipamento Reebok. 

Seg | 09.10.23

Botafogo regressa às vitórias

Francisco Chaveiro Reis

Visão do Peão (3).pngJá sem Lage, o Botafogo voltou a vencer, cinco jogos depois e logo no campo do Fluminense. No Maracanã tudo se resolveu em dois minutos. Aos 20´, Júnior Santos fez o 0-1 e aos 22´, Tiquinho Soares, fez o 0-2 final e consolidou a sua posição de melhor marcador do Brasileirão, tendo agora 15 golos, mais 3 do que Marcos Leonardo (Santos) e Vítor Roque (Athletico Paranaeense, já contratado pelo Barcelona). Com o empate do Bragantino, o Botafogo tem agora mais nove pontos do que o segundo e mais onze do que Grémio e Palmeiras, que perderam, e Flamengo, que empatou. 

Seg | 09.10.23

Sporting continua líder

Francisco Chaveiro Reis

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Cerca de 37 mil foram a Alvalade ver o Sporting redimir-se da derrota europeia e garantir pelo menos mais uma jornada na liderança isolada. O Sporting entrou dominante e depois de ocasiões de Pote e Edwatds seria Gyokeres a adiantar o Sporting, desviando cruzamento de Edwards. Era o oitavo golo do sueco em nove jogos, seis deles no campeonato. Pior foi o que se seguiu. Diomande foi expulso e o Sporting fez mais de meia parte com dez em campo. Se o primeiro amarelo parece exagerado, o segundo parece ser resultado de falta que não existe.

O Sporting regressou do balneário com Reis no lugar de Edwards. Mujica ainda faria o 1-1, mas o Sporting reagrupou-se, fez entrar Quaresma e Catamo e acabou por fazer o 2-1, por Morita, após jogada inventada por Pote. Mujica, Jason e Cristo davam trabalho, mas o Sporting, que ainda fez entrar Bragança iam dando conta do recado. Aos 88´a substituição mais estranha com Quaresma, entrado aos 58´a dar lugar a Neto. O 72 estava amarelado, mas percebeu-se pelo seu semblante, sobretudo no fim, que não esperava jogar tão pouco. Para a história fica a vitória, justa, uma boa exibição também do Arouca e um gatilho de cartões sempre pronto a disparar, mesmo sem razão.