A Reebok, já se sabe, é uma marca desportiva gigantesca, nascida em Inglaterra, mas agora, americana. Está ligada a vários desportos e depois de anos 90 e 2000 ter passado pelo futebol, parece estar timidamente a voltar ao desporto mais popular do mundo depois de lá ter entrada em 1990, pela porta da seleção de Andorra, numa certa tendência para equipas alternativas que teria continuidade ao longo dos anos em equipas como o Kelantan FC (Malásia) ou Deportivo Cuenca (Equador) ou a seleção do Malawi.
Hoje, a Reebok veste o Botafogo, com grandes possibilidades de ser campeão brasileiro e as seleções do Panamá, a masculina e a feminina. Os templates de hoje são simples, quase banais, mas casam bem com as equipas e no caso do Botafogo, parece não ser tradição ou haver espaço para equipamentos muito diferentes, que fujam ao preto, branco e cinza.
Antes, quase dez anos sem futebol. Entre 2012 e 2014, a Reebok vestiu os modestos sul-africanos do Bloemfontein Celtic e em 2012, vestira o São Paulo. A ligação ao Brasil é antiga, tendo a Reebok vestido clubes como Fluminense ou Palmeiras.
Em Portugal, a Reebok ficou conhecida pela relação com o Sporting. De 1998 a 2006, o Sporting vestiu a marca e foi campeão por duas vezes. Foi de Reebok ao peito que Ronaldo, Quaresma, Simão ou Viana se estrearam pela equipa principal e foi com a Reebok que o Sporting inaugurou o novo estádio, em 2003 e comemorou o centenário, em 2006. Além dos bonitos equipamentos dos 100 anos, com inspiração claramente vintage, a Reebok destacou-se pelos equipamentos secundários, cheios de cor, vários deles fluorescentes e pelo equipamento dourado que inspira o atual terceiro equipamento. Foi um casamento muito feliz.
Por cá, também Farense e Tirsense vestiram Reebok, num template mítico dos anos 90 em que o logo da marca ocupava, em grande, a parte de cima das camisolas. Funcionava. Mais tarde, foi a vez do Campomaiorense vestir Reebok, em equipamentos que ficaram para a história, tal era o seu design moderno. Foi com um dos seus equipamentos mais bonitos, que o clube alentejano chegou à final da Taça, no Jamor.
Terá sido o Liverpool o clube de maior nomeada patrocinado pela Reebok. De 1996 a 2006, o clube vestiu a marca, entre contratos com a adidas. Owen, McManaman, Fowler ou Gerrard tiveram belos equipamentos, simples, mas cheios de classe, com destaque para o branco sujo de 1996-1997.
Relação ainda mais estreita teve a marca com o Bolton, chegando a ser fornecedora de equipamentos, patrocinadora e ainda detentora do nome do estádio local, nos dias entusiasmantes de Jay Jay Okocha. Também o Manchester City, antes da Nike, nos inícios da sua fase milionária jogou de Reebok ao peito. Jô, Robinho ou Elano eram os craques de então. Também o Aston Villa vestiu Reebok.
Outros clubes históricos europeus como Fiorentina, Atlético de Madrid, Marselha ou Borussia Mochengladbach vestiram a marca, deixando alguns equipamentos de culto, para a história, sobretudo no caso dos italianos.
No que toca a seleções, o Chile de Salas e Zamorano usou Reebok no Mundial de 1998, tal como a Rússia de Salenko usara quatro anos antes. Mas, foi a Argentina a maior conquista da Reebok. De 1999 a 2000, a Reebok fez duas bonitas camisolas principais e uma lindíssima alternativa.
Nas suas incursões no mundo da bola, a Reebok patrocinou vários grandes jogadores, com destaque para Bergkamp, Henry, Okocha, Giggs ou Casillas usaram equipamento Reebok.